Cunhada?

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Eu estava sentada em minha beliche lendo uma das minhas HQ's, passando para a próxima página enquanto olhava Judith se mexer de um lado para o outro em seu "berço", dou um sorrisinho para a mesma e a doce bebezinha que estava aparentemente inquieta devolve o sorriso, mostrando seu doce sorrisinho sem dentes.

Saio da minha beliche e então vou até seu berço, segurando em sua mãozinha pequena, fazendo a mesma agarrar em um único dedo meu, o indicador, enquanto me observava docemente.

- Oii pequena. - digo eu com a voz um pouco mais fina. - Sei que você não entende o que eu tô dizendo, e eu sei que você não vai responder nada do que eu falar... Mais honestamente, queria te dizer uma coisa... Mais só vou dizer se você prometer segredo! - digo eu enquanto a mesma ainda estava segurando meu dedo, agora se formando um sorriso no rosto da mesma, então entendo como um sim. - Ok, ham... Por onde eu começo? Ok, é... Olha, eu não sei porque, mas sinceramente, toda vez que eu olho pro seu irmão, que ele sorri para mim, ou quando ele fala comigo, ou até mesmo quando ele só... Olha pra mim, meu coração por algum motivo bate mais rápido... Como se fosse uma bomba prestes a explodir de tanta adrenalina. E honestamente, eu... Não sei se eu consigo mais ser apenas amiga dele... - digo eu sentindo meus olhos ficarem marejados, porém engulo meu choro tentando ao máximo não deixar aquelas lágrimas cairem. A mesma apenas me observava enquanto "conversava" comigo também, me fazendo soltar uma gargalhada.

- Vejo que ela gosta de você. - diz a pessoa da qual eu estava falando segundos atrás na grade da cela.

Me assusto e rapidamente coço meus olhos, tentando limpar qualquer evidência de que eu estava prestes a chorar.


- Carl!! Que surpresa! - digo eu enquanto limpava a garganta. - E então? O que está fazendo aqui? - pergunto eu com um sorriso nervoso no rosto.

- Ham... Eu queria ver a minha irmã. E essa cela também é minha esqueceu? - pergunta o mesmo e eu quase me dou um tapa mentalmente.

"É claro, eu divido a cela com ele". Penso eu quase revirando os olhos.

- É claro... - digo eu dando espaço para o mesmo passar para ver a pequena, porém, ao invés disso, o mesmo me coloca contra a parede, me dando um beijo inesperado, o que me pega totalmente desprevenida, quase querendo surtar. Lento, apaixonado, fofo. Essas eram as palavras certas para definir aquele beijo, e honestamente, estava adorando. Após algum tempo o mesmo para o beijo, me dando alguns celinhos, me fazendo abrir os olhos e olhar para seus belos olhos azuis.

"Lindo..." penso eu olhando para seus olhos, levando minha mão direita a sua bochecha que está corada, apesar de ter sido o mesmo a ter tido a iniciativa.



- O... O que aconteceu? - pergunto eu um pouco atordoada, olhando para o mesmo que me olhava intensamente, causando uma reação inesperada em minhas partes baixas.

- Eu ouvi o que você disse. - diz ele e eu me desespero, arregalando meus olhos e balançando minhas mãos na frente do meu corpo.

- M-Me desculpa! Eu sei o que você vai dizer então, por favor-

- Por favor digo eu! Eu acabei de te beijar e você não entendeu o que isso quis dizer?! - pergunta o mesmo que não aparentava estar irritado, mais parecia estar um pouco chateado por eu não ter entendido.

- Então... Você não está com raiva? - pergunto eu vendo o mesmo sorrir de lado.

- Quer que eu te mostre outra vez? - pergunta ele me provocando, afinal, o conhecia melhor do que ninguém.

- Não seria uma má idéia. - digo eu dando um celinho no mesmo, empurrando-o sem muita força para que eu pudesse passar pelo mesmo, indo em direção à Judith. - Você viu? Seu irmão tá muito tarado! - digo eu com a mesma vendo seu sorrisinho banguelo de sempre, vendo Carl rir com a cena.

- Obrigado por cuidar dela. - diz o mesmo olhando para nós duas, logo dando atenção a pequena. - E você, trate de crescer logo, quero ensinar você a chamar ela de cunhada. - diz Carl apontando para mim, fazendo meu coração errar as batidas por um momento.

- C-Cunhada? - pergunto eu gaguejando por um momento.

- Sim ué. A não ser, é claro, que você não quei-

- Eu quero! - exclamo eu feliz por finalmente ter chamado a atenção do menino ao qual tanto admirava secretamente.


Estava contente, porque no final... Sabia que meu coração havia escolhido a pessoa certa...



◌⑅⃝●♡⋆♡ Fim♡⋆♡●⑅⃝◌

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐂𝐀𝐑𝐋 𝐆𝐑𝐈𝐌𝐄𝐒 🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora