CAPÍTULO 20

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Esfrego os olhos e solto um gemido de dor, sentindo toda a minha cabeça pulsar

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Esfrego os olhos e solto um gemido de dor, sentindo toda a minha cabeça pulsar.
O álcool fazia efeito em meu corpo, me deixando tonta e um pouco confusa de onde eu estava. Abro os olhos lentamente e vejo que eu estava deitada no sofá... da minha sala.
— Porra!
Exclamo tentando me levantar mas falho, sem forças.

Flashes da noite passada vinham em minha cabeça e  logo me recordo de alguns acontecimentos, procuro Sebastian com o olhar em cada canto da casa e não o vejo, então levanto num impulso.
— Puta que me pariu!
Pego os meus saltos no canto do sofá e os calço com dificuldade, xingando.
Abro a porta e saio correndo, indo em direção à casa de Sebastian, correndo com dificuldade com aquele salto alto.
— Porra, porra, porra.
Exclamo, assim que vou para fora e vejo que está chovendo. Me abaixo com dificuldade e arranco os meus saltos, carregando-os nas mãos para não tropeçar.
Corro à casa de Sebastian com pressa e já tremendo de frio por conta da água da chuva que caía sobre a minha pele.
Cheguei na porta de sua casa e comecei a bater, com força, provavelmente acordando os vizinhos, mas foda-se.
— SEBASTIAN
Grito batendo na porta, encharcada.
— SEBASTIAN
Bato mais uma vez.
— ABRE A PORTA PORRA!
Meto um chute na porta. Ele não abre.

Não demorou muito para que a chuva engrossasse e logo começo a bater queixo.
Minha cabeça começa a doer com toda a situação e meu estômago já estava ficando enjoado por conta do álcool que ingeri.
Eu não estava lúcida, estava completamente embriagada.
— SEBASTIAN
Bato mais uma vez e ele abre a porta.
Ele estava com a cara amassada, cabelo bagunçado, sem camisa e apenas com uma calça de moletom. Me olhava incrédulo enquanto esfregava os olhos tentando conter o sono.
— LAURA?? Pelo amor de Deus??? O que você está fazendo aqui???
— NÃO ESTÁ ÓBVIO? estou batendo na sua porta!
Ele bufa, sua raiva tão visível quanto seu abdômen sarado, totalmente exposto.
— Laura, são 4 da manhã!
Reviro os olhos, batendo queixo.
— VOCÊ ME DEIXOU SOZINHA!
— Você queria o que? Que eu dormisse COM VOCÊ?
— ERA O MÍNIMO! VOCÊ ME DEVE EXPLICAÇÃO, SEBASTIAN!
—  AH, JURA?? VOCÊ QUE ME DEVE EXPLICAÇÃO!! QUAL A CONSIDERAÇÃO QUE VOCÊ TEVE POR MIM AO BEIJAR AQUELE CARA? NENHUMA, NÃO É MESMO? E AGORA QUER QUE EU EXPLIQUE O QUE? QUE VOCÊ É UMA VAGABUNDA?
Ele altera a voz, me fazendo dar um passo para trás  assustada e logo para de falar, me olhando cabisbaixo.
— Eu não vou discutir com você bêbada, Laura, não vou!
Sebastian comenta e percebe que eu estava com frio, ele me puxa para dentro de sua casa, fechando a porta logo em seguida e me olha com desprezo.
Soluço, chorando.
— Sebastian, você me deixou sozinha.
Choro.
— Era o mínimo que eu poderia fazer depois das suas atitudes.
— Não seja tão babaca.
Comento, sentindo a pontada da dor de cabeça.
— Não seja babaca? Você estava beijando aquele cara na minha frente, como se não tivéssemos nada!
— E NÃO TEMOS, SEBASTIAN!
Mostro a mão pra ele, apontando para o meu dedo.
— TÁ VENDO ALGUMA ALIANÇA AQUI?
Soluço.
— PORQUE EU NÃO ESTOU! ENTÃO VOCÊ SÓ TEM DIREITO DE AGIR DAQUELA FORMA QUANDO TIVERMOS UM COMPROMISSO! ENTENDEU???
Sebastian começa a subir as escadas enquanto eu cuspo palavras, me deixando falando sozinha.
— VOCÊ TÁ ME OUVINDO SEBASTIAN? NÃO ME DEIXE FALANDO COM AS PAREDES!

Escuto barulhos e logo ele volta com uma toalha e um cobertor nas mãos, caminha até mim novamente e para em minha frente, me deixando envergonhada.
— Tira a roupa, Laura.
O olho confusa.
— O que você está fazendo?
Pergunto incrédula.
— Eu disse pra tirar a droga da roupa!
Ele responde em tom autoritário.
O obedeço e tiro o meu vestido com dificuldade, deixando-o cair no chão.
— Tira o resto, Laura.
Ordena, dando ênfase no meu nome e me fazendo arrepiar com seu tom de voz.
O obedeço e tiro a minha calcinha também, ficando completamente nua pois estava sem sutiã.
Cubro o meu corpo com os braços para tentar conter o frio e Sebastian estica a toalha para mim.
Pego-a de sua mão e me seco, tremendo de frio e evitando olhar para Sebastian, enquanto ele me olhava dos pés à cabeça.
O clima ficou constrangedor.
Após me secar ele pega as minhas roupas molhadas e coloca no canto da sala, volta e manda eu me sentar no sofá.
Me sento e ele joga o cobertor para que eu me cubra, sem dizer uma palavra.
Me aconchego no sofá, escoro a cabeça no estofado, me embrulho e Sebastian se senta na poltrona à frente me encarando sem desviar os olhos dos meus. Fazendo a minha pele arder.
— Sebastian...
— Eu não vou discutir com você, então cala a boca! Quando você tiver ao menos sóbria, a gente conversa!
Ele comenta me encarando com raiva, punhos cerrados e lábios comprimidos e logo se levanta num tom rude, subindo às escadas e indo para seu quarto, me deixando sozinha na sala.
Resmungo e me deito no sofá, fechando os olhos.

Me viro de um lado para o outro tentando dormir e sentindo meu estômago revirado e visão turva.
Olhei no relógio da parede e já eram 04:57 da madrugada, fechei os olhos.

Após uns vinte minutos me remexendo no sofá, me levanto cambaleando e caminho com dificuldade até o quarto de Sebastian, subindo à escada com lentidão.
A porta do quarto estava apenas encostada, abri e entrei.
Ele estava deitado de barriga para baixo, lençol cobrindo do abdômen para baixo e seu braço sobre o travesseiro. Tinha um espaço ao seu lado na cama e me deitei, sem fazer barulho para não acorda-lo. Deitei de lado, virada para ele e abracei suas costas. Adormeci.

𝐌𝐄𝐔 𝐕𝐈𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎| Sebastian Stan.Onde histórias criam vida. Descubra agora