oito.

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05 de agosto de 2022

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05 de agosto de 2022.
por Catarina.

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    Tem alguma coisa muito errada.

    Tem uma agonia no meu peito desde a hora que eu acordei. Não é com a minha mãe, eu mandei mensagem 'pra ela.

    André também está bem. Então abri o leque das possibilidades. Liguei 'pro João, mandei mensagem. Isso eram dez horas da manhã, quando eu ainda estava na faculdade.

    Agora são três horas da tarde. E nada. Nem Vanessa me respondeu. A sensação ruim não sai de mim e encarar a meia dúzia de mensagens sem resposta apenas cresce a minha agonia. Então eu levanto, visto uma roupa decente e desço a rua até a casa do meu avô. Ele costuma me emprestar o carro na surdina, porque minha mãe não ia deixar eu dirigir depois que eu reprovei na única oportunidade que eu tive de tirar a carta.

    Dessa vez eu nem penso na probabilidade de ser parada em alguma blitz. Eu dirijo até a casa de João e bato na porta. Vanessa.

    ─── Catcat? ─── ela diz surpresa, colocando os cabelos 'pra trás das orelhas e me analisando. ─── Entra aí, o que aconteceu?

    ─── Não sei, 'tava com uma sensação tão ruim... E nenhum de vocês me respondeu, vim ver se 'tava tudo bem. ─── ergo os ombros, entrando mesmo e olhando em volta. ─── O João tá aí?

    ─── Uhum, deve 'tá dormindo. ─── posso sentí-la me olhando, e eu não queria estar tão alerta assim com alguém que já chamei de melhor amiga. ─── Você sabia que eu ia 'tá aqui? Se você veio ver se 'tá tudo bem... Você veio saber do João Victor.

    ─── É, Nessa. A ordem dos fatores não altera o produto, aqui eu ia saber se você 'tá bem, e você 'tá, né? ─── resmungo sem muito interesse, abrindo as janelas como tenho o costume de fazer na poucas vezes que venho aqui.

    A casa fica abafada.

    ─── Vou ver como ele 'tá, ok?

    Entro para o corredor. João está debaixo das cobertas, o quarto está gelado por conta do ar e ele está todo encolhido. Desligo o ar, abrindo a porta e a janela daqui também, tentando fazer pouco barulho até mesmo quando encaixo a mão em seu rosto pra saber se esse frio todo tem motivo. João desvia do meu toque.

    ─── Você 'tá bem? ─── murmuro, desencostando dele mas puxando a coberta um pouco. ─── Você 'tá com febre, não pode ficar assim. Toma um banho gelado pra melhorar.

𝗩𝗢𝗖𝗘 𝗡𝗔𝗢 𝗣𝗥𝗘𝗖𝗜𝗦𝗔 ⊹ joão gomes 1/2Onde histórias criam vida. Descubra agora