Taking care of us

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Notas da autora:

Oiiii gente💗 tudo bem com vocês? Espero que sim😊💗 enfim, queria pedir desculpa pela demora para atualizar, é que eu realmente estava sem idéias do que escrever para esse capítulo kkkkkkk.

Enfim, boa leitura💗

A pedido da viihtoriask 💗, espero que gostee💗💗
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Palavras não faladas inundavam minha mente e meu coração naquele momento.
Como você pôde partir assim e ainda levar meu coração?
Comentários ao meu redor sobre fofocas recentes ainda se espalhavam pelas paredes do meu quarto, minha melhor amiga, que havia reencontrado a um ano atrás quando descobri que ela havia sobrevivido a este inferno estava comentando pela décima quinta vez o relato que ela tanto ouvia recentemente, sobre uma garota de 13 anos que havia engravidado no meio de um apocalipse zumbi, coisa que para mim não se é muita novidade.

— E o pior de tudo é que eu estou falando com você há um bom tempo e você não está dando a mínima. — reclama ela se jogando na cama em que eu estava deitada, me fazendo piscar rapidamente e olha-la no rosto em dúvida.

— Perdão, o quê? — indago em completa dúvida.

— Viu?! — exclama ela com um suspiro, se sentando na cama parecendo inquieta.

— Se for sobre a menina que engravidou no meio de um apocalipse aos 13 anos, eu já ouvi isso da sua boca 15 vezes seguidas durante essas duas semanas. — expresso deixando bem óbvio a falta de interesse no assunto.

Ela me olha com o olhar analisador, parecendo caçar algo no fundo da minha alma, me deixando um pouco desconfortável, então me remexo um pouco na cama.

— Estava pensando nele não é? — pergunta ela. Afinal... O que caralhos ela tinha que sabia exatamente o que se passava em minha cabeça? — Está quase desenhado na sua testa. Olha, não cheguei a conhecer ele, mas sei que amor nenhum é inesquecível, você apenas não está se permitindo viver... — articulou como se tivesse plena certeza daquilo.

— No dia em que você se apaixonar por alguém e essa pessoa morrer, poderá vir me dar um sermão de superação. — digo eu dando um sorriso falso para a mesma que revira os olhos.

— Sabe que não foi isso o que eu quis dizer.

— Eu sei. Me desculpe, eu só... Preciso de um tempo para pensar... — falei me levantando, um suspiro saindo por entre meus lábios enquanto dava um abraço rápido na mesma pegando um cachecol quentinho colocando ao redor de meu pescoço, afinal, o clima do dia de hoje estava mais frio do que a temperatura normal da Antártica. Tá, não é para tanto, mas é que eu não sou muito fã do frio, principalmente quando ele ameaça lhe dar um resfriado daqueles. 

Dou alguns passos lentos, afim de que ninguém chegasse perto de mim para conversar, afinal eu realmente não estava para conversar. E então vou em direção a floresta, andando pela mesma, matando alguns andarilhos que cruzavam o meu caminho.
Caminhando apenas alguns metros ao lado norte, vejo uma pequena casa na árvore, sua arquitetura me fazendo sorrir por saber que havia sido feita por crianças, porém havia muita segurança nela.

Com muita calma vou subindo a "escadinha" que havia ali, me agarrando ao corrimão estreito para passar pela pequena porta que havia ali, ao entrar, encontro a pequena Grimes sentada na ponta da outra porta que havia ali, olhando para o horizonte, talvez admirando a vista que a paisagem daqui mostra, ou talvez pensando no mesmo que eu.

— Pensamentos simultâneos? — pergunto, percebendo que em sua mente não se passava apenas um pensamento.

— Talvez. — diz ela sorrindo mínimo para mim, parecendo um pouco triste.

— Posso... Sentar aqui? — indago, apontando para um lugar vago ao seu lado.

— Claro. — enuncia dando espaço para que caiba perfeitamente nós duas ali e eu me sento ao seu lado. — Porque veio a floresta, afinal?

— Queria espairecer minha mente, e não consigo fazer isso em casa.

— Sei como é. Eu... Eu amo meu irmão, mas quando estou com ele minhas lembranças não me vem à mente. — confessa ela e eu a olho.

— Então você também se agarra às lembranças... — penso alto, um rosto familiar e amável aparecendo no branco em minha mente.

— Estamos falando da mesma pessoa? — pergunta ela olhando com um olhar um pouco sarcástico para mim.

— Pelo visto, sim. — digo dando uma risada leve, o clima ficando aconchegante entre nós duas.

Se bem que, entre nós duas o clima sempre foi aconchegante.

— A verdade é que não tem como eu não pensar nele. — digo enroscando meus dedos uns nos outros, meus olhos vibrados neles enquanto me sentia inquieta, a vontade de chorar crescendo em meu peito, mas meu consciente luta com minhas emoções e consigo me controlar. — Eu não sei o que dizer... Eu só o quero de volta... Mesmo sabendo que isso é impossível... — minha voz embargada procura força para sair. — O chapéu, o cheiro de nozes, as HQ's, os livros de ação, as músicas do mp3, tudo... Absolutamente tudo me lembra ele. É como se eu pudesse sentir seu cheiro quando eu acordo... Mas quando eu olho para o outro lado da cama e vejo que está vazia, as memórias me vem à mente. E para ser honesta, é nessas horas que eu queria que a minha amnésia me atingisse. — com uma risadinha, consigo soltar o aperto em meu peito, vendo Judith me olhar com compreensão.

— Eu não me lembro muito dele... Só algumas coisas. Queria ter feito mais memórias, queria ter registrado mais momentos. — a mesma balança sua cabeça, se corrigindo imediatamente. — Não, eu não queria mais memórias, queria mais momentos... Queria que ele ainda estivesse aqui. Eu sinto tanta falta dele... — diz ela, porém diferente de mim, solta suas lágrimas, que caem com força e em grande quantidade em suas pernas cobertas pela calça comprida.

Nesse momento, não sei bem o que me deu, mas meu corpo agiu por conta própria e então a dei um abraço, a confortando. Ou pelo menos tentando fazer isso.

— Eu também sinto muita falta dele... — digo eu por fim, depositando um beijo no topo de sua testa, vendo-a se encolher, escondendo o rosto em meu peito, então faço um cafuné de leve em seu cabelo, sentindo suas lágrimas caírem em minha blusa, porém não me importando.

O sol começa a se por, suas cores em tons de azul claro e um laranja pintando suas pontas, formando uma vista exótica para um clima tão frio, a pequena enxuga suas lágrimas, fungando enquanto puxava o ar pela boca em busca de recomposição.

— Melhor?

— Eu é quem pergunto. — diz ela é sorrimos.

— Eu estou bem. — dizemos ao mesmo e então nos olhamos sérias por um momento, apenas para cair numa gargalhada.

Quem diria que estávamos chorando?

— Bom, eu vou voltar agora, cuidado quando for voltar também. — digo começando a me levantar, batendo em minhas calças para tirar a poeira. — E... Judith... Não importa aonde esteja, ou com quem esteja... Ele sempre vai estar com você... Aqui. — aponto para seu coração, uma brisa suave balançando nossos cabelos enquanto compartilhamos sorrisos doces uma com a outra antes que eu voltasse para o lugar onde estava ficando.

O qual não podia chamar de lar, já que esse substantivo era a definição completa dele.





◌⑅⃝●♡⋆♡ Fim ♡⋆♡●⑅⃝◌

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐂𝐀𝐑𝐋 𝐆𝐑𝐈𝐌𝐄𝐒 🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora