"Então?! Quer mudar sua vida finalmente?! Quer experimentar as coisas boas da vida? Me diga, Zoe! Aceita jogar comigo? - Ela sorri diabolicamente. Aceitar essa trato, seria a mesma coisa que fazer um pacto com o diabo, eu não deveria!
Mas eu quero...
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Lembro-me do colegial. Eu era rica, popular. Eu tinha o poder. Eu o tenho. Pessoas comuns se sentem intimidadas por pessoas que tem poder. Lembro-me da festa que deram de reencontro do ensino médio. Lembro-me da cara de choque de todos quando souberam que a filha de um juiz renomado, se tornou uma puta de luxo. Nunca me diverti tanto em uma noite.
Eu gosto da atenção. Gosto dos olhos me cobiçando, pedindo permissão para fazê-lo, pois eu sou a deusa destes que clamam por prazer.
Eu nunca tive motivos para ser insegura. Sou magra, alta, tenho uma buceta apertada... Me encaixo em qualquer padrão desse mundo.
Mas parece que isso mudou.
De alguma forma...
Constantemente penso sobre aquela... 𝘤𝘰𝘪𝘴a, que se referia a Zoe como "melhor amiga da vida". A voz dela é tão irritante! Seu timbre agudo e anasalado... repulsivo! Sinto que se pensar muito nisso, posso matar alguém.
O que ela quer afinal!?
Mulheres tem o desejo forte de manter as pessoas para si.
Eu sei. Eu sou assim!
Gostaria de questionar Zoe. Por que ela tem mulheres em sua vida além da sua mãe? Eu não gosto disso.
Já eram quase oito horas. Estou de frente para o espelho passando meu batom. Deus...como sou irresistível!
Não há ninguém como você, Eleanor!
Vá e pegue o que te pertence!
Estou usando um conjunto Channel, alfaiataria de alta costura. Não se encontram muitos desses por ai e caso encontrem...bom, terão que investir muito mais do que caiba no bolso. É exatamente isso que eu valho, muito mais do que você pode pagar.
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Nova Iorque é uma cidade grande, cheias de luzes e sonhos... As pessoas realmente acham que vão realizar os seus sonhos aqui, e então trabalham feito ratos de laboratório numa rodinha que nunca para de girar. O sistema é esse, e ele só funciona porque existem pessoas "sonhadoras". Fofo, porém ridículo! Se você quer, vá pegar! Não espere o sistema ditar as regras.
Estou dentro do carro, olhando o Central Park. Está lotado. Droga! Detesto ficar no meio dessa gentinha. É tão suado e nojento.
Desperto dos meus pensamentos por algumas batidas no vidro do carro. Abro os olhos e sorrio. Zoe. Ela está usando uma presilha de coelhinho para prender a franja. Sorrio, revirando os olhos mais uma vez. Deus... por que tudo que eu acho brega e detestável fica fofo nela?
- Olá, mademoseille! Preparada para hoje? - a menina abre a porta do carro forçando um sotaque francês, com uma pequena reverência. Que adorável.
- Oh, sim! Pequena cavalheira! Estou prontissíma! Mas me diga, por quê me trouxe para um lugar tão... duvidoso quanto esse? - Zoe estava com roupas simples. Uma jardineira jeans azul clara, com uma blusa do 𝘈𝘊/𝘋𝘊 preta, um par de 𝘈𝘓𝘓 𝘚𝘛𝘈𝘙 amarelos e a presilha de coelhinho, uma energia tão rebelde e sem qualquer senso de moda... tão jovial e único. Ela é diferente de tudo que eu já vi ou toquei.
- É a noite do cinema em Nova Iorque! Vamos reservei as almofadas da frente para nós duas. O filme já está começando! Vamos, Eleanor!
-Uma almofada!? Sério que isso é o seu encontro ideal, querida? Um jantar, já bastava. - Zoe me puxava pelo pulso, estava tão animada que parecia um passarinho que acabara de receber alpiste. Sorrio abertamente. Por algum motivo, esta garotinha me faz lembrar qualquer tipo de animal pequeno fofinho... pequeno o suficiente para enforcar com minhas mãos em volta de seu pescoço, até seus olhos pularem para fora.
O lugar era amplo, o céu estava muito estrelado e haviam milhares de almofadas espalhadas pelo ambiente, um projetor jogava as imagens do filme para um lençol branco. Por Hera! Vou ter que sentar no chão?! Mas e os meus saltos 𝘚𝘈𝘐𝘕𝘛 𝘓𝘈𝘜𝘙𝘌𝘕𝘛? As coisas que essa criança me faz fazer!
- Nah! Jantar é convencional demais para nós, e você deve estar farta deles. Eu gosto de ser única. - Ah, Zoe...se você soubesse...
- Tudo bem! O filme já começou. Podemos pedir alguma coisa? Quero algo com álcool de preferência! - sinto a ansiedade se apossar do meu corpo, preciso de álcool.
- Pedi um vinho para nós - a olho incrédula - O quê?! Só você pode beber?! Pois saiba que eu amo vinho tinto! - Zoe se levanta. vejo o vinho, as taças, uma cesta de queijos e frutas. Impressionante.
Estamos sentadas com os nossos ombros colados. O filme passa, mas não consigo prestar atenção no enredo. Viro o rosto para vê-la. Ela fica tão bonita a luz da lua e das estrelas, seus olhos transbordam paixão pela vida. Acho que foi por isso que estou tão...encantada e instigada.
Zoe bebe mais um pouco do seu vinho, deixando a marca de sua boca na taça. Oh, Deus...como eu gostaria de ser esta taça! Inspiro fortemente e depois solto, preciso me acalmar! Parece que a menina sente meu nervosismo e vira pra mim com seus olhos azuis oceânicos e intensos, me olhando com cuidado... ela é sempre tão atenciosa.
- Elle, você está bem? - Zoe me chama colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
- Senhorita, Zoe Dellavita! Eu nunca fui a um encontro desse tipo, sempre achei repulsivo a ideia de me sentar no chão, com diversas pessoas estranhas em minha volta e comendo queijos de origem duvidosas, mas... obrigada por isso.
𝘙𝘐𝘋Í𝘊𝘜𝘓𝘈 𝘙𝘐𝘋Í𝘊𝘜𝘓𝘈 𝘙𝘐𝘋Í𝘊𝘜𝘓𝘈
Que patético! Estou tão nervosa e vulnerável Sinto vontade de sair correndo, me sinto tão ridícula em expor meus sentimentos... Ouço sua risada.
- Se isso é um pedido pra me beijar, eu aceito, Eleanor! Te trouxe aqui só para isso. - Sinto sua aproximação, suas mãos quentes e macias em minhas bochechas fazem uma carícia constante. Onde estavam esses sentimentos todo esse tempo? Eu não os conheço! O selar de lábios é leve. Sorrio. Não era o que eu esperava, mas me deixa genuinamente feliz que ela tenha tomado a atitude dessa vez. Estou... orgulhosa. A puxo para um beijo mais profundo e repleto de alento. No momento, era tudo o que eu desejava. Não havia nada que eu pudesse querer.
Nossa bocas agora se encaixam muito bem. Ela puxa meu lábio inferior com seus dentes, isso é tão bom. Uma professora muito boa deve ter a ensinado. Sorrio, prepotente. Sua língua quente acaricia a minha com veemência. Era um tesão vê-la tão desesperada. A puxo para meu colo, esquecendo completamente do ambiente em que estamos. Minhas mãos descem até seu quadril, incentivando movimentos vai e vem de sua pélvis.
- Eu quero você. Preciso de você... - sorrio com luxúria. Nego com a cabeça.
- É só isso que pode fazer? Diga! - aperto fortemente suas bochechas com uma de minhas mãos.
- Por favor, por favor! Senhora! Oh, porra! Eu preciso de você! Em todos os lugares! - fecho meus olhos, saboreando cada palavra. Ela parece ser um tipo de feiticeira que me encanta e me prende a cada dia em suas armadilhas.
- Vamos sair daqui, cachorrinha!
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Oi,oi gente! De repente eu lembrei que eu tenho que terminar as coisas que começo kkkk espero que gostem.