Monster High: FALL OF THE VAMPIRES

Capítulo 17 - Frankie.

 Draculaura estava de volta ao seu dormitório. Estava em cima da cama de Clawdeen.

Pensava em Casta, estava preocupada com sua amiga, depois das coisas que ouviu, sabia que precisava tomar cuidado com Cerci, mas como as coisas ficaram para Casta? Ela é sua filha e mora com Cerci, isso não parecia seguro. Mesmo que não admita, Draculaura de certa forma entende o que Casta está passando, pois deste a primeira vez que a viu, ela se vê na bruxa, as duas eram mais parecidas do que gostariam de admitir, Draculaura se vê nos sonhos da bruxa, nos objetivos, na luta que Casta tem para orgulhar sua mãe e fazer o que ama as escondidas, para ser ela mesma, se vê nos problemas, na pressão que ela tem para orgulhar sua mãe, no medo de falhar, pois são todos os problemas que passa com seu pai também, todo esse medo e pressão são as mesmas coisas que ela passa, até mesmo na sua luta para ser quem é e poder fazer o que ama, por isso que se identifica tanto com Casta e esse é um dos motivos para se preocupar tanto com a garota, mas uma das únicas situações que jamais será capaz de saber como é, e que Casta está passando é pela sensação de traição... Como será descobrir que a pessoa que mais amou na vida inteira poderia estar te enganando esse tempo todo? Que tudo o que viveram não passou de uma mentira? Draculaura entende o motivo de Casta de querer a continuar a viver nessa mentira ao invés de encarar a verdade, se fosse Draculaura ali, nessa situação, provavelmente também iria negar tudo até o fim, mesmo com todas as provas na sua frente, pois a última coisa que poderia aceitar é de que seu pai era um traidor esse tempo todo, pois apesar de todos os problemas que viveram, ele ainda foi a pessoa mais importante para ela, a pessoa que sempre esteve ao seu lado nos melhores e piores momentos de sua vida, tentando fazer o seu melhor para lhe dar uma vida digna, mesmo que sempre tenha parecido meio grosso e controlador, mas essa foi a maneira que ele aprendeu e viveu, não era culpa dele passar os mesmos ensinamentos da mesma maneira para sua filha, e ele pelo menos tenta mudar para ser um pai melhor para sua filha, para ser um pai que ele não teve, mesmo com todos os problemas e dificuldades, e ela sabia disso. Mas será que a mãe de Casta também é assim? Também tenta mudar? Ou é tudo mentira? Ela não sabia, mas imagina que descobrir que aquele que mais ama pode ser um traidor, seria a mesma coisa que ver tudo o que ela conhece desmoronar, cair e desaparecer bem na sua frente, pois como iria confiar novamente em outra pessoa depois dessa verdade? Ela não sabia, mas precisava encontrar uma resposta para poder fazer Casta enxergar a verdade antes que acabe se machucando mais do que já está, e precisa mostrar para sua amiga que mesmo depois de tudo ela ainda poderia confiar nas outras pessoas, nos outros monstros... Nos vampiros... Mas como?

Draculaura ouve o ranger da porta ao se abrir, Frankie surge, mas fica parado um tempo na frente da porta.

- Draculaura? O que está fazendo? – Frankie nota a expressão pensativa e até mesmo cansada no rosto da amiga.

- Frankie... Estou bem, estava pensando em algumas coisas.

- Eu posso te ajudar se quiser. Só vai precisa me contar o que é que está acontecendo.

- Não quero te incomodar com isso, já teve estar com problemas demais por causa dos exames que estão chegando.

- De boa! Já estou preparada para qualquer exame! Então pode me contar.

Draculaura desvia o olhar por alguns segundos.

- Eu prometo que nada que você dizer irá sair daqui! – Frankie senta-se ao seu lado e segura sua mão. – Pode confiar! Somos amigos, afinal! E é para isso que amigos servem.

Draculaura abre um pequeno sorriso.

- Claro Frankie. Bem... Por onde começo? Eu tenho uma amiga que está passando por sérios problemas com a mãe dela, digamos que a mãe dela não é uma das mais confiáveis, mas ela se recusa a ver mesmo com as provas a sua frente. Eu estou preocupada com ela... Eu realmente entendo o seu lado, não deve ser fácil descobrir que a pessoa que você mais ama é capaz de fazer todas essas coisas, mas estou preocupada com que ela acabe se machucando por evitar a verdade e escolher viver nessa mentira, se ela acabar sofrendo mais por culpa dessa sua escolha? Se acontecer algo com ela...

Frankie aperta a mão de sua amiga.

