Eleonor batia o pé incessantemente no chão do jatinho, a ansiedade lhe afligia o coração. Robert conversava com o piloto da aeronave, pois precisavam chegar o mais rápido possível no Havaí.
— Aterrissaremos em meia hora, senhor! Sente-se. – a aeromoça informa fazendo a mulher levantar a cabeça e colocar uma expressão nervosa em seu rosto.
Robert, assente e se senta no assento para afivelar o cinto. Sentindo a pressão da altitude, ambos engoliram seco e se entreolharam, temendo o que aconteceria a seguir.
— E agora, Robert? – Eleonor olhava para o empresário através das lentes escuras, para esconder seus olhos da claridade calorosa do Havaí. O homem desviou o olhar e seguiu seu caminho, na verdade, ele parecia nostálgico. — Robert! Robert, me responda! – a latina exaspera, nervosa.
— Eles não atenderam. – o senhor Dellavita diz, ainda olhando para a paisagem verde da ilha.
— Eles?
— Meus antigos parceiros. – Robert diz, com a voz trêmula.
A morena fechou os olhos, como se temesse ouvir exatamente isso. Lágrimas desesperadas escapam de seus olhos, seu lábio inferior tremia em temor por Zoe. O aumento dos batimentos cardiacos doía-lhe o peito, fazendo colocar a mão e apertar o lugar.
— E agora, Robert? – a resposta em um tom veio fraco, dolorido.
— Agora nós vamos encontrar ela. – depois de um pigarro, ele diz.
— Quem?
— Umbra.
[...]
— Como você sabe para onde ir? – Webber disse, enquanto pisava em chão terrenoso.
— A mensagem que ela enviou dizia para seguir para além das árvores de madressilva. – o homem pisava em galhos secos, partindo-os ao meio.
O fim da floresta Pygoya dava de frente para o maior vulcão do mundo, o Mauna Loa. O matagal é escuro, Eleonor não compreendia o porquê de Umbra estar em um lugar como esse.
Chegando perto do vulcão ambos encontram uma torre. A construção parecia não ser cabível em um lugar tão repleto de paisagens naturais, apenas não ornava. De modo que foram caminhando, o lugar, uma vez florestoso; agora apenas tem algumas nuances de árvores e terra, transformando o espaço quase em uma entrada de uma empresa multinacional.
O edifício é enorme, poderia arriscar dizer que era do tamanho do vulcão. Umbra com certeza, seria tão ambiciosa.
Sem dúvidas.
— O que ela fez com esse lugar? – perguntava-se Robert, com uma ruga de preocupação em sua testa.
— Então… Devemos entrar? – Eleonor questiona, checando o lugar com o olhar. Não se lembrava que Umbra fosse tão rica.
— Acredito que sim. Porém não entendo o porquê dela querer revisitar esse lugar. – ele diz, seguindo o caminho até o prédio e de repente, Webber percebe a expressão temerosa do homem.
— O que quer dizer com “revisitar”? – questiona, se colocando em frente ao homem fazendo aspas com os dedos. — O quão profunda é sua relação com Umbra, Robert? – a latina cerra os olhos na direção do mais velho, este bufa e empurra a morena para seguir com passos pesados.
— Não importa para você! Foque em Zoe. – disse, de costas para Webber.
Ao chegar no portão do edifício, Robert se põe na frente para ser recebido pelos homens de terno.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Agápe
Romantizm"Então?! Quer mudar sua vida finalmente?! Quer experimentar as coisas boas da vida? Me diga, Zoe! Aceita jogar comigo? - Ela sorri diabolicamente. Aceitar essa trato, seria a mesma coisa que fazer um pacto com o diabo, eu não deveria! Mas eu quero...