CAPÍTULO QUARENTA

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MICHAEL

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MICHAEL


Nove dias.

Foi esse o tempo que eu ganhei para realizar quarenta e oito lutas consecutivas. No dia seguinte após fechar o acordo com William em Blue Sky, fiz sete rounds no Seven e arrecadei duzentos mil dólares com meus adversários e seus apostadores imbecis. Domingo, fiz quatro lutas em diferentes lugares, esses mesmos que meu empresário havia me passado as coordenadas por um telefone usado, que eu o usei como um reserva para esse tipo de coisa.
Nesse dia, consegui apenas trezentos e cinquenta mil dólares com os apostadores vagabundos de cada um daqueles lugares miseráveis.

Segunda e terça-feira consegui mais seiscentos mil dólares com oito lutas entre os dois dias. Quarta, quinta, sexta-feira e sábado, lutei no Seven e consegui mais de oitocentos mil dólares ao todo, em todos os dias restantes. Somente no domingo que o fluxo caiu, e só consegui duas lutas. Como consequência, só consegui cem mil dólares dos apostadores ontem.

Mas acho que foi uma coisa boa afinal de contas. Não sei se conseguiria voltar para o colégio se fizesse mais. Claro, eu já havia aguentado muito mais que isso há um tempo atrás. Meu recorde foi há dois anos atrás, quando fiz três mil lutas consecutivas em duas semanas.

Fiquei em coma por quatro dias, meu rosto parecia uma merda pisoteada e cheia de sangue. Irreconhecível. E se eu fosse um pouco mais vaidoso do que já sou, eu teria infartado quando vi a porra do meu próprio reflexo. Por isso, levei apenas um susto ao ver meu rosto deformado, com ambos os olhos inchados que quase não se abriam. Havia sangue pisado em ambas as córneas, hematomas roxos e azulados por todo o meu rosto e corpo fodidos. Além das contusões horríveis e dolorosas, haviam cortes em várias partes do meu corpo também.

A briga de facas foi algo inesperado, mas divertido também entre aqueles dias. Naquela época, muitos homens morreram por minha causa.

Pela minha força e vontade de matar.

E eu não me arrependo de nada, caso o contrário, seria eu embaixo da terra hoje. E ser morto por demonstrar fraqueza aos meus inimigos, isso é algo que definitivamente não aconteceria comigo.

E durante todas essas lutas em que venci, todas acabadas em nocautes mortais como deveria ser, senti como se estivesse de volta às duas semanas infernais que já havia sobrevivido. Matando, cortando e socando homens, massacrando-os até vê-los abaixo de mim estirados no chão ensanguentado. Foi aí que percebi como fui um idiota em tentar me livrar dessa vida. Tentar me encaixar em um colégio de gente rica e mimada, andar entre os populares do colégio como um maldito playboy? Sério, alguém deve mesmo ter comido a minha bunda!

Essa porra de vida de merda era a única que eu conhecia, essa sede de sangue, mortes e adrenalina. Era algo que eu não podia mudar nem mesmo se eu quisesse. Talvez fosse culpa dos meus pais e da minha família fodida ter transformado Jackson e eu no que somos hoje, mas também não consigo me sentir pior por aceitar quem eu realmente sou.

NOCAUTE (continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora