Definitivamente um trouxa incurável

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As vezes fico me perguntando sobre quando as coisas começaram a dar errado, mas tenho quase certeza da resposta.

Estar submerso naquele lago escuro e gelado me fez refletir, ou talvez fosse apenas a falta de oxigênio me fazendo vislumbrar os últimos momentos da minha vida. Achei que iria morrer velhinho e junto dos meus gatinhos assistindo o pôr do sol, sabe? Uma vida plena.

Desde quando as coisas dão certo pra mim? Só se fosse em um conto de fadas.

Queria muito chegar em vocês e dizer que teremos finais felizes por aqui, mas qual é, gente? Eu sou o protagonista disso aqui, é nítido que nada vai dar certo.

Você deveria parar de conversar com a própria consciência. Que isso? Síndrome de princesa da Disney? Vai começar a cantar também? — a voz daquele lobo insuportável soou na minha consciência me fazendo abrir os olhos e nadar para a superfície. Isso se ser puxado pelo braço pra fora d'água conta, né?

Relevem as idiotices que esse ômega fala, ele não é da nossa época e não entende o peso das idiotices que diz. Agora, precisamos voltar ao que importa, certo?

— Lixie?! Acorda! — aquele alfa estava sacudindo o meu corpo como se eu fosse algum tipo de instrumento ou um toddynho. Esse imbecil não sabe ser delicado? Que ódio.

— Vai ficar me sacudindo como se eu fosse algum tipo de suco de caixinha? — tirei suas mãos dos meus ombros e me levantei bufando.

— Que tal um "obrigado por salvar a minha vida, alfa gostoso?"

— Ué, mas cadê o alfa gostoso? — o maior revirou os olhos e um bico se formou em seus lábios na mesma medida em que os braços se cruzaram. — O que foi? Quer ir no banheiro?

— Que nada, apenas me perguntando se devo "acidentalmente" afogar esse ômega lúpus na água. — a ironia na sua voz era tão cativante quanto os seus olhos se revirando para dar ênfase. Não que eu me importasse.

— Pois eu acho que deveria, promete que vai?

Antes que o mais velho pudesse rebater com o olhar incrédulo, levantei e fui ver as nossas mochilas, torcendo para que o meu plano sem pé e nem cabeça tivesse dado certo.

Gays, tem que dar certo, pelo menos isso.

— Acho que estamos seguros aqui por enquanto. — pude sentir o Hwang se aproximando na medida em que sua fala terminava. Eu estava revirando a minha mochila desesperado enquanto me sentava novamente no chão para descansar. — Vamos descansar um pouco.

Bom, eu estou exausto e agora pode ser o único momento que temos para descansarmos e pouco a pouco estamos nos aproximando da estação de metrô, ainda teríamos que caminhar pelo menos uns 10km pelos trilhos, sem contar essa parte que vamos ter que percorrer para chegar lá.

— A gangue que estava nos perseguindo era o Ateez… pelo pouco que escutei eles falando enquanto te trazia para a superfície, eles estão procurando Ômegas lúpus para leiloar. — meu corpo se arrepiou com aquela mera hipótese, me senti verdadeiramente apavorado com aquela possibilidade.

— Precisamos evitá-los a qualquer custo.

— Felix, tudo vai dar certo desde que nós evitemos o centro da cidade. — o moreno acariciou meus ombros como uma forma de me confortar, realmente funcionou. Não me julguem, mas eu passei por situações estressantes nas últimas horas e isso não fez bem ao bebê.

No caso eu.

Tudo bem, Lee Yongbok. Agora é apenas questão de visualizar a mensagem daquele gostosão, comer e descansar um pouco antes de irmos.

Caso 143 / Hyunlix [ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora