Capítulo 38 -- "Eu tenho algo contra"

916 45 68
                                    

A minha rotina estava voltando ao normal aos poucos. É claro que mudei muito depois do acontecimento com Leon.
Não consegui me relacionar ou ficar com ninguém, no fundo eu sentia medo de me machucar ou de perceber que eu não fui feita para ninguém.

Tudo parecia perfeito antes de várias corujas entrarem no salão principal e entregar o mesmo envelope para todos da sonserina e para alguns dos meus amigos de outras casas.

— Está em seu nome e do Blasio. — Comentou Astoria intrigada ao avaliar os envelopes.

Suspirei ao  perceber que não era um envelope qualquer, e sim um convite de casamento.
Para o meu próprio bem eu preferi evitar ler os convites.

— Não acredito que vou me casar — Digo, rasgando o convite com vontade.

Meus olhos percorreram por todos os sonserinos. Malfoy me olhou e deu um sorriso de canto. Ele me mostrou o convite e depois colocou na mesa de volta.

—  Calma, amiga. — Astoria falou, passando suas mãos pelas minhas costas — Vamos tentar reverter essa situação.

— Não tem como. São ordens e eu preciso obedecer. — Sussurrei.

— Pelo menos é com alguém que você conhece — Ela rebateu.

A sineta tocou e eu fui para a minha primeira aula do dia. Uma delas era adivinhação.

Sentei ao lado só Harry.
O garoto pegou na minha mão. Era incrível como ele sabia como eu estava me sentindo apenas pelo meu olhar.

— Obrigada, maninho —- Falei.

— Fica tranquila, tente não se esquentar com isso por enquanto — Ele disse, ainda  apertando minha mão.

A sala mal iluminada estava incomodamente quente. A fumaça da lareira perfumada estava mais densa que nunca. Enquanto a Professora Sibila estava olhando para o outro lado, tentando soltar o xale de um abajur, eu abri a janela uns dois dedinhos e voltei a me sentar em sua cadeira forrada de chintz, de modo que uma brisa suave correu pelo meu rosto.

— Meus queridos — disse a professora, sentando-se em sua bergere diante da turma e percorrendo-a com seus olhos estranhamente aumentados —, estamos quase no fim dos nossos estudos sobre adivinhação planetária. Hoje, no entanto, teremos uma excelente oportunidade de examinar os efeitos de Marte, porque ele está em uma posição muitíssimo interessante neste momento. Se vocês todos olharem para cá, eu vou diminuir a luz.

Ela acenou com a varinha e as luzes se apagaram. A lareira ficou sendo a única fonte de claridade. A Profa Sibila se curvou e tirou de baixo da poltrona um modelo do sistema solar, protegido por uma redoma de vidro. Era uma bela peça; cada uma das luas cintilantes estavam dispostas em torno dos nove planetas e do sol esbraseado, todos suspensos no ar sob o vidro.

Olho para Harry e o vejo descansar sua cabeça na mesa.

— Harry? — Cochichei — Está louco? Você não pode dormir em aula.

Parecia que ele realmente havia dormido. Lilá encarou meu irmão com um olhar de reprovação. Ela sempre deixou bem claro que era um absurdo alguém não prestar atenção na aula da professora Sibila.

— Harry? — Digo, o sacudindo.  — Vamos, Harry, pare de graça.

Agora todos os olhares se voltaram para nós dois. Comecei a sacudir meu irmão mais forte e gritar por ele.
Percebi que ele não estava brincando assim que o vi cair no chão.

— Meu merlin! — Exclamei — Ele desmaiou.

Me sento no chão passando minhas mãos em seu rosto. Meu coração começou a acelerar com o medo de ter acontecido alguma coisa mais grave.
De repente o Harry cobriu a sua cicatriz com as mãos e começou a se contorcer de dor.

Como é Amar Você--- Draco Malfoy  (S/n)Onde histórias criam vida. Descubra agora