NOSSO CARMA TEM NOME AGNES.

CAPÍTULO 13

GUSTAVO SAVOIA

Eu e David estamos realmente ansiosos. Sabemos que Agnes é uma pessoa difícil e temos que ser naturalmente suaves com ela, porém, temos que saber controlar qualquer exessos de ciúmes que possa assustá-la ou distanciar de nós. Mantemos ela longe de tudo e todos, e não teremos problemas.

— Ela parece bem à vontade, né? — David Observa a ruiva se aproximar da cozinha, já vestida com a roupa que deixei para ela, e secando seus cabelos com a toalha. — E gostosa pra caralho. — Lambeu os lábios olhando as belas pernas da ruiva e já sinto meu pau tentar chamar atenção, mesmo estando terminantemente proibido por enquanto.

— Bastante. — Resmungo, vendo-a jogar a toalha em uma das banquetas da cozinha. — Ogrinha, tem secador no banheiro, se quiser. — Indico, não querendo reclamar por ela trazer a toalha para a cozinha.

— Não gosto de barulho na minha cabeça. — Eu contenho o sorriso, porque ela vive em meio a obras e o que mais tem é barulho. — tô morta de fome. — Reclama se apoiando no balcão, e imagino o quanto esteja cansada.

Quando fomos procurá-la na sua casa, Matt disse que ela ainda não havia chegado, então ligamos para o Theo, querendo saber se ela estava com eles, e soubemos que a Ogrinha estava empurrada no trabalho, porque está de cabeça cheia. — Sei que tem a ver conosco — Então, mudamos nossos planos de jantar fora e resolvemos trazê-la para nossa casa, como namorados fariam.

— Pedimos carne em uma churrascaria e o Gustavo está fazendo baião. — David anuncia, indo para junto a ruiva e passando a massagear seus ombros pequenos e salpicados. — Vamos cuidar de você, para que se sinta bem.

— Que bom. — Deitou o rosto na bancada aceitando o cuidado e recebo um olhar incrédulo do meu marido. — Estava pensando, hoje já é sábado, então vou tentar tirar a semana de folga, ou trabalhar apenas em um turno. Os rapazes são bem responsáveis, não vai dar problema. — Comenta baixo e relaxada.

— Isso é bom! — David comemora beijando a sua nuca, porém, eu estou apenas avaliando a situação muito desconfiado.

— O turno da tarde é o horário vago do David, três dias na semana. — Faço uma observação, apenas para não parecer indiferente a boa notícia. — Já o meu é bem livre, posso sair com mais facilidade.

A Ogrinha está aceitando tudo tão fácil, que estou muito desconfiado de algum plano dela. Preciso muito falar com o David sobre isso, porque ele ainda é inocente com relação ao quanto Agnes pode ser traiçoeira.

Eu sou apaixonado por ela, não significa que sou cego.

Quando nosso pedido chegou, o baião já estava pronto e servi junto com a salada que o David preparou. Confesso que não sou muito de cozinhar, ainda mais quando é um improviso, porém, a Mel me ensinou várias receitas rápidas, porque tinha medo de que morresse de fome e não consigo manter funcionários diários, porque gosto da nossa privacidade e intimidade. 

— Tá gostoso, príncipe. — Falou de boca cheia, e seguro tudo de mim para não dizer nada desagradável, referente aos seus modos.

— Obrigado. — Agradeço com um sorriso.

— Então, David. Mi diga algo que não gosta, do que gosta, essas coisas. — Agnes relaxou na cadeira, aproveitando para colocar uma perna sobre a outra em uma posição de índio.

— Eu gosto de doce e de parque de diversão. — David sorri descontraído, olhando para Agnes com intensidade. — E você? — levou a mão até a dela e cruzou os dedos uns entre os outros pequenos.

— Gosto de adrenalina e odeio doces. — Balançou o corpo com arrepios. — Porém, sorvete não está incluso nessa soma. Eu amo sorvete. — Adverte lambendo os lábios com desejo.