Meu arco-íris

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— Tá, mais já imaginou que o Ron pode não ser a pessoa que você acha que ele é? — pergunta Carl andando de um lado para o outro no quarto pela vigésima vez, me fazendo suspirar revirando os olhos.


Carl passou a semana inteira me enchendo o saco pois, eu havia decidido ir com Ron à festa que iria acontecer na casa da Deanna. E desde então, estava o tempo inteiro me dando sermões.


— Acho que você está exagerando Carl. Sei que não confia cem por cento nele, mas poxa, ninguém mais fora ele me chamou para a festa na casa da Deanna hoje... Não queria ir sozinha ou pior, não ir. — digo eu largando minha revista em quadrinho na cama a qual eu estava sentada, fazendo gestos com as mãos enquanto falava, afinal era uma maneira minha de me comunicar melhor. — Digo, todo mundo vai com alguém. Maggie vai com Glenn, seu pai vai com Michonne já que não pode ir com a mãe de Ron pelo fato de ela ter que ir com o marido idiota dela, você vai com Enid e então sobrou eu, que graças ao Ron não estou sobrando mais.

— Mesmo assim S/n, você não pode simplesmente fazer algo com alguém que não conhece. — diz o mesmo parando, me dando um sermão me fazendo revirar os olhos.

— Porque não? — pergunto eu me levantando da cama, perdendo meu último resquício de paciência que restava. — Você convida a Enid para ir para a festa, vem aqui me dizer na cara de pau e fica puto quando eu aceito o pedido do Ron? Qual a sua Carl? Pode me contar por favor, porque honestamente eu estou começando a achar que você está ficando louco. — digo eu pois, o mesmo me confundia o tempo inteiro. Hora se importava outra não estava nem ai, hora falava mal do Ron outra dizia para que eu desse uma chance ao mesmo. Essa situação estava para me fazer puxar os cabelos.



O mesmo apenas fica calado por um momento e eu reviro meus olhos.


— Se nem você sabe o porque de estar agindo assim, não venha com essa de tentar me dar sermão. Primeiro repare nos seus erros para vir reparar nos erros dos outros. — digo eu apenas pois, poderia realmente estar sendo errado ir com Ron nessa festa, porém mais errado ainda estava ele por estar se intrometendo no que não lhe diz respeito.

— A verdade é que você ainda é mais lesada que eu... — diz o mesmo me deixando em dúvida, porém fico apenas escutando o mesmo falar, sabendo que ele iria continuar. — Você não enxerga que eu não queria que você fosse com ele? Eu queria que você fosse comigo! — diz ele me pegando de surpresa. — Eu... Eu não sei porque só tive coragem de dizer isso agora, mas honestamente eu precisava que você soubesse. Eu não queria ir com a Enid. Só chamei ela porque pensei que se lhe chamasse você me recusaria. — diz o mesmo e eu sinto meu rosto queimar.

— Idiota... — digo eu cobrindo meu rosto com vergonha. — Ainda podemos ir juntos se você quiser... — digo eu e o rosto do mesmo se ilumina.

— Sério?! Você ainda iria comigo? — pergunta o mesmo com seu rosto se iluminando.

— Sim... — digo eu apenas e o mesmo sorri vitorioso.



Carl apenas se aproxima de mim, seu corpo se elevando ao meu já que ele era bem mais alto. O mesmo põe seus braços ao redor de mim em um abraço apertado, me fazendo ficar surpresa, porém retribuir o ato.



— Se eu soubesse que você também estava com ciúmes de mim e de Enid talvez nunca teria convidado ela... Você é uma boa atriz. — diz o mesmo me fazendo soltar um risinho.

— E você? Parecia que estava tendo algum tipo de crise ou algo do tipo. — digo eu rindo do mesmo que cora fortemente enquanto ainda me abraçava.

— É lógico que eu iria sentir ciúmes! Não confio muito em Ron, e também, não queria minha garota indo para uma festa se mostrando em público com ele. — diz ele fazendo biquinho.


Tão fofo...
Penso eu dando um leve riso, o fazendo olhar para baixo com os olhos semi cerrados.


— O que você tá pensando mocinha? — pergunta ele e eu faço uma cara de inocente, não iria admitir para o mesmo em voz alta o que se passava em minha mente.

— Nada. — digo apenas, tentando reprimir uma risada, porém fracassando fazendo o mesmo ficar olhando para mim com um sorriso.

— Nada é? Ok. — diz o mesmo apenas, me pegando desprevenida começando a me fazer cócegas.

— Para! Carl! — digo eu e o mesmo continua. — Eu vou te matar quando eu me recompor! — digo eu e o mesmo continua, jogando-me na cama, ainda continuando com as cócegas me fazendo dar altas gargalhadas, já quase sem fôlego.



Carl se cansa e então para, enquanto olhava serenamente para mim, que ainda recuperava meu fôlego.



— Já recuperou seu fôlego? — pergunta ele vendo eu respirar normalmente.

— Sim.

— Ótimo. — diz o mesmo me deixando na dúvida.

— Como assim, óti—


No mesmo momento ele me surpreende, me dando um selinho. Após o selinho o mesmo examina meu rosto, provavelmente em busca de alguma rejeição, pois eu sei que se o mesmo ver em meus olhos qualquer demonstração de rejeição, ele iria parar ali mesmo.
Porém a resposta que lhe dou é outro selinho, fazendo o mesmo arregalar um pouco os olhos em surpresa.


E desta vez, ao invés de apenas um selinho inocente, ele me dá um beijo. Um beijo calmo e doce. Talvez eu possa me acostumar com aquilo...

O mesmo separa seus lábios do meu com vários selinhos, logo após roçando seus lábios nos meus, de um lado para o outro, parando após um tempo apenas para ficar encarando meus olhos.



— Que foi? — pergunto eu com um sorriso nos lábios, sentindo-me plena por ter desfrutado daquele pequena intimidade com ele.

— Eu te amo.

— Eu também te amo, Carl. — digo eu e o mesmo me dá outro selinho.


O mesmo sai de cima de mim e se deita na cama ao meu lado, puxando minha cabeça para seu peito, fazendo um leve cafuné em meu cabelo.


— Obrigado... — diz ele ainda me fazendo cafuné.

— Por? — pergunto eu intrigada por seu agradecimento repentino.

— Por ter se tornado meu arco-íris no meu mundo preto e branco. — diz ele e eu apenas sorrio em silêncio.



Mas honestamente... Eu também tenho muito a lhe agradecer.


Agradeço a você, Carl, por me fazer acreditar no amor quando eu já estava quase sem esperanças...

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐂𝐀𝐑𝐋 𝐆𝐑𝐈𝐌𝐄𝐒 🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora