Monster High: FALL OF THE VAMPIRES

Capítulo 8 - A vila das bruxas

     Draculaura vê logo à frente seus amigos.

- Hey ghouls! – Draculaura aumenta o passo.

- Draculaura? Finalmente! – Frankie diz, enquanto comia a comida da cantina.

- Demorei muito? – Draculaura alcança suas amigas.

- Não muito... Mas o que ele queria afinal? Para ficar sozinho na sala de aula, ele deveria querer algo... – Clawdeen solta um pequeno rosnado.

- Ele só queria algumas dicas sobre a escola, sabe... Ele é novato e tem muita coisa que não sabe ainda. – Draculaura age o mais natural possível.

- E para isso, precisa ficar sozinho com você na sala de aula? Por que eu e Frankie não podíamos estar lá também então?

- Hã... É só que... Ele é meio tímido para perguntar certas coisas... E também sou a mais velha na escola! Tenho mais experiência, e como ele sabe quem é meu pai, acabou confiando mais em mim, só isso. – Draculaura estava nervosa por quase ser pega na mentira.

- Tímido? Tímido é tudo o que ele não é! Ou não pareceu... Sei lá... Eu só achei aquele cara estranho. Eu não gostei dele... Não sei por que.

Draculaura entendia a angustia de Clawdeen, ela também não gostava daquele bruxo. Mas não poderia deixar que Clawdeen descobrisse sobre ele, pelo menos não até colocar um fim em Jimmy.

- Não precisa se preocupar! Ele logo se enturma em algum grupo, assim você não precisa se preocupar tanto com isso.

- Mas ele parece um cara legal! Tem certeza que não consegue dar uma chance a ele? – Frankie questiona. Draculaura agia normalmente, mas por dentro, estava surtando pela possibilidade daquele cara conviver com elas, isso não poderia acontecer.

- Talvez... Não sei... Eu precisaria de um tempo para isso. – Clawdeen não entendia esses sentimentos conflitantes que pareciam tramar uma guerra dentro de si. Ela não gostou de pensar na possibilidade de Draculaura sozinha com outro cara, mas ao mesmo tempo, ela não sentia raiva por ela, mas sim, medo, medo de algo que nem ela é capaz de saber o do por que.

- Quem precisa falar sobre caras, afinal? Vamos trocar de assunto! – Draculaura fala.

Elas passaram o resto do dia conversando, e por um minuto, Draculaura realmente pode se dar ao luxo de esquecer-se de todos os problemas que cercavam a sua vida, depois de muitos dias, finalmente poder sentir-se livre era incrível. Mas como tudo que é bom, dura pouco, a liberdade que sentia também chegaria ao fim, junto da noite escura, e junto dela, todos seus medos e inseguranças.

Draculaura acorda de seu sono e sai de dentro de seu caixão em silêncio.

- Já teve ser a hora... – Draculaura olha suas amigas dormindo tranquilamente. – Boa noite ghouls... Será que estou fazendo a coisa certa? Não é como se eu tivesse escolha...

Draculaura sai do Dormitório, passando pelos corredores. Ela vê ao longe Félix na sua forma real.

- Então veio mesmo...

- Óbvio. Não é como se eu tivesse muitas alternativas.

- Tem razão.

- Só vamos logo! – Draculaura sai na frente.

Depois de ambos saírem da escola.

- Pronto, e agora?

Félix começa a falar algumas coisas aleatórias, Draculaura não tinha certeza do que se tratava, mas depois que ele parou, uma vassoura voadora apareceu.

- Não achou que fossemos a pé, não é mesmo?

- Você tem uma vassoura?!

- Tenho... Como toda bruxa! Você se acostuma. Sobe! E no inicio você pode acabar ficando enjoada... Mas faça o possível para não vomitar em mim! Não estou a fim de ficar sujo de vomito de morcego.

- EI! Olha o modo que fala comigo!

Félix a olha de cima a baixo.

- Que foi? É ofensivo agora te chamar de morcego? Por quê? Afinal, você é um morcego! – Félix mostrava-se calmo.

Draculaura suspira e sobe na vassoura.

- Segure firme!

- Me segurar? Em você? O que mais preciso fazer agora?

- É sua segurança que está em risco...

Draculaura revira os olhos e se segura nele. Os dois pegam uma boa altitude e saem voando a toda velocidade. Draculaura realmente sentiu-se muito enjoada pela arrancada, mas depois se acostumou com o voo. Félix puxa uma pequena bola negra e lança na sua frente, abrindo um enorme portal, a vassoura pega mais velocidade e entra com tudo. Draculaura sentiu seu estomago embrulhar-se.

Depois de atravessar o portal estranho, eles foram parar em um lugar lindo, era uma vila de casas simples de madeiras, muito diferente das que está acostumada a ver em Transilvânia. Possuíam muitas árvores altas, mas uma em particular chamava mais atenção, era uma enorme árvore branca que se localizava bem no centro da vila, Draculaura sentia uma enorme energia saindo daquela árvore. Gatos pretos pulavam em árvores e telhados, seus miados eram como musicas nessa noite escura, quase como se tivessem dando oi para ela. As bruxas se mandem escondidas e dormindo em suas pequenas e simples casas.

- Wow!

- Bonito? Eu sei...

- Sim... É mesmo. Por que viemos pelo portal?

- Não achou que eu fosse dar a localização de nosso esconderijo para um vampiro, certo? Mesmo que estejamos do mesmo lado, certas coisas são melhores manter em sigilo.

Logo a frente, Draculaura vê uma enorme torre de pedra, um telhado escuro, no topo possuía uma janela enorme. Felix pousou a vassoura bem na janela.

- Chegamos... Boa sorte... Vai precisar. – Draculaura desce e Félix logo sai voando, sem olhar para trás, abandonando a vampira pela própria sorte.

- Ei! Onde pensa que vai?! Vai me abandonar mesmo? Mais que merda! E agora? – Draculaura percebe a encrenca em que se meteu. Estava sozinha no reino inimigo na casa da líder deles. As coisas ainda poderiam piorar?

- Chegou cedo... Sabia que iria vir querida!

E tudo piorou... Draculaura nem se virou para ver quem era, pois só te escutar já reconheceu a voz, Circe estava atrás dela.