Capítulo 19

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                             THAÍS

Ragnar e eu saímos do meu restaurante quando ouvimos um choro infantil desesperado vindo do beco corremos até lá, confesso que meu coração estava acelerado com medo da cena que poderia ver, então travo no lugar.

Ouço a voz brava de Ragnar e o barulho alto de lata de lixo serem derrubadas, entro no beco as pressas e o que vejo corta meu coração Ragnar segura um menino nos braços esse que está chorando e tremendo segurando forte o  pescoço do meu marido, olho para o chão e vejo a mulher loira que acompanhava Ragnar no bar segurando um cinto.

- Você é louca vadia? Ragnar grita e ela se encolhe de medo.

- Amor liga para Érika! Fala acalentado a criança que ainda chora em seus braços. Pego meu telefone e chamo Érika que em poucos minutos chega.

- O quê aconteceu a ele? Ela pergunta enquanto algema a loira a levando para fora do beco, enquanto vamos atrás.

- Essa vagabunda estava espancando a criança! Rag conta e sinto uma raiva tremenda.

- Esse bastardo me desobedeceu então o castiguei! Ela diz como se não fosse nada. Perco meu auto controle, avanço nela a batendo até ela implorar para parar.

- Parar o caralho quando você estava espancando criança não estava se importando quando ele pediu para parar! Falo e dou mais tapa ainda nela até que a vejo desmaiar. - Vadia dos infernos! Saiu de cima dela e vejo todos na rua me olhando e filmando tudo.

- E está preparada pra mais uma vez virar uma subcelebridade da cidade! Érika diz sorrindo e olha a mulher com nojo, joga água na cara da loira que acorda assustada e começa a chorar pela dor.

Levamos a criança para o hospital e a vontade de surrar aquela mulher mais ainda cresce a cada cicatriz e hematomas que encontro no corpinho do garoto em meus braços. Ele está tremendo assustado e cada vez que me mexo ele se encolhe, choro em ver o quão traumatizado está e faço carinho em seu cabelo liso.

- Quantos anos tem querido? Vejo ele levantar três dedidinhos finos e percebo que ele está muito magro para seu tamanho. - Oh então já é um rapazinho hum? Digo e o vejo acenar que sim, enquanto esfrega a cabeça em meu peito e suspira fechando os olhinhos o balanço e converso com ele o mantendo acordado estou com medo que esse sono seja alguma coisa grave então o mantendo acordado até chegar ao hospital e Julián vem nos atender, ele some com o bebê na maca e falo para a enfermeira tudo que aconteceu.

Sou levada para fazer curativos em alguns arranhões em minha mão  devido aos socos que dei naquela vagabunda. Horas depois Julián aparece e nos fala sobre a saúde do bebê. Esse que está com anemia por passar fome, pergunto sobre os hematomas e ele confirma que ele era espancado pela mãe. Ragnar pede todos os exames de corpo de delito na criança e promete que aquela mulher nunca mais sentirá o gosto da liberdade.

Vamos até onde o bebê estar internado e vemos uma enfermeira trocando seus medicamentos. Meu coração foi ao ver ele tão pequeno e indefeso naquela cama grande demais para si. Seus olhinhos transmite medo ao olhar para todo os lados, ele olha para Ragnar e vejo um brilho em seus olhos.

- Ei rapazinho! Fala acariciando o cabelinho liso dele, e o vejo fechando os olhinhos.

A enfermeira se retira nos deixando sozinho, chego perto dele e o vejo se encolher.

- Ei está tudo bem eu não irei te fazer mal algum pequeno! Digo com a voz embargada e me pergunto o quão longe a crueldade humana chega, um ser tão pequeno e já é tão traumatizado por causa de uma mulher cruel, não a chamarei de mãe por que esse título não merece ser depositado em mulheres que usam os filhos como saco de pancadas. Ela é só um monstro que irá pagar por todo o mal provocado a essa criaturinha minúscula em minha frente.

Ouço batidas na porta e uma mulher entra.

- Olá delegado! Fala e não perco o tom manhoso em sua voz me fazendo revirar os olhos.

- Susan! Responde sem dar muita atenção a ela. - Como ficará a situação dele? Pergunta ainda acariciando a cabecinha dele.

- Bom em uma conversa com a mãe descobrimos que ele não e registrado ainda, e o homem que nos relatou ser o pai não o reconheceu como filho não podemos fazer nada a não ser coloca- lo para a adoção já que ele não tem nenhum parente a não ser a mãe! Fala profissionalmente.

- Certo, amanhã entramos com um pedido de adoção! Olho para ele, e o vejo encarar o garotinho e seus olhos exalam o mesmo olhar que para a nossa filha e ali eu vejo o instinto paterno, ele me olha e aceno positivamente. Eu também quero essa criança, quero que ela viva em um lar feliz e amoroso e que possa esquecer toda a dor e traumas que teve em sua pouca existência. Eu quero dar todo amor e carinho a esse pequeno serzinho.

Ele vem até mim e me beija feliz por concordar com sua decisão.

- Pelo menos está casado? Ela pergunta desdenhosa.

- Sim estou casado e já tenho uma criança linda e saudável, uma relação bem estruturada assim como uma condição financeira estável, um lar perfeito para recebe- lo como novo membro! Fala e a olho vejo o choque em seu rosto.

- Não acredito, você sempre falava não querer nenhuma mulher em sua vida e que as tinha apenas como diversão! Falou indignada.

- Sim, mais um pessoa pode mudar totalmente seus pensamentos e foi isso que aconteceu, eu conheci uma mulher maravilhosa que me fez querer ter tudo junto a ela! Diz enquanto me abraça e a olha. - pensamentos e sentimentos que não tive com você é nenhuma antes dela! Diz e vejo ódio no rosto da mulher.

- Sabia que ela tinha sido mais uma na sua cama, você é a porra de um safado! Sussurro só para ele escutar.

- Eu era querida, essa fase de libertinagem acabou no estante que entrou na minha vida! Diz e morde meu pescoço.

- Humrum! Murmuro em concordância.

A mulher vai embora e me viro para Ragnar.

- Tem certeza disso amor? Pergunto olhando para o criança na cama dormindo tranquilamente.- Eu não quero que esse sentimento seja passageiro, esse pequeno mereci todo amor e carinho do mundo! O abraço encostando a cabeça em seu peito.

- Tenho amor, eu o quero na nossa família! Afirmo lhe dando um beijinho e me afasto quando seu celular toca e ele sai do quarto para atender.

- Agora tudo ficará bem meu príncipe! Beijo sua testa e sento na cadeira suspirando.

- Agora tudo ficará bem meu príncipe! Beijo sua testa e sento na cadeira suspirando

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Meu Delegado (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora