Depois da ômega se apresentar seu alfa e explicar tudo o que aconteceu pra ele, podemos todos ficar sossegados de que não corríamos o perigo de levar um tiro daquele homem.
Lee Minho, pelo o que parece, ele estava temporariamente cego de um olho e tinha um sorriso fofo, nem parecia a pessoa que estava disposta a matar qualquer um que se aproximasse da Jisung.
Credo, vou ter pesadelos com ele.
— Lix, quer uma carona até o amigo de vocês? — concordei, podia ver o cansaço da fera do meu lado e eu também estava mais morto que um cadáver.
A ômega se afastou de nós e foi conversar com Changbin, me permitindo ver de perto o olhar apaixonado de Minho. A forma como seus olhos brilhavam me lembravam de alguém, mas não conseguia me lembrar de quem…
— Sabe… Jisung sempre foi muito difícil para fazer amigos… — eu nunca entendo como pessoas incríveis não conseguem ser repletas de amizades. — Desde ter começado a se aceitar, as pessoas foram se afastando ainda mais dela…
— Eles são um bando de idiotas. — revirei os olhos bufando, arrancando uma risada soprada do alfa que rapidamente bagunçou os meus fios. — Isso é tudo falta de amor na vida delas ou talvez de um cérebro.
— Fico feliz que ela tenha feito bons amigos em meio a esse caos. — o sorriso alegre esquentava o meu coração, porém ainda sim conseguia me entristecer de muitas formas por imaginar tudo que ela tinha passado…
O mundo é cruel demais.
As pessoas são tão mal amadas ao ponto de acabar com a felicidade dos outros como se tivessem esse direito. Porra, ninguém liga com o que tu acha, guarda pra você, inferno!
Todos entramos dentro da minivan do Lee, mas era engraçado ver Hyunjin tentando esconder a careta de desgosto por estar no carro. O inimigo natural dos alfas lúpus são os transportes.
— Felixie, você prometeu pra mim e o Bin que faria brownies pra gente! — os dois alfas estavam na frente enquanto ela havia insistido para que nós três fôssemos juntos no banco de trás. — Me dá o seu número de telefone? Não quero que você me passe a perna!
— O que é um furo pra quem tem um tiro no braço? — me segurei para não rir da expressão incrédula de Minho e a risada alta do beta junto de nós, passando o meu número de celular para ela.
— Nem adianta fugir, passa o celular, Bin. — a menor estendeu a mão para o mais velho que apenas revirou os olhos e suspirou.
— Está treinando pra ser assaltante? — o alfa de fios ruivos perguntou olhando para nós pelo retrovisor, com uma sobrancelha erguida, contudo alternando ao olhar para a estrada.
— Poxa, o que me entregou? — a garota rebateu com um tom divertido.
— Han, não vou conseguir passar o meu número porque quando fui preso quebraram o meu celular… — um bico se formou na boca pequena de Changbin. — Mas eu trabalho na academia no centro de Seul, a Dwaekki Gym.
— Ah, eu vou lá todos os fins de semana! — a ômega proferiu com um sorriso no rosto enquanto eu mantinha minha expressão de "simplesmente não reaja." — Meus bíceps estão começando a crescer, finalmente.
— Eu passo longe dessa academia toda vez que vou almoçar. — de relance pude ver o sorriso do Hwang pelo retrovisor, pelo visto aquele idiota estava prestando atenção na conversa. — Prefiro ficar em casa lendo ou jogando lol.
— Jura? Nem percebi. — a ironia daquele beta feria os meus sentimentos, eles eram meus amigos ou inimigos?
Eu e Hyunjin descemos primeiro ao nosso ponto de encontro com o Chris, nos despedimos dos outros e fiquei tentando descobrir onde enfiava a cara ao ver como o maior estava jogado na grama como se estivesse preso em um cativeiro por dias.
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Caso 143 / Hyunlix [ABO]
Ciencia FicciónFelix não imaginava como sua noite conseguiria se tornar tão caótica devido há um pequeno problema que o manteria preso na delegacia. Só tinha uma escolha; ficar quieto e fugir daqueles que viriam atrás de si. ● Violência explícita, linguagem impró...