Caso 143 / Hyunlix [ABO]

Agora era a minha vez de usá-lo

— Algo não está me cheirando bem nessa história toda, Felix! — o beta exclamou ofegante enquanto tomávamos água. — Tem muito caroço nesse angu.

Havia decidido ir na academia relaxar depois do dia estressante que tive, até a bagunça de dois possíveis Hyunjin na minha vida, a ser cúmplice de ocultação de provas.

Acho que alguma entidade está me fodendo com bastante força, não é possível um negócio desses…

Me fodendo de novo e não é nem da forma que eu queria.

Enquanto fazíamos nossos exercícios, contei a eles tudo o que aconteceu hoje e sobre ter esbarrado no Hyunjin. Quando o alfa foi embora da minha vida mês passado, eles souberam de tudo e me acolheram.

— Isso é verdade! É muita coincidência a invasão na delegacia ter ocorrido logo após Christopher sair de lá, sem contar que tem um infiltrado lá dentro. — ela estava certa. — Afinal, como as gravações poderiam ter sumido tão rápido? Como saberiam de quais ruas excluir ou até mesmo os horários corretos?

— Não acho que seja o Chris, ele não tem acesso aos arquivos, apenas eu e o gerente que guarda as provas dos casos. — suspirei, ele poderia ser nosso possível suspeito, então não faria mais sentido começar por ele. — E isso não explica o motivo daquele alfa ter ido na delegacia…

— Talvez ele quisesse te vigiar mais de perto. — indagou Changbin.

— Não faz sentido… ele estaria em desvantagem em se arriscar tanto assim. — murmurei pensativo, suspirando pesado.

— Mona, reage! Como podemos ajudar se você não decide por onde começar?! — Changbin bateu palmas na minha frente como se quisesse me acordar de algum tipo de transe.

— É sério que querem me ajudar nisso?

— E você ainda pergunta? Lúpus de quinze centavos. — Jisung falou enquanto dava um tapa leve em minha bunda.

Estava usando um short preto curto largo que delineava perfeitamente minha bunda, exibindo minhas coxas delineadas por alguns músculos assim como a panturrilha. E na parte de cima, usava apenas uma regata branca colada, valorizando meus músculos e principalmente o abdômen coberto.

Eu sei, eu sei. Papai San fez uma obra de arte.

Sinto tanta falta dos meus pais…

— Que isso, novinho. — Changbin assobiou ao me ver analisar novamente as minhas vestimentas — Frustrado com um bundão desses?

— Caralho, Felix. Está mais gostoso que o normal — ela deu mais um tapa na minha bunda como sempre fazia, arrancando risadas minha e do beta ao nosso lado. — Já podemos formar o trio dos bumbuns de Seoul!

— Modéstia a parte, mas ainda não sei como esse bumbum não tem dono. — o Seo alisou suas nádegas, fazendo tanto eu quanto a ômega dar um tapa ali.

— Pode ter certeza que a pessoa que estiver contigo jamais passará fome! — apertei um de seus peitos enquanto andávamos juntos até os aparelhos.

— Deus te ouça, Felix!

Não sei se conseguiria passar por tudo sem tê-los do meu lado.

(...)

Quando cheguei em casa, as risadas altas de Jisung e Changbin não estavam mais lá para me acompanhar, tudo que eu tinha naquele momento era a minha gatinha e meus pensamentos.

Os miados dela eram altos, porém não eram o suficiente para diminuir as frases desmotivadoras em minha mente.

Pensei seriamente em ler minhas histórias em quadrinhos favoritas, “Anti-herói de Thunderous.” Mas eu duvido muito que ler sobre a vida fodida do protagonista iria fazer eu me sentir melhor, ainda mais se levarmos em consideração que eu tenho me fodido tanto quanto.