Capitulo 16 - Umbra

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Olá, meus amores! Vocês pediram tanto né!? Agora aguentem o rojão, não me responsabilizo pelas lágrimas.

Bom capitulo! Quanto mais comentários, mais rápido volto.

~*~

"A vida na aldeia não é fácil. Temos uma
vasta cultura aqui. A extremidade é o que conhecemos, cheio de rituais e mandamentos, quem não os cumprem podem ser expurgados e esquecidos por sua própria família.

Para mulheres, viver em uma aldeia é assustador. A idade mínima para se casar é a partir da primeira menarca. Se depois dos vinte cinco anos de vida não conceber nenhum filho homem, a mulher pode ser considerada amaldiçoada e jogada ao vento. Caso um dos filho nasça com alguma deficiência física, a própria genitora deve matá-lo sufocado.

Conheço algumas histórias como esta. Porém, nunca vi uma história como a minha."

~*~

Pedalando em sua bicicleta rosa, com cabelos esvoaçantes pelo vento, e rosto molhado por suas lágrimas. Zoe parece não conhecer a palavra limites.

É meia-noite agora, e ela corre desesperada para ver sua amada prostituta. Depois daquele telefonema, a menina sentiu uma repentina euforia tomar conta de seu corpo. Ela faria tudo por Eleanor agora.

Em pensar que há pouco tempo atrás, Zoe mal sabia sobre sexo e paixões ardentes. Mal sabia do poder que beijos lentos tem. Estava excitada. Por tudo! Por Eleanor e pela vida.

Só não imaginava o que o destino reservaria para as duas.

Eleanor ainda estava confusa, porém necessitada, resolveu ceder as vontades loucas de seu coração. Completamente louca que desesperada para ver a jovem oceânica, andava de um lado para o outro.

- Pão doce, você acha que ela vem, não é? - perguntou receosa, ao seu recém companheiro, que estava sentado acompanhando cada movimento da latina. - Ela desligou a ligação tão rápido, quase não consegui terminar... - seu monólogo é interrompido pelo vibrar do celular. Achando ser Zoe, a mulher desbloqueia o celular rapidamente e se depara com uma mensagem de um número desconhecido.

[Tenho apenas uma cor, mas posso ter vários tamanhos. Estou presente quando faz sol. Na chuva, jamais! Passo todo o tempo rastejando no chão, mas nunca fico sujo. Adoro perseguir e não posso sentir dor. Quem sou eu?]

Mas que idiotice é essa agora?! Olhou mais uma vez para a charada do perfil sem foto. O que isso queria dizer? A mulher sentiu um pesar em seu peito. A demora de Zoe para chegar estava começando a incomodá-la profundamente. Resolveu ligar. De todo modo, queria saber se ela estava segura.

- Alô? - a voz do outro lado da linha soa, ofegante e cansada.

- Zoe! Está tudo bem?! - a insanidade do desespero estava em seu tom de voz.

- Abra a porta para mim, Elle...

- O que?! - exclamou descrente.

- Por favor? - a pergunta descabida fez a mulher mais velha revirar os olhos. Caminhando rapidamente para abrir a porta de madeira maciça branca, e se deparar com sua cor preferida. O azul de seus olhos.

- Oi... - saudou a jovem tímidamente.

A latina olhou para Zoe, vendo que a mesma usava um pijama de cetim rosa escuro. Notando que atrás da porta tinha uma bicicleta rosa.

- Você veio de bicicleta? - disse arqueando uma das sobrancelhas.

- Sim, e-eu preciso me exercitar... - a resposta com reticências fez Eleanor explodir em uma risada feliz e puxar a menina pela gola do pijama colorido.

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