Capítulo 15 - Drácula

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    Draculaura estava à frente do quadro de seu pai, ele estava conversando com ela sobre sua reputação na escola.

- Como está seu andamento na escola? Sabe que tem que ser exemplar!

- Sim... Eu sei pai... Sinceramente, eu não sei para que toda essa pressão ou excelência! Mas se ajuda, na minha última prova consegui nota máxima.

- Excelente! Sabia que iria conseguir!

- Claro pai...

Drácula percebe o desanimo de sua filha, ele odiava vê-la dessa forma.

- Ei... Sei que não falo muito, mas... Eu te amo filha! Tenho orgulho de você!

Draculaura olha por alguns minutos para o quadro a sua frente, processando o que seu pai havia falado.

- Eu também pai!

Drácula dá um sorriso sincero para sua filha.

- Pai... Posso perguntar uma coisa? Uma coisa bem... Especifica?

- Claro? Do que se trata?

- Gostaria de saber como essa guerra entre bruxas e vampiros começou... Nós... Atacamos eles?

- Você sabe como foi filha... Eles nos traíram e começaram essa guerra toda.

- Mas e se não for só isso? E se tiver muito mais no meio de tudo isso? Se a culpa de toda a guerra for nossa? E se eles só... Estiverem se vingando?

- Não é! Eles escolheram seu lado! E se essas perguntas tiver haver com sua feitiçaria, acho melhor parar de fazer, está mexendo com sua cabeça!

- PAI!

- Que saber? Pode continuar fazendo, mas não quero ouvir nada mais que envolva essa baboseira! Está misturando demais essa feitiçaria e bruxas pro meu gosto! Somos inimigos das bruxas por uma razão! E essa razão é porque elas não passam de traidoras! Possuem um coração falso de monstro! Nunca serão uma de nós! Não quero ouvir mais nada desse assunto! – Drácula desliga a ligação, deixando somente a sua pintura estática.

Draculaura ficou encarando o quadro por um tempo. Seu coração doía ao se lembrar das palavras de seu pai. Por que pensou que talvez ele a entenderia? Ela o conhece e era óbvio que ele não conseguiria entender! Por que tudo tem que ser tão complicado? A raiva e a tristeza a deixava perdida, desolada. Sabia que estava certa, mas quem acreditaria? Se nem seu pai acreditou, por que os outros acreditariam?

Clawdeen entrou no dormitório para pegar algumas coisas que havia guardado, mas ao entrar, percebe Draculaura abalada e o quadro de Drácula a sua frente.

- Brigaram novamente? – Clawdeen aproxima-se de Draculaura, dando um abraço reconfortante nela.

- Sim... Por que tudo tem que ser tão difícil?

- Eu não sei... Mas tudo vai se resolver, eu prometo! – Clawdeen a abraça mais forte. – E lembre-se, você está aqui fazendo o seu destino! Não o dele!

Draculaura já havia escutado essa fala antes. Um pequeno sorriso surge em sua face.

- Eu queria que ele conseguisse me entender... Mas é muito difícil! Uma hora, parece que ele me entende! Orgulha-se de mim! Até me permite fazer o que amo, mesmo sabendo do que significa! Mas depois... É como se tivéssemos voltado a estaca zero... Onde tudo que faço não parece ser o suficiente. Quando sempre tenho que me esforçar no máximo para orgulha-lo, ser um exemplo... Seguir seu modelo! Isso é doloroso... – Draculaura se permitiu chorar, não só por isso, mas por tudo o que acontecia na sua vida nesses últimos dias.

- Pode colocar tudo para fora. Eu estou aqui e sempre estarei! – Clawdeen a abraçava mais forte, como se a qualquer momento, Draculaura acabasse escapando de seu alcance. Depois de tudo, ela agora só quer ser o apoio que Draculaura precisa.

- Obrigada!

Clawdeen não responde, mas seu gesto já é mais do que suficiente para Draculaura.

Monster High: FALL OF THE VAMPIRESOnde histórias criam vida. Descubra agora