DAVID CARVALHO
Observo meu marido meio amuado, assistindo friends, comendo pipoca com chocolate e sujando o sofá. A tempos não via ele tão assim, ainda estávamos na faculdade quando teve esse tipo de crise existencial e nunca soube exatamente o que causou esse seu desânimo, — apesar de ter minhas suspeitas — e confesso que é angustiante vê-lo assim.
— Ei meu bebê. O que está acontecendo? — acaricio seu rosto, e ele apenas dá de ombros. — Me diz? Não gosto de vê-lo assim.
— Não é nada. — Suspirou deitando a cabeça no meu ombro.
— Você está assim a dias. — Acaricio seus cabelos macios. — Desculpa ter brigado com você pela confusão com ruiva. — Peço não querendo ter magoado o Gustavo, que apesar de tudo é bem sensível às vezes, quando toma uma advertência.
— Não foi isso. Sabe que passamos dos limites. — Deu de ombros devagar. — Poderia ter quebrado o nariz da ruiva. Não achei que tinha jogado com tanta força. — Se culpou desanimado.
— Ela quase quebrou seu pau. Não está mais inchado, não é? — murmuro, acariciando sua virilha e dando beijinhos no seu rosto.
— Não está. — Negou suspirando pesadamente. — Não quero ficar brigado com ela. — Admite me olhando de esgueira e apenas lhe dou um sorriso.
— Logo vocês farão as pazes, e voltam a brigar novamente. — concluí, querendo vê-lo melhorar.
— Talvez eu não queira mais brigar. — Fez um beicinho que sempre me deixa todo bobo por ele.
— Tudo bem, acredito em você. — Apoio, mesmo tendo minhas dúvidas se resistirá em chamar atenção da ruiva.
— Obrigado. — Agradece beijando meu rosto.
— Fomos convidados a irmos em uma balada hoje à noite, com uns colegas do hospital e pensei se queria chamar o pessoal da loja. — Indico, mesmo não gostando muito dessas diversões noturnas, porém, querendo muito mudar a expressão do meu amado.
— Não estou muito no clima. — Recusa devagar, continuando a assistir.
O Gustavo não está no clima para ir a uma festa, é o tipo de coisa que realmente assusta. Ele sempre está a fim de uma farra, e muitas vezes me arrastou e só fui exclusivamente porque sou ciumento e não suporto o quanto meu homem chama atenção onde passa.
— Amor? — beijo no seu ouvido, bem onde ele fica todo manhoso. — Não gosto de vê-lo assim. — abraço ele apertado.
— Estou me sentindo carente. — Soltou o ar devagar. — A Mel e o Rafa estão super ocupados com a adoção da Nara, e a Agnes está falando comigo apenas o estritamente necessário, até mesmo o Matt está sumido por todos esses dias. — Me admiro de como ele está sentindo assim. — você também anda tão ocupado. — Reclama cheirando meu pescoço. — Nem minha mãe está tendo tempo pra mim, com a festa da ONG, chegando.
— Nossa amor. — Faço que ele me olhe, assim tão expressivo. — Está sentindo realmente saudades deles?
— Você sabe, tenho muitos conhecidos e poucos amigos. — Deu de ombros, parecendo triste com isso. — Até da Ogrinha, estou sentindo falta. — Soltou o ar devagar deitando sua cabeça em meu peito. — Acho que dessa vez, passamos do limite. Nunca tínhamos ficado assim, sem responder ao outro.
Gustavo e a Agnes tem o hábito de exatamente todos os dias, um mandar algum insulto para o outro, memes e piadas horríveis. É meio que uma tradição estranha dos dois, que inicialmente quando descobri me causou ciúmes, porém, hoje percebo que não o sinto mais, e isso tudo é no mínimo estranho.
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NOSSO CARMA TEM NOME AGNES.
RomanceConteúdo adulto 🔞 Gustavo agora é um homem, casado e com uma vida estável. Maduro, ainda não chegamos a esse ponto, porque apesar de tentar ter tudo sobre controle, quando ele encontrasse com a irmã do seu melhor amigo, a coisa muda totalmente de f...