Despertar

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Quando Miguel me deixou nos portões do casarão no dia seguinte, o sol já estava alto.

Meus cabelos molhados pós banho de cachoeira, meu corpo dolorido depois de ser fodida mais uma vez sobre as pedras da cachoeira.

Um caos delicioso... Minha bunda arroxeada pelos tapas de Miguel, e minha buceta inchada de tanto ser fodida.

Ele me puxou para um beijo delicioso e acarinhou meus cabelos molhados.

– O que vai dizer para a sua baba? – Ele perguntou bem humorado.

– Ela não é minha baba! – Respondi irritada.

Miguel riu de mim.

– Eu sei, só estou brincando... – Ele beijou-me novamente. – O que vai dizer a ela?

– Não devo explicações a ela... A casa é minha, sou maior de idade e sou eu quem paga o salário dela.

Miguel olhou para frente, me soltando do seu abraço e ouvi ele murmurar.

– Puta que pariu! – Xingou, olhei na mesma direção e vimos Viridiana de pé, nos encarando.

– Bruxa fofoqueira! – Murmurei.

Miguel me encarou brevemente e riu.

– Vai lá... – Ele disse, com um tapinha na minha coxa.

– Vou te ver mais tarde? – Perguntei.

Ele olhou para a bruxa a minha frente e para mim.

– Tem certeza?

Segurei seu rosto e o beijei, passei a língua sobre seus lábios e ele gemeu.

– Garota... – Murmurou.

Olhei para frente, Viridiana já não estava mais lá.

– Venha me visitar... – Disse, e me preparei para sair da caminhonete.

Miguel assentiu.

Sai da caminhonete dele e caminhei para os portões. Virei-me e fiquei observando Miguel manobrar e ir embora.

Ao entrar em casa, Viridiana estava na grande sala, e me chamou.

– O que é isso? – Perguntei ao entrar na sala, e encontrar ao meio da grande sala sem moveis, um caldeirão e ervas a volta dele. – Você deve estar de sacanagem!

– Sente-se aqui, por favor.

– Não, eu vou dormir... – Disse, ainda é muito cedo para essas maluquices.

À tarde, quando despertei, havia um silencio pelo casarão.  Um cheiro delicioso de bolo vinha da cozinha;

Quando cheguei na cozinha, Viridiana tirava do forno um bolo de canela.

– Descansou? – Ela perguntou ainda de costas.

Fui até a cafeteira, que estava ligada e me servi de uma xícara. Sentei-me á mesa e suspirei.

– Sabe que não lhe devo explicações, não é? – Perguntei tentando ser mais 'suave' possível.

Viridiana trouxe o bolo para a mesa, e pegou uma panelinha de ágata, onde tinha açúcar derretida e cobriu o bolo com aquela calda.

– Não quero brigar com você... – Ela murmurou, pegou a faca e começou a cortar o bolo. – Não começamos bem, você não me conhece... – Ela dizia, pegou um pratinho e me serviu um pedaço do bolo, soltando fumacinha. Agradeci. – Não quero lhe apressar com o aprendizado, mas é algo que sua mãe esperava... Por isso estou aqui, com você.

Liana  --------Onde histórias criam vida. Descubra agora