•Capítulo 22•

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As belas roupas estavam bem ali na minha frente, meus olhos enchem de água, quando eu imaginei que alguém compraria todas as roupas de uma loja para mim? Isso mesmo, nunca.

-Muito obrigada Matteo.- o abraço e falo com a voz embargada por conta do choro.

-Meu anjo, você sabe que eu posso lhe dar tudo, tudo o que quiser, é só pedir.-Matteo aperta o abraço me puxando ainda mais para perto.

O contato visual já é impossível de evitar, seus olhos se comunicam com os meus em um silêncio constante.

Seu celular toca no bolso de sua calça.

-O que é? Enrico Fontana, acho melhor ser uma coisa importante, você empatou minha foda seu otario.-Meu rosto fica corado com a fala de Matteo, iríamos transar?

-Merda.-Matteo solta entre dentes enquanto escuto a voz baixa de Enrico sair do celular.

Ele desliga o telefone e me olha.

-Jennifer, preciso que me escute, depois terminamos isso aqui, agora, recebi uma ligação que a máfia inglesa está invadindo nossa sede, preciso ir pra lá, não me espere acordada, irei lutar, e demorar.-meu instinto protetor gritou mais alto quando falei.

-Eu vou junto, sou sua mulher e rainha da máfia porra, acha mesmo que só porque estou grávida vou ficar sentada com as perninhas esticadas? Estou grávida não doente meu amor, agora, vamos nos vestir adequadamente.-não dou tempo de Matteo falar e dou as costas.

Subi para nosso quarto e peguei um conjunto de roupas combinando entre mim e Matteo, o meu era rosa com preto e o de Matteo preto com verde lima, as roupas eram todas a prova de balas, nos pés vestiríamos um coturno muito resistente que viria até nosso joelho pra evitar que levemos tiros nas pernas, o que com certeza nos enfraqueceria, Matteo já ligou para duas tropas e estão todos a posto já.

-Vamos, amor.-passo a mão na minha barriga e pego a mão de Matteo.

Fomos até o local, a sede da máfia italiana a casa era imensa, e incrivelmente linda, ao chegar já percebi um movimento estranho de automóveis, as tropas já estavam lá escondidas, eu e Matteo chegaríamos depois no nosso carro.

Adentramos a casa como quem não quer nada, demos uma de distraídos para distrai-los.

-Ah como essa missão foi foda minha rainha.-Matteo entra em cena.

-Concordo meu rei, adorei ver o terror nos olhos do adversário, foi incrível.- instalo um silenciador na ponta da minha arma enquanto falo.

Atiro em um que estava na porta da sala, bingo!

Conseguimos passar por ele, já morto no chão, chegamos na cozinha e tinham mais três, faço sinal de silêncio para Matteo, muro na cabeça dos três e em um movimento rápido atiro nos três, bingo de novo!

Matteo subiu para o andar de cima da casa e eu fiquei no de baixo, assim que ele subiu pude ouvir o som de corpos caindo no chão, me distraio por um momento e uma mulher aparece em minha frente, ela estava desarmada, mas tinha um físico muito bom, vestia um uniforme todo preto com seu nome bordado no peito.

Alita.

A mulher, por algum motivo, se parecia muito comigo, não era idêntica, mas muito parecida comigo.

-Quem é você?-pergunto e a moça agarra meu braço, me puxa para um canto e cochicha em meu ouvido.

-Por favor, me ajude, fui sequestrada por esses idiotas, eu tenho um filho, família, não posso perdê-los, o homem disse que após a execução do plano eu posso ser decapitada.-Ela diz enquanto se controla para não chorar.

-Moça, se acalme, como é o seu nome?.- a puxo para baixo de um barzinho que continha ali na cozinha para não sermos vistas.

-Alita, Alita Smith.-ela treme enquanto fala.

O nome dela, o sobrenome, se parece com o meu. Mas claramente ela era mais velha que eu.

-Quem são seus pais?-pergunto, não custa tentar, vai que eu tenha alguma irmã perdida.

-Judy Smith e Xavier Plotkova.-os nomes, não pode ser, era os nomes de meus falecidos pais, mas eles estavam mortos? Em minha testa se forma uma ruga de questionamento.

-Eles, eles não estavam mortos?-começo a suar frio.

-Como? Meus pais nunca estiveram mortos.-Alita diz.

-Nossos pais!-corrijo-a, a moça fica sem entender.

-Depois lhe explico, agora preciso terminar minha missão, fique aqui e não saia de jeito nenhum.-a moça assente e eu me levanto, uma moça com um corpo bombado caminha até mim rapidamente, sua cara transparece raiva, deve ser uma inglesa.

-Você sabe quem sou eu docinho de côco?-pergunto enquanto me aproximo e defiro um chute em seu estômago, ela segura meu pé, eu viro meu corpo e dou um chute traseiro assim acertando seu rosto, ela cambaleia e cai no chão, corpo forte mas muito fraquinha de mente.

Enquanto ela vai tenho tempo de puxar minha arma e aturar em sua cabeça, sangue espirra em meu rosto.

-Bingo. -Nojo transparece em minhas palavras.

Cada maldito inglês que eu tirar a vida hoje é pela criança que está em meu ventre, pra segurança dele, pra nossa segurança e segurança do nosso império.

Não é nada pessoal, vocês só invadiram um espaço que não eram de vocês, e nunca será.

Subi para o andar de cima e Matteo está no pescoço de um homem tentando matá-lo, está meio difícil então resolvo dar uma ajuda, saco minha outra arma e atiro na cabeça do homem, eu sou muito boa atirando!

Entramos no escritório e não havia ninguém, as tropas de Matteo aguardavam lá fora, como sabíamos que eram poucos ingleses viemos em poucos também.

O chefe da máfia inglesa não estava aqui então está óbvio que estavam atrás de documentos e informações.

Comunico Matteo sobre Alita e seguimos com ela para o carro. Iremos levar ela para nossa casa conosco, lógico que pedi para ela mostrar sua identidade para sabermos se ela era ou não um membro da máfia rival tentando adentrar nossa casa e nos matar.

Meu ceo italiano- mafia italiana livro 1-Matteo FontanaOnde histórias criam vida. Descubra agora