Sofia Grando
2 de fevereiro de 2018
Massachusetts, BostonVejo Leonardo virar o resto de sua cerveja na boca sorrir sapeca pra mulher que o olhava como um cervo nos faróis.
A luz agora que foi mudada pra roxo no banco em que estamos deixava escondido as bochechas vermelhas de Lívia enquanto Leonardo Murmura algo no pé de seu ouvido.
Eca, desconfortável!
olho para o lado oposto e vejo alguns casais sorridentes cantarolando a música que tocava nas caixas.
— Já voltamos aqui! — Vejo Liv se levantar e puxar o homem pela mão sumindo de nossas vistas.
Dou uma longa golada em minha caipirinha e rodo meus olhos pelo recinto tentando não fazer nenhum contato visual
Bufo sentindo os olhares do professor sobre mim, meu deus isso não pode acontecer de jeito, maneira, alguma.
Me levanto levando meu celular comigo e giro meu corpo entre as pessoas que conversam alto e viram pra traz sem olhar esbarrando um nós outros.
Respiro fundo ao ler a placa "banheiro" e caminho até o lugar indicado.
Vejo a área e piso na parte onde fica uma pia de mármore escuro e sabonetes líquidos, a pia fica entre a porta para o banheiro feminino e a porta do masculino.
Entro no feminino e observo as cabines todas fechadas, me olho no espelho e dou batidinhas onde meu corretivo se localiza pra não derreter com o calor.
Saio do banheiro e me encosto na parede esperando alguém liberar alguma cabine.
Enfio meu rosto entre minhas mãos respirando fundo por ter aceitado essa tolice por Livia.
Sr. Evans surge em minha frente e eu praticamente prendo a respiração ao mesmo tempo.
— Por que está brava comigo?
— Não estou brava com você. Nem tem porque.
— Você me ignorou a porra da apresentação toda, e hoje tá com essa cara de quem comeu e não gostou.
— Por que está agindo como se fossemos amigos? — O encaro e vejo as narinas dele se dilatarem.
— Amigos não flertam!
— Quem disse que eu estava flertando com você?
— Eu sei que estava. — Seu corpo se aproxima do meu gradativamente e eu sentia sua respiração quente com um leve cheiro de cerveja em meu rosto. — Você não pode flertar num dia, e no outro praticamente fingir que eu não existo.
— Eu posso! Você pode arrumar carros de outras mães, quem sabe elas vão te querer, Sr Evans.
— Ah... Então você não me quer? — Segura meu pescoço me fazendo encarar seus olhos azuis com as pupilas grandes agora. — Então porque está apertando sua coxas? Por que tá com o rosto vermelho? por que está agora mordendo a porra do seus lábios. — Meus olhos se fecham pela deliciosa sensação de sua mão aplicando uma leve pressão em meu pescoço nú.
Solto minha respiração quando seus lábios grudam, quando me dou conta suas mãos passam pelo meu corpo enquanto sua boca me devora. Sua mão permanece em minha garganta e a outra agora sobe puxando a raiz do meu cabelo pra trás dando mais acesso ainda a minha boca.
Solto um gemido e ele desliza a língua sobre a minha tomando o controle total. Ambas línguas dançam lentamente e deliciosamente, seu corpo pressiona o meu e eu separo nossas bocas num estalo ao sentir sua ereção sentida através da roupa.
Rio levemente contra sua boca e ele prende meu lábio inferior em seus dentes.
— Me deixa te comer! Eu juro que nunca mais vai ouvir isso de novo, preciso só uma vez. Depois disso eu não fico mais no seu pé. — Sussurra, quando solta meu lábio.
— Você tá bêbado demais, se liga. — Ele me interrompe levando meus lábios contra o seu novamente e tomando minha alma pra si.
...
Tropeço em meus próprios pés quando saio do banheiro e rio discretamente quando sinto as mãos do professor me guiando entre as pessoas extremamente bêbadas.
— Heeey, pessoal! Que saudades! — Leonardo surge entre as pessoas e Lívia também. Observo-os, boca toda manchada de batom, nariz vermelho, roupas amarrotadas e os lábios de Lívia tão inchados que pareciam querer explodir.
— Eita que não era só nós dois que estávamos transando. Tá vendo isso, meu bem?! Eu disse pra gente já deixar eles com um quarto alugado no motel também.Sinto meu rosto queimar e gargalho nervosa.
— A gente n...
— Cuida da sua vida, Leonardo! — Chris se pronuncia e torce o nariz de contragosto. — vocês tavam transando? Nojentos!
— Aposto que daria tudo pra estar também! — Lili se pronuncia e eu me afasto fugindo dali e indo até o barman.
— Mais 4 cervejas! Por favor. Mesa 14.
— Saindo! — Sorrio agradecida.
Volto para a pista e vejo que eles já voltaram todos para a mesa.
Me sento ao lado do Sr.Evans, era a pior hipótese? Não, mas eu não queria ficar ao lado dos dois transantes.
— Pede alguma porção aí... — Lívia manda e eu assinto puxando o cardápio e abrindo lendo os itens.
— Pra mim... — Chris se inclina e apoia a palma da mão na minha coxa. — Frango frito! — Diz e assopra meu cabelo que tampava sua visão do cardápio.
— Eu como qualquer coisa. — Léo diz e eu rio pelo nariz ao ver a reação de Lili, que junta as sobrancelhas indignada. — DE COMIDA! — ele se defende quando vê a cara dela.
— Trocaram telefone? — Lívia diz, tentando criar um assunto entre todos nós. — Acredita que o Léo não pediu o meu, Chris? Ele achou meu Facebook e me mandou por lá. Mas se depender dessa mulher, você nunca vai achar o Facebook dela.
Vejo ele tatear o bolso e puxar o celular e entregar em minhas mãos.
— Mas eles se vêem quase todo dia, Liv! — Leo lembra e ela ri concordando.
— Melhor agilizar as coisas e não demorar tanto igual você. — Ela faz um biquinho que o homem da um longo selinho. — Perdoado!
Digito meu número e entrego-o o aparelho de volta a ele.
Em comemoração a vitória do Brasil 💛💚
Até mais.
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my son's teacher - Chris Evans
FanfictionQuando Noah da uma de cupido entre sua mãe e seu professor de história. #1 em chrisevans