15 de julho de 2022.
por Catarina.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀João 🤍
onlineTarina?
Oi João
Tá tudo bem?
Uhum
A gente vai na praia depois do treino
Futvolei
Quer fechar dupla?Vc pode vir me buscar?
Só que eu tenho que passar em casa antes, trocar de roupaDe boa
Eu te busco aí e a gente passa em casa
E desce pra praia
Pode ser?Então tá
Pode vir quando o seu treino acabar, a última aula é slide 🙄Tá
Daqui a pouco eu chego aí
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Meu corpo cai 'pra trás enquanto gargalho da discussão do meio de campo rubro-negro. João e Diego fingiam bater boca na rede, Vidal sinalizava 'pra os céus que ia pedir 'pra chamar o VAR e eu, como dupla do mais novo entre os três, só podia rir.
Nós chegamos e eles já estavam aqui, João foi comigo até em casa 'pra eu me arrumar e viemos conversando numa boa. Eu tinha um número considerável de coisas 'pra questionar, mas não queria estragar o momento. Então estamos assim até agora.
─── Foi dentro, aceitem a derrota de vocês que a gente vai 'pro setpoint. ─── João desdenha, agora vindo na minha direção e estendendo as mãos pra que eu levantasse. ─── Bora, Tarina. Saca na cara desse mercenário.
Durante o verão a gente manda demais no futvôlei e eu digo com tranquilidade, aí com esses dois idosos, fica ainda mais fácil.
Como eu disse, faço o saque bem bonito com João lá na rede, com a mãozinha na cintura assim como o Bruno Henrique fica quando é o Gabigol batendo pênalti. Vidal erra o domínio e Diego não chega a tempo. De resto é a minha dupla correndo na minha direção, me segurando pelo tronco como quem fosse me derrubar e me rodando umas três vezes enquanto grita que a tradição vence a comissão em algum tipo de brincadeira que eu não entendo, mas estou rindo tanto que a minha barriga dói.
─── Esquece, meu parceiro. Já pode aposentar.
─── 'Tá, João. Me põe no chão. ─── dou alguns tapinhas nas costas dele, onde a minha mão segura antes que ele me coloque no chão como pedi. ─── Da próxima a freguesia vai ter que zerar a conta, ficaram devendo demais.
─── Da próxima vez? Pode ir lá os dois a-agora desembolsar a água de coco, promessa não é divida!
Por mais uma vez, assisto de camarote mais uma guerra bem humorada do meio de campo do Flamengo, até o momento que eles realmente combinam a bendita da água de coco e nós vamos até onde estava o resto das pessoas que vieram pra praia com a gente.
─── A Vanessa não vai vir? ─── questiono enquanto me sento na cadeira de praia que nem é minha.
─── Não. ─── e sou respondida até rápido demais. João me entrega uma camisa que ele acaba de tirar de sua mochila, e só agora eu noto que ele deve estar com uma marca horrível da regata que ele não tirou 'pra jogar. ─── Não vem hoje.
─── Não vem mais, ein... ─── Bruninha arrasta as palavras, sentada ao meu lado no momento em que eu percebo ela. Eu não aguento com essa menina. Essa mulher 'tá todo lugar. ─── Vocês 'tão bem?
─── A gente 'tá bem, e você? ─── João responde ─── Seu marido foi lá pagar o que ele 'tá devendo e comprar água de coco 'pra gente, tu sabe que ele é meu freguês já, né?
─── É nosso freguês, João Victor. ─── o corrijo, inegavelmente o assistindo tirar a camisa 'pra colocar a que estava na minha mão.
Meu olho vai direto 'pra mancha roxa no abdômen dele, bem abaixo das costelas. Junto as sobrancelhas, estreito as vistas e o assunto fica só 'pros dois. Ergo a atenção 'pro rosto do mais velho, volto pra o abdômen do mesmo e não perco tempo em tocar quando ele vem 'pra perto pegar a camisa.
Quente e com a textura como se tivesse sobrando pele. Ele grunge quando eu toco e eu rio fraco.
─── Onde você se machucou desse jeito, João?
─── Tropecei. T-tropecei e bati na quina do móvel. ─── então pronto.
Sabe na série que a Globo fez da turma da Mônica? Que o Cebolinha troca o R pelo L só quando tá nervoso? O João gagueja em vários momentos, mas quando está nervoso e quando está mentindo? É só observar.
─── Você bateu a costela na quina do móvel? O móvel te procurou, só pode. ─── continuo questionando, ainda segurando a camisa 'pra ele não pegar. ─── Você colocou um gelo? Não 'tá doendo pra jogar?
─── É, na casa da V-vanessa. ─── uma eternidade pra falar uma mísera frase. ─── Coloque-ei gelo e tomei r-remédio, quando eu caí doeu mais.
─── Você caiu? Mas você não tinha batido no móvel?
─── Eu desequilibrei, b-bati no móvel antes de c-cair. ─── justifica e dessa vez consegue pegar a camisa.
─── Entendi. ─── resmungo, porque eu entendi mas não acreditei. ─── Tem que prestar atenção, João. Essas coisas doem demais, né? Não gosto nem de imaginar.
─── 'Tá tudo bem, Tarina. Daqui uns dias melhora.
─── Vocês são 'tão bonitinhos... ─── tomo o maior susto que a Bruna ainda 'tá prestando atenção. ─── Você escolheu a namorada errada, Joãozinho.
não morri ainda mas não tô viva de tudo molieres
bora pra mais um
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𝗩𝗢𝗖𝗘 𝗡𝗔𝗢 𝗣𝗥𝗘𝗖𝗜𝗦𝗔 ⊹ joão gomes 1/2
Fanfiction↳ "𝘃𝗼𝗰𝗲 𝗻𝗮𝗼 𝗽𝗿𝗲𝗰𝗶𝘀𝗮", com joão gomes. 2022/23. "falar o quê se te amei e pá, amei a ponto de me amar mais. o que sei sobre amor, inventei pra dar pra quem me deixou refazer e faz diferença aqui ainda assim, mas não temos o que dizer se...