Reencontro

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Não sabia ao certo qual era o maior mico que já havia pago em sua vida, mas nesse exato momento, havia se tornado o que havia acabado de ter acontecido.

A garota, que havia chegado a pouco tempo em Alexandria, um pouco depois de Carl e sua família, descobriu de cara que teria que ficar com a família do Grimes, devido não ter com quem ficar e por Deanna insistir, já que estavam todos no mesmo barco, em outras palavras, todos eram "novatos" em sua comunidade.

E nesse exato momento, ela se encontrava em uma situação de extrema vergonha. Havia sido bem recepcionada na casa a qual foi direcionada, mas quando foi para seu devido quarto, o qual iria dividir com Carl, que era seu melhor amigo e amor de infância, mas devido tudo o que aconteceu acabaram não se vendo mais, acabou de esparramando no chão como um saco de batatas bem pesado quando abriu a porta.


— Você está bem? — pergunta o rapaz de madeixas castanhas, seus olhos vasculhando com cuidado os cantos da garota que se encontrava no chão de seu quarto após o pequeno incidente.

— Estou! Só... Preciso me levantar. — diz a menor, sua cara um pouco ruborizada pela vergonha de ter sido desastrada.


Quando os olhos da garota finalmente se elevam para olhá-lo, sua surpresa é bem eminente, assim como a de Carl, que arregala os olhos ao olhá-la agora de um ângulo melhor.


— S/n? — pergunta ele com surpresa no olhar, o coração do rapaz acelerando quando descobriu que a garota a qual havia se declarado para ele no passado e a que lhe arrancou muitos suspiros apaixonados antes estava ali, a sua frente.

— Oi, Carl. — diz ela, um sorriso mínimo enfeitando seu rosto, agora ainda mais belo do que ele lembrava.

— Quando ouvi que teria que dividir o quarto com uma garota nova que havia chegado não fazia idéia de que era você. — diz ele piscando rapidamente os olhos, seu coração e seu cérebro orgulhosos de si mesmo por ter tomado tal decisão de compartilhar um quarto com uma "desconhecida".

— É... Também foi uma surpresa para mim quando ouvi que iria ter que conviver com a família Grimes, apesar de saber que apenas você, seu pai e sua irmãzinha ter esse sobrenome, embora isso não diga nada na situação em que estamos vivendo nesses últimos tempos. — diz ela colocando a mochila perto da cama onde iria dormir, os olhos do maior nunca desviando da mesma.

— ... E seus pais? — pergunta ele sem rodeios, o que faz a garota parar por um momento para refletir sobre o que falar e respirar fundo para não chorar. 

— Eles morreram. — com um suspiro, ela diz, não queria dar muitos detalhes então apenas foi breve. — Meu pai morreu logo no início de tudo. Minha mãe... Bom, foi o mais difícil de aguentar... Ela morreu a cento e vinte dias. — diz por fim, engolindo o choro, afinal a pequena não estava acostumada a ficar sem a presença da mãe, por mais que as vezes a mesma fosse chata consigo, era a única companhia que ainda lhe restava.

— Oh... Sinto muito. — diz o maior, seu semblante emanando tristeza. — Minha mãe também morreu... A alguns anos, no trabalho de parto... Ela não aguentou então... Ela se foi, e eu não queria que ela voltasse como uma daquelas coisas... Então eu atirei nela... — suspira fundo, sentando-se na cama enquanto cruzava os dedos das mãos. — Todos os dias eu penso que a matei... Mas penso que foi melhor desse jeito...

— Você não a matou. Ela já estava morta, só a impediu de causar estragos como essas outras coisas... — diz a garota por fim, sentando à sua frente na sua própria cama, devido as camas ficarem perto uma da outra. — Algumas coisas são impossíveis de mudar, e essa era uma delas. Não se culpe por algo ter saído do controle e você ter tomado as rédeas disso. Se tivesse deixado ela viva seria ainda pior, sabe-se lá o que ela poderia fazer a um de vocês. — pensa a garota, seus olhos indo para outra lugar enquanto imaginava o que poderia ter acontecido.

— Fico feliz que esteja bem. De verdade... — suas pupilas azuis que a encaravam com intensidade agora a encaram ainda mais.

— Eu também Carl. Eu também. — diz ela, dando um sorriso para o garoto que a olha com carinho. A mesma olha para seu braço, a pulseira que ela havia dado a anos atrás de trancinha para ele ainda estava no mesmo local, o que a fez sorrir e mostrar o braço. — Também guardei bem a minha. — sorrindo meigamente, ela faz o coração do mesmo palpitar, seus olhos se arregalando ao ver que a mesma ainda se lembrava da promessa que haviam feito juntos no dia em que colocaram as pulseiras um no outro.



"Na vida e na morte, essa será nossa marca. E só iremos tirar se for para colocar uma aliança no dedo no lugar da pulseira." Como se ainda pudessem ouvir suas vozes daquele tempo, os dois riem, seus olhos se encontrando com felicidade genuína por estarem juntos novamente.


— E aí? Quando vai colocar uma aliança no meu dedo? — pergunta o acastanhado com um sorriso sapeca no rosto, fazendo a menor rir de sua fala.

— Não era eu a pessoa que deveria dizer isso? — sorri mais uma vez, o rapaz se sentando em sua cama agora para lhe dar um abraço apertado, como se ela fosse desaparecer a qualquer momento como uma alucinação, se afastando um pouco apenas para dizer ...

— Contanto que permaneça ao meu lado o resto da vida, não ligo se estamos ou não de aliança... — e com um selinho, ele esboça um sorriso no rosto da garota, que para si era como uma musa.








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Oiiiiiiiiiii meus amores❤️ desculpem o capítulo ter saído uma bosta é que eu tava sem muita criatividade mas queria postar algo pra vocês🙃 enfim, obrigada por lerem até aqui, logo logo estarei postando os pedidos que foram feitos nos comentários do capítulo anteriooor!!🥰 Beijoooo, até mais!!❤️


𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐂𝐀𝐑𝐋 𝐆𝐑𝐈𝐌𝐄𝐒 🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora