CAPÍTULO TRINTA E CINCO

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BREYA

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BREYA


Após vinte minutos de muitas promessas e melação desagradável, Michael finalmente é convocado por seus assistentes para voltar ao ringue e me deixa sozinha na plataforma.

É agora.

Sinto as minhas mãos suarem com a ansiedade que me corrói, e sinto a necessidade de me agarrar à algo. Aperto minhas mãos em volta da grade com força, temerosa do que irá acontecer nos próximos segundos.
Mas também me sinto indecisa sobre o que eu realmente estou sentindo agora. Estou com medo de perder essa aposta idiota e ter que voltar com Michael para sua cobertura magnífica e admitir minha derrota, ou medo de como será o confronto entre Michael e seu último adversário medonho?

Alguns minutos atrás, tive um vislumbre de seu último adversário que mais se parece um experimento mal sucedido de Victor Frankenstein. Sua altura é quase o dobro de Michael, e suas costas são largas e volumosas, assim como os seus braços e pernas igualmente grandes. A rosto do homem é aterrorizante; em sua boca havia no máximo cinco dentes até onde se podia ver, e em várias áreas de seu rosto há cicatrizes e hematomas recém criados, deixando-o ainda mais medonho. Michael me disse que ele era conhecido como O Ogro, e que ele já havia matado mais de cinco homens apenas com seus golpes mortais. Estremeci só de observar o semblante obscuro e concentrado dele, enquanto Michael continuava a me dizer coisas horríveis sobre o Ogro como se não fosse nada.

E mesmo que eu odeie Michael com tudo o que tenho, me sinto nervosa por ele, por estar em uma situação dessas. Tendo que brigar como um cachorro de rua, com homens como esse, arriscando a própria vida. Quando digo que quero Michael Daley morto, significa que eu mesma quero fazer isso, não que outra pessoa o faça.

Por isso, mesmo que ele perca essa luta, torço para que ele não se machuque gravemente.

Mas, é claro que ele nunca vai saber disso.

Vejo Michael bebendo uma quantidade generosa de água, direcionando seu olhar fulminante ao Ogro, e seu oponente faz o mesmo enquanto se aquece.

O locutor se posiciona, pronto para começar o último round, e Brunah e Jackson vem para o meu lado na plataforma. Posso ver de relance que os dois estão igualmente nervosos e temerosos com a segurança de Michael, e as terríveis consequências que podem acontecer. Eu não digo nada, pois sinto o mesmo.
Mas, contanto que Michael não fique desacordado ou sangre até a morte, isso não vai me impedir de torcer para o seu adversário horrendo. E é exatamente isso o que eu faço, quando o velho locutor termina seu discurso e anuncia o início da luta:

- Comecem!

Sinto sua voz reverberar por todo o meu corpo, me fazendo tremer um pouco. Meus olhos disparam para os dois parados no ringue, e eu fico confusa quando eles não fazem nenhum movimento para avançarem um contra o outro. Franzo o cenho e bato com as mãos na grade de metal frio, ansiosa para que isso comece logo.

NOCAUTE (continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora