²⁴|Rainha

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    O silêncio constrangedor é preenchido pelas outras pessoas no café e fora dele enquanto eu encaro o meu capuccino gelado

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    O silêncio constrangedor é preenchido pelas outras pessoas no café e fora dele enquanto eu encaro o meu capuccino gelado.

    Talvez eu estivesse mentindo para mim mesma quando disse que não procurei Bruno porque estava ocupada com o aniversário de Freya e essa coisa com Eros. A verdade é que não quero assumir que fui muito idiota ao me abrir com Bruno. Eu fiquei irritada com Eros quando ele questionou como eu pude confiar em um homem que eu não via há dez anos, mas me fiz essa mesma pergunta nas vezes que me permiti pensar brevemente no assunto. Eu estava brava com Eros quando fui ao encontro com Bruno, e posso culpar minha impulsividade o quanto eu quiser, mas não vai mudar o fato que fui ingênua. Assim como estou sendo covarde agora.

— Quanto mais tempo você ficaria me evitando? — Bruno quebra o silêncio entre nós dois primeiro. Ele não parece bravo, está mais para confuso e magoado.

    Tomo um gole do meu capuccino enquanto penso na resposta, girando o anel de noivado em meu dedo.

— Eu estava com medo — confesso.

    Bruno franze as sobrancelhas com as minhas palavras.

— De mim?

— Não. Não, de você — esclareço. — Mas… — Suspiro, deixando o capuccino para lá. Eu não deveria ter pedido o gelado. — Você chegou a ver a matéria? Sobre nós dois.

— Ah. — Sua curta resposta me diz que ele sabe. — Como tiraram do ar rápido, achei que não veria.

— É, mas eu vi. Muitas pessoas devem ter visto.

    Bruno não diz nada.

   Eu não queria ser tão direta, mas preciso saber. Preciso saber se estava tão errada sobre ele, que fui tão ingênua e idiota assim.

— Foi você? Você pediu para fotografarem a gente e vazou para aquele site de fofocas?

— O quê? — O choque em seu rosto ao mesmo tempo que me deixa aliviada, destrói esse alívio porque pode ser uma encenação. — Por que eu faria isso?

— Não sei? Talvez você, sei lá, queria insinuar a todos o que contei a você sobre não ser… real.

    Bruno balança a cabeça.

— Primeiro, se fosse eu que tivesse feito isso, eu teria que saber antes que não é "real". E eu obviamente não sabia. Segundo, eu sou seu amigo, Genevieve. Acha mesmo que eu ia expô-la desse jeito?

    Não respondo.

    Bruno deve entender isso como um "sim", porque olha para mim como se não me reconhecesse.

— Bem, se é assim, acho que não podemos continuar essa amizade. — Tirando algum dinheiro da carteira, ele joga na mesa e fica de pé.

    Não sei o que estou fazendo quando pego seu pulso, impedindo-o de ir.

Amor Insano ༆Tʀɪʟᴏɢɪᴀ Iʀᴍᴀ̃ᴏs Bʟᴀᴄᴋʙᴜʀɴ༆ ʟɪᴠʀᴏ¹Onde histórias criam vida. Descubra agora