- Bem... Você não pode obriga-la a aceitar essa verdade, principalmente por ser algo delicado... Mas eu acho que você deveria falar com ela e mostrar tudo o que sabe, mas de uma forma mais compreensiva. Por exemplo, em vez de obriga-la a ver a verdade, explique a ela calmamente o porquê de você ver as coisas dessa forma, lhe de a oportunidade de discordar ou concordar. Entenda seu lado. Eu estou viva há poucos meses, realmente não sei de tudo, muito menos como te ajudar nessa situação, mas eu diria que a melhor forma de resolver tudo é com paciência. Esperar até que ela esteja pronta para aceitar a verdade. Mas eu realmente acho que você tenha que falar com ela antes, mas lembre-se de ser com calma, compreensiva e ter paciência nessa conversa. Esse seria meu conselho.

Draculaura fica um tempo pensando no que Frankie havia falado.

- Isso é perfeito! Como não pensei nisso antes? Obrigada mesmo Frankie! Você é o melhor! – Draculaura abraça Frankie, Frankie ficou confuso a princípio, mas logo retribuiu o abraço. Draculaura separa-se do abraço e levanta-se da cama.

- Fico feliz que tenha ajudado! – Frankie diz com um sorriso. – Mas poderia me dizer quem é sua amiga?

- Como?

- Não estou querendo parecer intrometido, mas aqui na escola você só anda comigo e Clawdeen, as vezes com a Abby, Lagoona, Cleo e ghoulia. Então só poderia ser um amigo de fora, mas levando em consideração como você era no dia em que nos conhecemos... Não acho que tenha muitos amigos naquela época... Mas talvez tenha alguns que conheça há mais tempo, então fica a pergunta... Quem é, e há quando tempo se conhecem?

Draculaura fica pasma, como Frankie é capaz de saber tudo sobre ela com tão pouca coisa sendo contada? Ela sempre soube que Frankie prestava atenção nos mínimos detalhes, mas nesse nível? Na verdade não é de se surpreender, levando em conta de tudo que Frankie já disse que sabe por prestar atenção nas pessoas.

- Eu tinha alguns amigos sim antes de conhecer vocês. – Draculaura diz rindo. – Mas nunca foram muitos... A única que me lembro de ser de grande importância para mim foi Elissabat, mas faz séculos que não vejo aquela vampira, deste que ela... Não importa. Essa amiga que precisa da minha ajuda é uma pessoa diferente, acho que posso confiar em você para falar a verdade.

Frankie estranhou essa última parte, confiar nelu para falar a verdade? Do que se trata essa amiga de Draculaura?

- A minha amiga eu a conheci faz poucos dias... Ela é... Uma bruxa.

- Bruxa?! Wow! Isso é... Isso não é proibido?

- Sim... Mas as bruxas não são como os outros dizem! Elas são como eu e você! Incríveis!

- Eu sei! Que dizer, julgar um povo inteiro pelo que os outros dizem seria errado. É obvio que era impossível toda bruxa ser como os monstros dizem! Tive mais certeza disso depois de conhecer você e Clawdeen, a prova viva de como o pensamento monstro é ultrapassado quando se trata de certas coisas.

- Sim... verdade. Então você não vai me julgar? Dizer que eu deveria me afastar delas por serem bruxas?

- Não! Por que faria isso? Nem as conheço para poder julgar. Mas admito que ficaria mais tranquilo se você se afastasse da bruxa quem tem uma mãe que é mentirosa, possivelmente uma traidora e que é perigosa, sei que sua amiga pode estar em perigo por ter uma mãe assim, mas eu não quero perder MINHA amiga também por culpa de você querer se colocar em risco para protege-la. Eu admiro que se preocupe com ela, mas tudo tem limite, realmente precisa se colocar em tanto risco para ajuda-la?

- Eu vou continuar indo para lá para ajuda-la sim! Ela precisa de mim. Mas eu não vou para a vila das bruxas somente por esse motivo... As coisas são mais complicadas do que parecem.

- Então por que não as descomplica de uma vez? O que está acontecendo?

- Eu sinto muito Frankie, mas certas coisas ainda não estão na hora de serem ditas. Mas agradeço por ser tão compreensiva e me entender. Graças a você, eu acho que sei como ajudar Casta.

- Casta? É o nome de sua amiga bruxa?

- Sim! Também tem a Scarlet! Elas são uma dupla inseparável! Elas lembram a gente!

- Imagino! Adoraria conhecer elas algum dia desses.

Draculaura olha para seu amigo por um tempo e sussurra para elu.

- E um dia você vai, todos irão.