Capítulo 2

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Luiza

Acordo e não o encontro na cama, desço as escadas percebendo que não tem sinal do Heitor na casa dos meus pais.

_ Bença, mãe.

Recebo um beijo na cabeça assim que entro na cozinha, minha mãe nina Pietra nos braços, faço um carinho nos cabelinhos ralos da minha pequena.

_ Viu Heitor?

Dou um cheiro por não resistir a essência de bebê que ela tem.

_ Não filha, parece que ele não está, nem vi o carro dele nesta manhã.

Pondero. "Será que ele não dormiu aqui?" Ainda possessa pelo dia de ontem decido não ligar para ele.

_ E as meninas?

_ Dormindo.

Estranho, Bea sempre acorda cedo.

_ As três?

Pergunto incrédula.

_ Sim, Pietra que acordou agora pouco, peguei ela e as três continuaram dormindo.

_ Vou tomar banho e desço.

_ Tá, filha.

Subo, tomo banho e seco os cabelos, abro a janela do Whatsapp não vendo uma mensagem sequer do Heitor. Resolvo ligar pra casa, no segundo toque o telefone fixo é atendido.

"Sim?"

A voz da minha babá Geralda se faz presente.

_ Bom dia Geralda, sabe me dizer se Heitor está ai?

"Bom dia Luiza, não o vi hoje, depois que você me ligou ontem dizendo que não dormiria em casa eu adormeci, acordei hoje e não o vi em casa, na verdade Heitor não dormiu aqui."

_ Obrigada, Geralda, qualquer coisa que eu resolver aqui te mando mensagem.

" Tudo bem, Luiza."

_ Tchau.

Desligo já fazendo outra chamada, o telefone toca, assim que vai cair na caixa de mensagem é atendido.

"Pronto."

Escuto a voz de Julia ofegante.

_ Tudo bem, Julia? Sou eu Luiza.

"Tudo Lu, Vitória resolveu andar com meu salto e caiu, agora está tudo bem. Precisa de algo?"

_ Sabe me dizer se Heitor está aí?

"Lu, Heitor não veio aqui hoje."

Paraliso.

"Está tudo bem?"

Fico em silêncio perdida em pensamentos.

"Lu, está tudo bem?"

Julia insiste me trazendo a realidade.

_ Sim, obrigada Julia.

Desligo apreensiva, vou na chamada rápida chamando seu número com uma certa pressa. Cai na caixa de mensagem e não sou atendida, persisto ficando preocupada quando ele não atende pela segunda vez.

Heitor nunca deixou de atender minha segunda chamada, nunca, nem quando éramos namorados. Isso me preocupa, por isso persisto mais vezes até ser atendida.

"Alô?"

Encaro o visor do meu celular pensando que liguei errado por não reconhecer a voz fina do outro lado da linha, para o meu desespero é o número dele, escrito em negrito: Thor Mor ❤.

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