Capítulo 9 - Revanche

1.2K 69 11
                                    

Zoe Dellavita

- Entra no carro! - ela me diz com seu tom autoritário típico

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Entra no carro! - ela me diz com seu tom autoritário típico. Ela está confortável com isso, com o poder. O poder sobre mim.

Assim que entro no carro, a mulher me põe em seu colo no banco do motorista, suas mãos apertam minhas coxas e reivindica a minha boca com urgência.

- ¿Por qué cuños llevas pantalones?
¿Huh? Respóndeme!! ( Por que caralhos você veio de calça? Hein!? Me responda!) - achei que seria impossível esta mulher ficar mais sexy, mas vejo que me enganei. Ela parece, de fato, uma deusa falando sua língua materna. Uma deusa quente e desesperada...por mim.

Sinto uma vontade de sorrir, porém sei, que se o fizer, não sobrará pedacinhos de mim para contar história. Me controlo. Eleanor segura minhas bochechas com uma de suas mãos. Ela exige uma resposta, mas tudo tem sido tão fácil para ela, não é mesmo? Me seguro novamente para não sorrir. Chego perto de seu rosto, nossas respirações se misturam dentro do carro, um lugar finito para nossos desejos e vontades, portanto, logo o ar se faz escasso e sinto a necessidade de buscar oxigênio pela boca. Roços nossos narizes.

- No sé, señora... ¿Cómo debo vestirme? Desnuda para ti? (Não sei, senhora... Como devo me vestir? Nua para você?) - abro os olhos para mira-la, seus olhos negros de luxúria, ela cheira a pecado. Os cantos de seus lábios se puxam, formando um sorriso lascivo. A mulher da pele oliva puxa os cabelos de minha nuca, forçando-me para trás. Vejo-a controlando a raiva. Dessa vez, não me controlo...sorrio.

- Puta! ¿Lo encuentras gracioso ahora? (Puta! Tá achando engraçado agora?) - Eleanor agora sorri e aperta meu pescoço com ardência. O ar que antes era escasso, agora parece ser inexistente. Me sinto frágil perante seu olhar, penso em desistir e me entregar. Forço meu corpo para perto dela. Me recuso a perder dessa vez. Acaricio seus lábios com os meus levemente. Esfrego minhas bochechas por toda área de seu rosto, se assemelhando a um gato marcando seu dono através do toque. Sussurro:

- Sí! Puta, tu puta! Se encontras bien gracioso, mamita ( sim! Puta, sua puta! Parece muito engraçado, mamãe) - sua mão ainda impedindo a passagem de ar para mim, termino a frase com certa dificuldade.

A latina solta meu pescoço e imperiosamente busco o oxigênio que meus pulmões exigiam. Sou jogada para o banco do passageiro com ferocidade. Vejo-a ligar o carro e olhar fixamente para um ponto físico em sua frente, ela profere ainda sem me olhar:

- Vamos ver até quando...

[•••]

Ouço o barulho do freio de mão sendo puxado, um sinal claro de que chegamos ao destino. Olho em volta e estamos em um condomínio de alta segurança. Não se parece nada com o hotel em que estivemos da última vez. Espio-a e percebo que ela ainda está com raiva. Melhor ser cuidadosa, ela é imprevisível.

- Saia do carro - impassível e firme, a mulher manda.

- Onde estamos? Não é nada como o hotel em que nos vimos pela primeira vez. - a morena abre a porta principal e dou de cara com a sala de estar. Uma decoração All White, de uma elegância imensa, é vista por mim. Estou impressionada. Eleanor percebe isso e noto que sua armadura se desfaz e ela dá um micro sorriso em minha direção.

Agápe Onde histórias criam vida. Descubra agora