CAPÍTULO CINQUENTA

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MICHAEL

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MICHAEL


Assim que a respiração de Breya se tornou regular e seu corpo relaxou por completo, fiquei somente alguns minutos a mais ao seu lado na cama, apenas porque podia. Sentí-la ali comigo, seu corpo quente próximo ao meu e seu cheiro penetrando minhas narinas e tudo que sua pele podia alcançar... Era impossível resistir.

Nem sei quantos dias fiquei com o mesmo lençol infestado por seu cheiro na última vez em que a tive aqui comigo. Proibi que as minhas funcionárias que cuidavam da parte da limpeza o pegassem para lavar com as outras roupas de cama. O cheiro de Breya era bom para caralho, inexplicável. Eu sequer me importava de cheirá-la nitidamente em sua presença, e eu sabia que ela adorava isso.

Saí da cama sem fazer muito movimento, tomando cuidado para não acordá-la. Vou até a minha enorme estante que fica em frente à cama e pego meu notebook, colocando-o em meu colo antes de me sentar na poltrona que fica no canto do quarto. Abro-o com pressa excessiva e vou direto para o sistema hacker que obriguei Dimitri a instalar em todos os meus dispositivos, assim, eu poderia monitorar Breya e a Minha Grande Dor de Cabeça em pessoa de onde eu estiver.

Ontem, após encontrar o carro queimado no endereço que claramente foi planejado pela pulga irritante que anda se escondendo por aí, revistei um pouco o local meio deserto e consegui achar um fone intra-auricular, um pouco afastado de onde o carro foi encontrado. Levei-o até Dimitri, que o analisou e reconheceu que era um daqueles aparelhos auditivos rastreaveis, pois precisavam ser conectados a algo. Ele levou a madrugada toda para conseguir contatar um de seus parceiros hackers que estava em uma missão em Chicago, mas que assegurava ser de confiança.

Eu estava contando com isso, ou Dimitri teria suas preciosas bolas cortadas e depois engolidas por si mesmo até engasgar e morrer asfixiado. Ou de hemorragia, tanto faz.

E eu também sabia que esse rato filho da puta que estava em Manhattan a mando de meu pai, era alguém totalmente profissional ou então meu pai não o teria mandado até nós, e ele não saberia onde estamos localizados. Muito menos saberia sobre Breya, porra.

Apesar de que desde o dia em que a reencontrei em Dalton School, não pude deixar de seguí-la. Fosse em redes sociais, em locais públicos ou qualquer merda do tipo. Ficava - ainda fico - olhando suas redes sociais para ver se ela postava algo que indicasse o que ela andava fazendo, onde estava ou alguma informação extra que eu pudesse extrair sem que ela soubesse. Nunca fui muito de me importar com nenhuma mulher que já fodi, era sempre algo de uma noite só ou nem isso, e fim. Mas se sei de alguma coisa, é que desde que conheci Breya meus instintos e ações não são os mesmos de antes.

E claro, grande parcela da culpa desse idiota sem juízo estar atrás dela agora, é minha. Simplesmente por não conseguir ficar longe.

NOCAUTE (continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora