Perdidos | Part 2

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Era sexta-feira, haviam se passado 4 dias e eu ainda estava perdida, e honestamente acho que estou me perdendo cada vez mais nesse monte de mato

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Era sexta-feira, haviam se passado 4 dias e eu ainda estava perdida, e honestamente acho que estou me perdendo cada vez mais nesse monte de mato.
Mais o pior de tudo, era que meu consciente me dizia que era melhor desistir de tentar reencontrar Carl.
Até porque, talvez, mesmo se eu voltasse, seria provável que Rick e os outros do grupo já o tivessem encontrado. E provavelmente já o tinham levado embora e desistido de mim.
Afinal, é sempre isso. Eu me meto em encrenca e eles me salvam.
Talvez eles tenham se livrado de um fardo no final das contas.



No momento em que uma lágrima rola do meu rosto, a seco com a mão.
Choro não vai ajudar em nada...
Pelo menos, não nesse momento.
Me encontro perto de uma pedra reconhecível, arregalando os olhos, um sorriso enorme se esboçando em meu rosto.
Era aquela pedra que ficava a apenas alguns metros da casinha onde Carl e eu estávamos.
Sei que não devo me animar muito, afinal nem sei se ele ainda estava ali, mais honestamente, algo estava me prendendo ao pensamento de que talvez, só talvez, ele estivesse me esperando voltar.
De que ele estava preocupado comigo.




Não calculo o momento certo em que comecei a correr então, apenas me deixei levar pela empolgação, meu coração batendo rápido ao avistar a alguns metros de distância, a pequena casa onde havia visto Carl pela última vez.
E foi nesse momento que eu percebi.
Eu não estava voltando por mim...
Não estava voltando porque necessitava de quatro paredes para me proteger do novo mundo que se mostrara perigoso nos últimos dias.
Eu estava ali por ele.
Porque me importava com ele.
Porque sua companhia me fazia bem.
Porque por algum motivo, ele é único.
Tão único que deveria haver apenas um "porque" mas por motivos desconhecidos, pelo menos por mim, eu tenho muitos porquês de tê-lo por perto.



Ao chegar ao pequeno corrimão que há na pequena casa, nem sequer cogito em bater à porta, apenas a escancaro, vendo nada mais nada menos... Que os móveis velhos que já estavam ali desde que chegamos.
– Carl? – pergunto eu, falando baixo porém um pouco alto para que, apenas quem estivesse ali dentro ouvisse, afinal, não queria acabar chamando a atenção dos zumbis ao invés da dele.
Entro em cada cômodo e, por azar, ou talvez merecimento, não há nenhuma pista de Carl ou sequer para onde o mesmo foi.
– É... Talvez eu tenha me precipitado... – digo eu para mim mesma, querendo no fundo, que algo de muito ruim acontecesse comigo.
Queria que aquilo não passasse de um pesadelo horrível ao qual eu nunca mais queria relembrar.
Mas a verdade eu sabia qual era.
Mas... E se eu estiver errada?
E se ele tiver saído para me procurar?
Afasto estes pensamentos e me sento no sofá velho que havia na pequena sala onde me encontrava.
Isso não me é de impressionar, afinal todos me abandonam em algum momento de suas vidas.
Não é de me deixar surpresa, mas sendo honesta... Porque meu coração aperta somente em pensar isso?






 Porque meu coração aperta somente em pensar isso?

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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐂𝐀𝐑𝐋 𝐆𝐑𝐈𝐌𝐄𝐒 🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora