Meu Delegado (Concluída)

Capítulo 5

                            THAÍS

Rolo de um lado a outro na cama e não consigo dormir de jeito nenhum, meus pensamentos estão frenéticos e minha mão doí. A raiva corrói meu peito ao lembrar daquela puta loiro me batendo.

Levanto da cama visto a mesma roupa de antes e peço para Davon me levar pra casa, dou um beijo em Mirta que insiste para que eu fique e nego novamente só quero meu cantinho.

Davon me deixa na porta de casa e me despeço dele entrando em meu lar, vou ao quarto e coloco uma camisola de seda curta já que o clima está um pouco quente. Decido arrumar minha casa pra aliviar o estresse que sinto, coloco algumas peças de roupas na máquina, ligo a minha caixinha de som e a conecto via bluetooth, abro o YouTube que toca musicas aleatórias brasileiras, enquanto isso organizo minhas roupas, e sapatos olho o relógio na parede e são 21:40 da noite, vou até a lavanderia e tiro a roupa da máquina quase seca, descido as colocar na sacada mesmo assim quando ser de manhã já estará seca. Abro o varal de chão e vou colocando as roupas enquanto remexo meu quadril ao som de funk em slowed.

Sinto um cheiro ruim de cigarro e olho pra casa a minha frente vendo a varanda escura, viro pra trás e imagina o tamanho do susto ao ver o delegado ali me observando enquanto fuma seu cachimbo.

- Oque faz aí demônio? Pergunto ainda surpresa e vejo seus olhos descerem por meu corpo.- Pare de me secar seu tarado! Digo tentando cobrir meu corpo com os braços e seu que não adianta muita coisa. Fico surpresa ao descobrir que ele é meu vizinho e logo a raiva vem.

- Só posso ter jogado bosta na cruz, por que não é possível tamanha provação! Digo com raiva, já não basta ver esse homem no meu trabalho, agora tenho que conviver com ele sendo meu vizinho, passo a mão nos cabelos nervosa.

-Continue a dançar estava amando o show particular que estava vendo! Diz com um sorrisinho de lado. Mostro o dedo do meio pra ele e entro no quarto fechando a porta com força. Esperneio  igual uma criança birrenta e respiro fundo tentando manter a calma. Termino de arrumar minhas coisas e tomo um banho visto uma blusinha e short de algodão deito na cama e durmo.

Acordo com o barulho alto da campainha, olho o relógio do celular 06:40 da manhã, levanto da cama quase chorando e vou atender a porta ao abrir vejo ser Ragnar que me olha sorrindo e desce seu olhar por meu corpo e rosna.

- Oque faz aqui a essa hora? Pergunto a ele meio aeria de sono, esfregão meus olhos e ele sorri pra mim percebo que está com uma sacola de papel na mão.

- É café da manhã, ovos e bacon, pão e bolo de chocolate! Ele fala me estendendo a sacola, olho dentro é me afasto da porta o deixando entrar, vamos até a cozinha e ele senta a mesa, ligo a cafeteira e pego o pó de café botando lá esperando ser feito, vou ao quarto e escovo os dentes, arrumo meu cabelo e volto pra cozinha.

Pego o que vamos usar para tomar café e arrumo na mesa, tiro a garrafa com café é coloco na mesa com um potinho de açúcar e o leite, coloco um pouco na xícara grande e levo ao microondas para esquentar.

- Você não deveria abrir a porta com essa roupa! Ele diz me encarando sério.- Você está quase nua e vai que o homem tente te agarrar! Diz olhando minha roupa.

- Oh, pode deixar na próxima abro nua, já que estou necessitada de uma boa foda! Digo a ele que me olha irritado. Vem até mim e segura meus cabelos com força. Me fazendo o olhar.

- Se quer tanto fuder eu posso fazer isso pra você Thaís, mas o negócio é sério o mundo é formado de pessoas más que não se importam de machucar outras, eu sou uma dessas pessoas, mas acho que não queira ser estuprada dentro de sua casa não é? Diz sério.

Nego com a cabeça.

- Aqui na cidade se um homem sentir vontade em uma mulher ele as pega a força assim como o meu primo tentou fazer a você, então todo cuidado é pouco! Ele fala e passa os dedos em meu rosto.- Não gostaria de ver você passar por isso! Fala baixo mais para si que para mim, ele beija minha testa e si senta novamente.

- Por que você não os prende então? abusadores deveriam está numa cela e não soltos! Digo olhando pra ele.

- A coisas que você não entendi Thaís as leis daqui os protegem ou você acha o porque de meu primo estar solto até hoje? Diz bebendo um gole de café.- Todos os homens daqui tem envolvimento com a lei, são policiais, promotores, juízes, delegados aposentados ou filhos de homem da lei!

- Então você quer dizer que tudo bem um homem chegar aqui em casa e me estuprar, que não irá acontecer nada com ele? Pergunto revoltada.

Ele se limita apenas em balançar a cabeça afirmando, me retraio um pouco em sua presença e ele me olha irritado.

- Eu não irei fazer isso! Ele diz puto.

- Como vou saber? Você é um homem da lei também, e vive me perseguindo! Digo e ele passa as mãos na cabeça.

Ele não fala nada só respira fundo e volta a comer.

- Coma! Fala rude.

- Grosso! Digo bebendo um pouco de leite.

Passo a ponta do dedo na cobertura de chocolate do bolo e ponho na boca o chupando.

Terminamos o café e vou me arrumar para ir ao trabalho já que faço troca de turno com Trina e Davi. Chego na sala Ragnar está com o retrato da minha família em mãos.

- Essa é minha mãe e irmã! Digo e vejo ele afirmar pondo a foto no lugar. Antes de sair ouço meu celular apitar notificando mensagem, pego pra ver quem é e meu corpo trava ao abrir a mensagem.

      Número Desconhecido

  " Achou mesmo que conseguiria se esconder de mim Tata?
Fique tranquila logo você estará onde nunca deveria ter saído"

- Não...! sinto o celular ser pego de minha mão.

- Quem é esse que está te ameaçando Thais? Me encara.

- É o culpado se eu ter vindo morar aqui! Digo pegando o celular de volta.- Vamos! Digo já pegando as chaves é saindo pra fora.

- Essa conversa ainda não acabou, quero saber de tudo! Diz segurando meus ombros.

Apenas aceno que sim

Que ele não venha atrás de mim Deus.