Capítulo 25

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Luiza

Meu quadril doía horrores por ficar na cama, o tédio com certeza era pior, conversar com Heitor mais cedo foi tão bom, inconscientemente ele participou do meu primeiro desejo, mesmo que o desejo de macarrão com almôndegas se foi bem na hora que eu vi o sanduíche que ele comia com tanto gosto.

Chego a lamber os beiços apenas por lembrar do frango se desfazendo na boca dele, com certeza derretendo naquela língua boa.

Fecho meus olhos ao sentir um arrepio, mordo a boca e passo meus dedos com gentileza no meu pescoço, mexo dengosa por sentir o toque dele.

Desço minha mão beliscando a ponta dos meus mamilos, gemo baixinho seu nome e continuo, livre até o centro do meu prazer, ultrapasso a calcinha e sinto uma leve lubrificação.

_ Me beija amor, me beija!

Falo rouca estremecida de desejo, Heitor saberia o que eu precisava nesse momento, um dedo, dois, três eu iria a loucura, então experimento todos e tremo no toque dele, o polegar por pouco não vai junto, uso o excluído naquele lugarzinho específico.

Mantenho meu pé imóvel quando a onda do orgamos me invade, aperto a colcha da cama e mordo a boca erguendo meu corpo leve, ofego rolando os olhos, retiro meus dedos e volto para o travesseiro tontinha, vendo estrelas.

_ Desejo de frango, agora desejo de você!

Resmungo depois de um tempo, meu coração volta as batidas calmas, porém minha boca sente aquele frango e o desejo de comer aquilo me invade de novo, agora o dobro mais forte, tentei enganar meu bebê com a realização de algo mas ele não está totalmente satisfeito.

_ Vou tomar um ar!

Vou para área externa com minhas muletas e a botinha no pé, José se ofereceu para passar uma pomada boa para diminuir o inchaço, aceitei e ele todo cuidadoso passou. Só que não estava aguentando ficar com o pé no chão, ele me deixou no quarto e logo saiu. De novo eu estava no quarto escuro lembrando do frango que Heitor comia. 

Toc... Toc...

_ Filha?

Minha mãe chama, raspo minha garganta e respondo.

_ Pode entrar!

Me ajeito na cama dando um sorriso amoroso.

_ Mãe, eu disse que estou sem fome.

Fome tenho do Heitor, do fricasse da mãe dele, somente isso.
Oculto meus pensamentos.

_ Mas isso você vai querer!

Antes dos meus olhos senti meu nariz detecta o cheiro de frango, arregalei os olhos faminta quando vejo o sanduíche de frango, minha mãe me olha e sorri, eu recuo meu olhar não lembrando que compartilhei dessa vontade com ninguém além de Heitor.

_ Mas...

_ Foi seu marido!

Paro, incrédula.

_ Ooo que?

Olho para os lados à procura dele.

_ Cadê ele?

Não tiro os olhos da porta e nem o sorriso gigante da boca.

_ Disse Henrique que ele deixou aqui e foi embora.

Perco o ar.

_ Luiza.

Derramo lágrimas de emoção e tristeza ao mesmo tempo, não faz sentido ele vir aqui e nem me procurar.

_ Parece que ele veio escondido filha, não pode ir muito longe, foi o que me explicou Júlia quando eu liguei para agradecer.

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