Capítulo 17

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Luiza

Acordo com um diálogo ao meu lado, abro as pálpebras preguiçosa vendo minhas duas bebês conversando sobre quem deve me acordar.

_ Atoda mamãe Ceci!

Pietra diz impaciente, mandona do seu jeito.

_ Não pode falar assim comigo Pi, eu fico triste.

_ Diculpa Ceci, e pedoa?

Ela abraça a irmã mais velha. É engraçado como elas se entendem, apesar de Ceci ser a mais travessa e birrenta, às vezes chora por nada e faz uma birra que ninguém aguenta.

_ Tudo bem Pi.

Elas riem após restaurar a amizade outra vez, as duas me olharam e sorriram mais ainda ao constatar que eu estou acordada.

_ Mamãe!

A empolgação delas me dá um grande ânimo, levanto prometendo um banho de banheira, elas não cabem em felicidade. Tomo junto delas um banho harmonioso, cheio de carinho trocados, as duas lavam meus cabelos assim como eu havia feito com cada uma, a parte de enxaguar me faz morrer de ri, Pietra faz um concha com as mãozinhas para jogar pouca água no meu cabelo. Para ajudá-las, mergulho tirando todo excesso de shampoo.

Guardo meus bebês no mesmo roupão que eu, elas gargalham por gostar de uma bagunça. Elas escolhem vestido como eu, logo descemos para o café da manhã, Vitória desce da mesa para me abraçar, levanto seu corpo pesadinho beijando seu rostinho.

_ Que saudade eu tive de você.

Mel e Bea cheias de ciúmes pedem colo também, beijo Vitória uma última vez deixando ela no chão, pego meus outros amores agarrando minhas princesas. Aproximo da mesa cumprimentando Geralda com um beijo no rosto e um abraço amoroso. Tenho tanto carinho e amor por essa mulher, ela é uma mãe que ouve minhas dores e me consola.

_ Viu, Heitor?

Deixo Bea e Mel na cadeira de antes, não desviando o olhar de Geralda.

_ Tem um tempo que eu não o vejo, achei que tinha voltado para o quarto de vocês.

Mordo a boca pensativa, estranho ele não está aqui com as crianças.

_ Eu vi, tia Lu!

Diz sobressaltada.

_ Onde, querida?

_ Ele saiu correndo, tia, entrou na casinha vermelha lá fora.

_ Correndo?

Estranho, Vitória outra vez confirma.

_ Sim!

_ Obrigada, meu amor.

Apressada saio preocupada, entro no estábulo por ser o único lugar vermelho, dou de cara com o filho mais velho do caseiro.

_ Bom dia!

Concentrado em alimentar o Amuleto apenas me olha sobre o ombro.

_ Bom dia, precisa de algo?

_ Sim, viu meu marido?

Estreita o olhar.

_ Ele é um homem de cabelos arrepiados?

_ Sim!

Confirmo, me aproximando tensa.

_ Ele saiu já tem alguns minutos, me pediu para preparar o Trovão.

Arregalo os olhos.

_ O que?

Levo as mãos na boca.

RefémOnde histórias criam vida. Descubra agora