Não tem como essa noite piorar...

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Nem tento mais me questionar sobre como minha vida se tornou esse caos, a partir do momento que o todo poderoso me deu essa classe adorável, apenas pude aceitar.

Fala sério, que desgraçado.

Foda-se que isso é blasfêmia, mas isso me irrita tanto que eu nem ligo mais sobre estarmos indo roubar uma viatura e andando discretamente pela delegacia infestada de mafiosos.

Tem sete BILHÕES de pessoas no mundo e você decide jogar LEE FELIX no fundo do poço? Porra, eu sou o quê?! A Samara?!

Mas você me paga.

Entramos pelo estacionamento, pulando a cerca elétrica que estava desativada devido a visita amigável dos nossos coleguinhas mafiosos. Ainda não entendo como toda essa galera decidiu invadir no meio desse feriado insuportável.

Purificação… purificação é o meu ovo.

Ninguém aqui é idiota para saber do quanto eles querem apenas se livrar de nós, pobres. Somos apenas um peso morto se ficarmos em grande quantidade, então o que fazemos quando estamos ocupando muito espaço? Nos livramos.

Mas não de todos, afinal, precisamos de trabalhadores. Enfim a hipocrisia.

— Gatinho, você fica lindo pensativo, mas poderia ficar de olho pra ver se tem alguém vindo? — o alfa sussurrou assim que parou em frente de uma viatura, pegando um grampo de seu cabelo e tentando abrir a porta do carro sem disparar o alarme.

Bufei revirando os olhos e fiz o que me foi pedido. Vocês tem noção que eu poderia estar em casa agora, dormindo em meio a esse caos ou simplesmente brincando com meu gatinho…

Meu neném deve estar desolado com a minha falta.

Respirei fundo tentando me acalmar enquanto ainda escutava os disparos vindo do outro lado, estavam cada vez mais incessantes, acho isso incrível tendo em vista que a maioria dos mafiosos estavam recuando. Mesmo apavorado, isso desperta muito a minha curiosidade, tendo em vista que isso está acontecendo durante o meu "turno."

Vão descontar do meu salário…

Comecei a refletir um pouco sobre como faríamos para sobreviver depois que andássemos com um carro que claramente, não chama atenção alguma.

Não é como se ele tivesse sirenes, certo?!

Busquei o celular em meu bolso ao me lembrar sobre o que Chan havia me dito, talvez a melhor alternativa fosse ir atrás da sua ajuda, mesmo que eu tivesse soltado Hyunjin, não quer dizer que é algo ruim, certo?! Meu Deus, estou muito fodido.

Mandei uma mensagem para o mais velho pedindo para que ele me ligasse assim que possível, o coitado deve estar dormindo ou enchendo a cara de cachaça.

— Vem, Lix. Vamos sair daqui! — escutei o Hwang me chamar e com isso, dei as costas para a entrada do estacionamento. Correndo em direção a viatura, sem me dar conta de como a mochila estava pesada e alguns membros das máfias começaram a se refugiar ali dentro.

Eu teria passado despercebido se não fosse pelo som da minha lata de pêssego caindo no chão. — Parado ai! — a voz distante de um deles foi audível tanto pra mim quanto pra Hyunjin que arregalou os olhos. Vocês tem noção da escolha que eu fiz a partir daí, né?

Claramente voltei pra pegar a minha lata, sabe quanto tempo faz que não consigo comprar isso por estar extremamente caro? Pelo meu pêssego eu dou a vida!

Corri até a lata e a peguei, escutando Hyunjin gritar o meu nome atrás de mim e alguns disparos vindo na minha direção, contudo não me acertaram por causa da escuridão que estava, eles apenas conseguem ver a minha silhueta.

Caso 143 / Hyunlix [ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora