O Melhor Amigo Do Meu Irmão.

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Dylan Martin:

No dia seguinte estava fazendo calor e Lua foi obrigada a usar algo um pouco mais solto, que não a cobrisse tanto. Suas marcas estavam fortes, mas dessa vez nada muito escandaloso, a não ser pelos pulsos e coxas. A coxa deu para cobrir com uma saia longa, mas

- Amor? Você está bem? - Pergunto indo abraçar a garota por trás.

- Sim, por que? - Ela pergunta enquanto arrumava suas malas.

A gente decidiu ir para algum hotel, não queremos mais ficar perto da minha família. Ontem já teve confusão o suficiente, estávamos loucos para fugir daqui.

Alguém bate na porta e eu vou abrir, e me surpreendo ao ver Diogo.

- Preciso falar com você - Diogo começa e eu olho para trás.

Lua nos olha curiosa, e eu respiro fundo, ela não pode estar por perto. Não por causa do assunto, mas porquê não quero que ela veja esse meu lado que meu pai desperta.

- Amor, já volto - Falo e fecho a porta, sem esperar uma resposta.

Diogo caminha até o escritório dele e eu o sigo sem vontade. Assim que entramos em sua sala, ele se senta em sua poltrona e eu fico em pé de frente para sua mesa.

- O que foi? - Pergunto já sabendo do assunto.

- Você precisa criar responsabilidade, você já é adulto, preciso que assuma a empresa - Ele começa e eu respiro fundo.

- Eu posso assumir, se fizer um contrato onde você jura que não vai se meter nas minhas decisões e assuntos da empresa, porquê não adianta me colocar no seu lugar só para fazer o seu trabalho enquanto você controla tudo de fora. Eu não quero ser mais um pião seu - Respondo e ele respira fundo tentando controlar a raiva.

- Sabe que não posso fazer isso, preciso saber se está fazendo tudo certo - Ele diz duvidando da minha capacidade, como sempre fez.

- E quem é você para ditar o que é certo ou errado? Você quase nos faliu 3 vezes, só por causa de suas decisões egoístas - Jogo em sua cara e ele se levanta da poltrona.

- Você sempre foi sustentado por mim, não pode reclamar das minhas decisões. Elas colocaram comida na sua mesa e roupa no seu corpo! - Ele começa a aumentar o tom de voz.

- Não fez mais do que sua obrigação, não pedi para nascer, já que me colocou no mundo a sua obrigação é me sustentar até eu ser maior de idade e eu não te devo nada por isso. Sabe o significado de obrigação? - Pergunto debochado - Hoje não uso seu dinheiro para porra nenhuma, o que compro é com meu próprio dinheiro, o dinheiro que minha mãe deixou para mim - Debato e ele se aproxima furioso.

- Você não sabe o que é trabalho, sempre foi um encostado! - Ele grita furioso fazendo eu rir.

- Se sou assim é por causa da sua criação, você não me deu amor, não me deu carinho, muito menos alguma educação. Encostado não sou, porquê ao contrário da sua família que está lá fora, eu nunca pedi nada para você, nunca cobrei nada de você e você tem sorte por isso, eu poderia ter fodido você de várias formas diferentes - Aviso e passo as mãos pelo meu cabelo, eu estava começando a perder o controle - Todo dinheiro que usei até aqui, a comida que comi, a água que bebi, a roupa que vesti. Isso eu devo a minha mãe, que mesmo não estando aqui, garantiu que eu tivesse tudo, até ela morta fez mais do que você! - Ele me acerta um tapa no rosto e eu acabo reagindo com um soco no seu - Não toca em mim! Você não tem nem mesmo esse direito! - Dou outro soco no homem e ele vai para trás derrubando algumas coisas.

Isso faz Daniel abrir a porta e quando Diogo tenta reagir, Daniel se mete no meio. Eu vou para cima do homem, mas...

- Chega! - Luana grita fazendo eu parar - Vamos subir, pegar as malas e sair daqui o mais rápido possível - Lua diz e sai, sem dizer mais nada, sem olhar para mim ou para qualquer outra pessoa.