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Dylan estava tão ocupado que nem tempo de transar o coitado tinha, apesar do tesão intenso, ele não podia parar muito tempo, precisa manter o foco nas tarefas. Então eu o ajudava com outras coisas.

- Tem certeza que vai ficar aqui fazendo essas coisas chatas? - Ele pergunta enquanto mexia em seu notbook..

- Vou, não vou desgrudar de você, assim não entra puta aqui dentro - O provoco e ele me mostra o dedo.

- Não vou conseguir te dar muita atenção.. - Ele avisa e levanta procurando os papéis no sofá, sendo que estava na frente dele.

Eu caminho até ele e entrego os papéis.

- Você precisa de mim - Falo e ele sorri de canto - Vou fazer o almoço, enquanto isso você termina o que tem pra fazer - Falo e volto para a cozinha.

Dylan volta a focar no trabalho e eu volto a fazer o strogonoff, enquanto isso eu não parava de pensar na garota que estava aqui antes.

Ela sempre fazia isso? Se ela é da sala dele, e eles se vêem com frequência, todas as vezes era assim? Ela se jogava para cima dele feito louca?
Como Dylan reagia todas as vezes?

O homem está tão acostumado a ser desejado, está tão acostumado com mulheres em cima dele, que ele age como se atitudes como essa fossem normais.
Não estou dizendo que ele é inocente e não vê maldade, estou dizendo que ele simplesmente IGNORA toda essa merda, ignora a mulher esfregando a buceta em seu rosto, e por conta disso coisas como essa acontecem, ele deixa, permite que elas façam o que querem, ele pode até não retribuir, não corresponder, mas ele deixa acontecer e esse é o problema.

Eu odeio isso, odeio me sentir assim, odeio o fato de que eu não tenho o direito de exigir algo dele...ou tenho? Afinal, o combinado é sermos fiéis um ao outro, então por conta dessa regra eu passo a ter direito. Não é?

- Amor, pode pegar minha mochila no quarto, por favor? - Ele pede e eu subo sem dizer nada.

Entro no quarto e vejo como tudo está perfeitamente arrumado, como se ele não dormisse naquela cama a dias, ou ele simplesmente arrumava toda manhã sua cama.
Pego a mochila em cima da mesa e desço, entrego para Dylan e ele agradece com um leve sorriso.

- Você está dormindo? - Pergunto curiosa e ele arqueia a sobrancelha sem entender.

- As vezes eu cochilo no sofá, não quero ir para a cama... Acabo ficando com mais preguiça de levantar e não faço as coisas. Dormir em um lugar desconfortável me da forças para levantar e continuar a trabalhar - Ele diz enquanto digita algo - Por que a pergunta? -  Ele me olha rápido e eu continuo cortando o frango em cubinhos, sem olhar muito para ele.

- Para alguém desorganizado, sua cama está perfeitamente arrumada - Dou de ombros e ele sorri de canto, como se pensasse em algo engraçado.

Dylan Martin:

Eu estava morrendo de dor de cabeça, e as dores nas costas por dormir no sofá está acabando comigo. Eu tenho tanta coisa para fazer que eu estava prestes a enlouquecer, essa confusão na empresa não ajuda em nada, tem tanto serviço que foi impossível eu não me envolver.
Meu pai adoeceu, e está de cama enquanto eu e Daniel resolvemos tudo, eu tento alternar entre o trabalho e as tarefas da faculdade, assim não deixo nenhum de lado.

Admito que ter Lua aqui ajuda muito, faz tempo que eu não como algo decente, pelos pacotes de miojo espalhados pela cozinha, Luana havia notado isso.

- Para alguém desorganizado, sua cama está perfeitamente arrumada - Ela responde minha pergunta, fazendo eu segurar minha risada.

Luana me conhece muito bem, apesar de eu sempre esconder partes minhas para ela. Ela me observa tanto que faz com que eu não precise dizer nada sobre mim, ela simplesmente me conhece.

Eu sei que ela está brava comigo, sei que desconfia de mim, e eu não sei como tirar as paranoias de sua cabeça.
Eu sei que sou um idiota, que pela minha reação parecia que algo estava acontecendo ou que havia acontecido, mas eu juro que só fizemos o trabalho, eu simplesmente ignorei cada investida de Laysla.
É impossível não se enrolar todo com o que fala quando tem alguém te encarando como se fosse arrancar seus órgãos e vender no mercado negro.

Como eu tive medo de uma garota que bate praticamente na minha cintura? A garota parece um pinscher raivoso.

- Esse cheiro está muito bom - Falo ao sentir o aroma invadir meu território.

- Espera um pouco, ainda não acabei - Ela diz tampando a panela - A mulher se aproxima e senta ao meu lado colocando as pernas em cima do sofá.

Sua calcinha aparece e eu mordo o lábio a observando.

Começo a sentir aquele arrepio no corpo, eu estava prestes a agarrar ela, até que a mulher nota a forma que eu estava a olhando.

- Hey! Nada disso! Pode voltar para o trabalho! - Ela exige enquanto me empurra levemente.

- Eu preciso de motivação... - Resmungo e ela ri.

- Quer motivação? Acaba isso, e ai sim você vai poder fazer o que quiser - Ela diz e eu bufo frustrado.

- Sério isso? -  Pergunto indignado e ela ri - Mas eu só vou acabar amanhã... - Faço cara de filhote que foi abandonado e ela ri.

- Nem me olha assim. Você mesmo disse que está cheio de coisa para fazer... - Ela diz levantando e indo verificar a comida.

Ela desliga o fogo, e começa a colocar nosso almoço. Decido voltar meu foco para o trabalho, não pauso nem para comer, na verdade, faço os dois ao mesmo tempo.

•_•

Durante o dia todo, eu e Luana trocamos poucas palavras, eu estava tão concentrado que acabei tudo antes do esperado. A garota limpou toda a casa e ainda me ajudou com o trabalho, no fim do dia, eu estava exausto, então só fui para o banho e agora estou jantando com a garota.

- Imaginei que assim que eu terminasse tudo iria querer te foder inteira. Na real, eu até quero, mas acho que não tenho forças para isso - Admito e Lua ri.

- Que tal a gente apenas descansar? E amanhã a gente faz o que sente vontade.. - Ela diz e eu dou um sorriso de canto.

- Filmezinho e cafuné? - Pergunto e ela sorri animada.

- Claro! - Ela topa de primeira e assim que acabamos de jantar, vamos para o quarto enquanto escolhemos um filme

O Melhor Amigo Do Meu Irmão.Onde histórias criam vida. Descubra agora