Accident Waiting To Happen - Charlie Weasley (Tradução)

«XLIX - VOCÊ É AMADA»

♖

Passando para avisar que estamos na reta final da fanfic, faltam apenas alguns capítulos. Boa leitura.

♖


Domingo, 3 de janeiro de 1999.

A chuva batia nas janelas do quarto de Aaron no Largo Grimmauld, vazando pela fresta onde ela a deixara ligeiramente aberta para deixar entrar uma brisa suave. Aisling, contra a vontade de seu irmão, sentou-se em sua cama, tomando banho no silêncio como ela olhou ao redor da sala para os cartazes que cobriam as paredes. Presos para sempre nas paredes, os quadros ficavam planos contra a pedra pintada.

Tinha começado a escurecer lá fora quando uma pequena batida veio da porta, seguida pela cabeça de seu pai espiando em torno da moldura de madeira.  

"Ei, Ash." O homem disse baixinho, fazendo a cabeça de Aisling virar para olhar para ele. Ela deu a ele um sorriso de lábios finos antes de voltar a olhar para as paredes ao seu redor.

Matiu sentou-se na cama, acomodando-se no lugar vazio ao lado de Aisling. Ele copiou a filha, olhando ao redor da sala para todos os pôsteres que o inquilino anterior havia deixado.

"Vocês já pensaram em derrubá-los?" Matiu perguntou, inclinando ligeiramente o rosto.

Aisling balançou a cabeça em resposta: "Não." Ela disse claramente, torcendo o nariz com o mero pensamento.  

"Eu gosto deles. Acho que Aaron também. Eles me lembram dele, como ele viveu." Ela olhou para Matiu, examinando seu rosto que tinha uma expressão confusa.  

"Sem desculpas." Ela terminou, recebendo um aceno de compreensão.

"Não é como se eu pudesse removê-los de qualquer maneira." Aisling encolheu os ombros, levantando-se para examinar os cartazes mais de perto.  

"Feitiço de fixação permanente, sabe." Ela se virou para Matiu enquanto passava a mão sobre uma das fotos, dando um forte puxão na borda apenas para que ela não saísse da parede.

"Isso é incrível." Ele riu para si mesmo enquanto observava o momento se desenrolar à sua frente, deixando sua mão cair na palma da mão que estava erguida por seu joelho.

"Isso é magia." Aisling sorriu suavemente, voltando para seu lugar na cama. "Você chama a si mesmo de bruxo."

Ficaram sentados em silêncio por alguns minutos, curtindo a ausência de som além do tamborilar da chuva contra o vidro e os gritos leves de Aaron e Charlie no andar de baixo.  

Gritos curtos vieram de Eleanora com as travessuras de seu filho mais novo; provavelmente uma brincadeira violenta que foi introduzida por George.

"Como Charlie está se adaptando?" Eerguntou Aisling.

"Ótimo, Aaron o ama. Monstro está se tornando parcial em relação a ele. Não sem o estranho 'traidor do sangue' como um insulto aqui e ali." Disse Matiu.

Aisling fez uma cara confusa para ele, erguendo a sobrancelha enquanto um sorriso confuso se espalhava em seus lábios.  

"Eles estão jogando boliche de bruxo." Ele explicou.

"Ah." A cabeça de Aisling caiu para trás e depois para frente para mostrar a ele um gesto compreensivo.

"Eu acho que sua mãe teria gostado dele também." Seu pai disse.

"Isso é tudo que eu poderia desejar... que ela o aprovasse." Aisling mordeu o interior da bochecha.

"Então, falando de Charlie... como você e ele estão se dando?" O homem quebrou o silêncio.