02.

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 Dylan Martin:

 Acordo com sede e saio do quarto indo até a cozinha, passo pelo quarto de Lua e percebo que ele está vazio, ela ainda não chegou, isso me preocupa um pouco, mas Lucas ou até mesmo os pais dela parecem não se importar com uma garota de 17 anos madrugando na rua. Assim desço a escada escuto um "uuhuuul" vindo lá de fora, mas decido ignorar, bebo minha água distraído, até que sou despertado dos meus pensamentos por uma risada estranha na porta, caminho até ela e a abro para ver o que diabos está acontecendo, e me deparo com Luana completamente bêbada tentando achar seu chinelo que saiu de seu pé.

- Olha só se não é o babaca do melhor amigo do meu irmão! - Ela fala embolado e eu pego os chinelos do chão e coloco dentro de casa.

 Ela nunca vai conseguir calça-los novamente, não nesse estado. 

- Onde você estava? - Pergunto sério a colocando para dentro de casa e fechando a porta.

- Você se importa? Quem se importa? NINGUÉM SE IMPORTAAAAAA! - Ela grita e eu tampo sua boca rapidamente para não acordar ninguém.

 Ali percebo que vou precisar tratá-la como uma criança.

- Não pode gritar! - Brigo e ela faz beicinho, chateada pela minha bronca

- Olhaaaa se não é a Velma do madagascar! - Ela diz rindo se olhando no espelho e eu arqueio a sobrancelha sem entender.

- O que?  - Pergunto a encarando e a pegando no colo para subir a escada.

- Melhor não fazer isso, você vai quebrar seus ossos com todo esse peso - Ela diz de forma inocente, como se realmente pensasse aquilo, como se realmente se visse gorda.

- Do que está falando? Você não é pesada - Falo confuso e subo a escada devagar com ela, já que ela está inquieta no meu colo.

- Mas você me diz isso tooodoooos os dias, é, você! Não tem problema, eu aceitei - Ela diz e isso me chateia.

 Droga! Não achei que ela fosse se importar com as merdas que eu falo, afinal, só faço isso para ver ela nervosinha, não achei que isso fosse afetar mesmo sua autoestima. Eu não me importaria se ela fosse gorda, a questão aqui é que ELA NÃO É, e agora está cheia de paranóias por algo que não existe. 

- Hey, eu já disse que não pode gritar - Sussurro e caminho com ela pelo corredor.

 Assim que entro em seu quarto e a deixo sentada na cama, ela começa a tirar toda a roupa.

- O que você está fazendo? - Pergunto desesperado.

 Estou vendo que ela só vai sossegar quando dormir.

- Eu não ligo, pode olhar, eu sei que você jamais vai me ver dessa forma mesmo! Você prefere as sequinhas plastificadas! - Ela diz ficando apenas de sutiã e calcinha.

 É talvez eu só pegue garotas assim, mas isso não significa que eu nunca tenha olhado para Luana desse jeito, ela é atraente e seu corpo é chamativo, só que existe um código entre melhores amigos, então se eu mostrasse o mínimo de interesse possível por Lua, Lucas iria me matar e enterrar meu corpo no quintal. Eu só conquistei sua confiança porquê fui o único de seus amigos que não tentei transar com Luana, se ela soubesse quantos caras o Lucas já botou para correr só de olhar para ela.

 Ver ela daquele jeito era difícil, ela é extremamente atraente, mas de qualquer forma, isso não é nada sexy ou tentador, ver ela tão vulnerável, incapaz e inocente só me faz querer cuidar dela, não me passa nem sequer um único pensamento malicioso sobre ela.

O Melhor Amigo Do Meu Irmão.Onde histórias criam vida. Descubra agora