Accident Waiting To Happen - Charlie Weasley (Tradução)

«XXXIII - EU PRECISO DE VOCÊ»

Quarta-feira, 9 de setembro de 1998.

A grande colina com vista para Loch Lomond e a borda de Kenmore Woods ficava a quase 2.000 pés acima do nível do mar - tornando a subida extremamente trabalhosa para um certo ruivo.

"Estamos quase lá?" Charlie bufou, inclinando-se para a frente contra a inclinação da grama.

"Não tenho certeza se posso andar por muito mais tempo."

"Quase! Só mais alguns metros agora!" Aisling respondeu, achando a caminhada agradável, já que ela não saía com frequência (especialmente para lugares tão bonitos quanto Inversnaid).

"Isso é o que você disse há cinco minutos!" Ele gemeu.

"Ash Dhara!"

"Cale a boca, Charlie. Tudo o que você faz é reclamar!" Aisling revirou os olhos quando chegaram ao cume da colina.

"Veja! Estamos aqui agora."

Charlie deu seus últimos passos antes de tirar a bolsa das costas, deixando-a cair no chão e caindo bem ao lado dela.

"Nunca mais farei nada do que você me pedir. Nunca." Ele murmurou, sem fôlego e suado.

"Vamos, Charlie. Minha mãe está bem aqui." Ela explicou, caminhando pela rua de abetos que crescia no topo da colina.

Do outro lado da pequena floresta havia uma lápide de mármore paralela ao lago e ao cenário circundante.

Em memória amorosa de Leena Adya Patel.
Mãe de Aaron e Aisling.
Uma protetora corajosa e amiga carinhosa.
1956-1996

Aisling sentou-se na frente dele, observando a superfície do lago ondular com o toque do vento.

"É bom aqui em cima." Charlie observou enquanto se sentava diretamente ao lado de Aisling.

"Eu sei. Minha mãe adorava isso aqui. Ela costumava levar Aaron e eu para piqueniques no fim de semana quando éramos pequenos." Aisling disse a ele, virando a cabeça para encarar o túmulo de sua mãe.

"Você se lembra de fazer isso, mãe?"

Charlie a observou, imaginando se ela estava esperando por uma resposta psíquica ou simplesmente usando a habilidade de falar e não ser interrompida como um meio para atingir um fim.

"Você provavelmente acha que sou muito estranho por fazer isso... você sabe... falar com o túmulo da minha mãe."

"De jeito nenhum, Ash." Charlie balançou a cabeça, plantando a mão suavemente em sua coxa.

A pele de Aisling queimou com seu toque, mas de uma forma incrivelmente agradável. Ela se inclinou para a esquerda, descansando a cabeça no ombro dele, o que o levou a envolver o braço em suas costas para puxá-la para mais perto.

"Obrigado por fazer isso comigo, Charlie." Aisling murmurou para ele, entrelaçando as mãos com as dele.

"Eu faria qualquer coisa por você, anjo. Você já deveria saber disso agora." Charlie falou, apertando suas mãos gentilmente para garantir.

"E eu quero dizer... qualquer coisa."

Aisling se sentou apoiando-se nele, movendo sua cabeça ao redor para olhá-lo nos olhos. Charlie ficou confuso com o silêncio dela, esperando que ela dissesse alguma coisa, mas nada encontrou além do silêncio.

"Ash?" Ele levantou uma sobrancelha.

Aisling ficou de joelhos para poder alcançar seu rosto e, trazendo-o gentilmente, deixou um beijo cair em seus lábios.