Era um dia normal, sem canos explodindo ou visitas estranhas, isto é, até o horário da saída.
Percy e Annabeth demoraram um pouco para sair da sala, mas logo que se aproximara da saída, estranharam.
Tinha uma multidão de alunos na porta e ninguém parecia querer sair da escola, a maioria parecia estar com medo.
Os dois semideuses trocaram um olhar.
- Delilah, o quê está acontecendo? – pergunta Annabeth para uma menina da equipe de Decathlon
- Tem um homem estranho lá fora. Ele é gigante e... Tem gente dizendo que ele deve fazer parte de alguma gangue. – a menina disse – Ele parece estar esperando alguém.
Depois de trocar um olhar, o casal se adiantou, abrindo caminho entre os estudantes.
Do lado de fora estava... Tyson.
- Alguém chama a polícia ou um professor – gritou um menino na multidão.
- ESPERA! – grita Percy – EU O CONHEÇO, ESTÁ TUDO BEM!
O grito faz todo mundo começar a murmurar e Tyson olhar em sua direção, abrindo um grande sorriso de dentes tortos (que apesar de ser super amigável, os mortais acharam apavorante).
- Irmão! Annabeth! – disse o ciclope, se adiantando para abraçá-los.
Os dois saíram para fora da escola, ao encontro dele e retribuíram o abraço.
A escola gelou.
- O quê você está fazendo aqui, Ty? – perguntou Percy – Você não avisou que vinha...
- Não tem muita coisa para fazer nas forjas ou no batalhão – disse Tyson – Vim ver meu irmão e Annabeth.
Isso confundiu os mortais. Forjas? Batalhão?
Afinal, aquele homem era um gangster, um ferreiro ou um soldado?
E porque ele chamava Percy de irmão?
- Nós estamos muito felizes de te ver também Tyson – disse Annabeth, sorrindo.
- É, grandão, sentimos sua falta – disse Percy – Você não visita faz tanto tempo.
- Estava fazendo um novo relógio para você e um para Annabeth – disse ele, entregando para os dois duas caixinhas.
- Obrigada, Ty – disse Annabeth, dando um beijo na bochecha dele, sendo ecoada por Percy.
-Tem a história de vocês neles – disse o ciclope – mas não coloquei nada daquele lugar.
Os mortais ficaram confusos.
Como seria possível colocar a história de duas pessoas em um relógio.
- Deve ser um código – murmurou uma menina – Percy e Annabeth devem ser parte da Máfia, lembram? E esse cara é estranho.
- O que está acontecendo aqui? – veio a conhecida voz de Paul, já abrindo caminho.
O trio do lado de fora, logo notou a presença dele.
- Paul, Tyson veio visitar! – disse Percy, alegremente, ao mesmo tempo que o homem era engolfado por um abraço de urso por parte do ciclope.
- Eu... Eu percebi – disse o professor de inglês, tentando respirar.
Quando foi solto ele disse:
- Por que não vamos para casa? Tyson, você é bem-vindo e Sally vai ficar feliz em te ver, além do mais, lá vocês podem conversar mais abertamente do que aqui.
Paul estava falando, é claro, de coisas do mundo mitológico, mas os alunos pensaram que era sobre alguma coisa confidencial da Organização criminosa que eles acreditavam que os semideuses (e Tyson faziam) faziam parte.
Aparentemente alheios os pensamentos dos mortais, os quatro logo se dirigiram para o carro do Paul e foram embora.
Finalmente os alunos tiveram coragem para sair da escola, cada um conversando com seus amigos e discutindo teorias sobre a máfia e o que o código "relógio" podia significar.
E o porquê daquele homem assustador chamar Percy de irmão, quando ele não tinha sido mencionado pelo irmão velho e as irmãs mais velhas do rapaz.
A conclusão que chegaram é que o homem era algum protegido do pai de Percy, mas não era realmente relacionado por sangue (apesar de ser parte da família) e que deveria estar ocupado na última ocasião (não estavam errados nisso).
Os mortais da Goode já tinham percebido que nada podia ser normal quando se tratava de percy Jackson e Annabeth Chase.
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Assustando os mortais
Hayran KurguDepois da guerra contra Gaia, Percy volta para cursar seu último ano no ensino médio na Goode e Annabeth o acompanha, já que depois do Tártaro os dois não conseguem se separar por muito tempo sem terem uma crise de ansiedade. A justificativa dada p...