Consolo II

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Alguns meses depois...





— O QUE CARALHOS EU FALEI SOBRE BATER NELE?! — grito eu sem paciência, pois Carl havia batido em meu ex.

— Se sabia que eu faria isso por que me deixou ir "falar" com ele?! — pergunta ele exasperado, sua impaciência quase crescendo, mas sua calma permanecendo apesar de tudo.





Solto um suspiro enquanto passo minhas mãos pelo rosto, minha mente vagando pelas lembranças do rosto sangrento do meu ex quase sendo morto às pancadas por Carl. Não importa o que tenha ocorrido durante a conversa deles, não era para isso ter acontecido. 





— Você... Você... — procuro palavras para falar, mas a única coisa que me vêm a mente no momento são as lembranças de Carl quase o matando. — Você ia matar ele? — pergunto eu, minhas mãos tremendo agora por causa do baque repentino. Tinha que perguntar, afinal se ele tinha coragem de fazer aquilo com meu ex, podia muito bem fazer comigo. Apesar de saber que não chega sequer aos pés desta situação.

— Não... Eu não... Eu jamais o mataria, eu só... — ele tenta se aproximar, mas eu dou um passo grande para trás, o olhando nos olhos e ele corta seu passo, fechando seus olhos suspirando profundamente. — Minha intenção não era matá-lo. Eu só... Queria dar a ele uma lição da qual ele nunca se esquecesse... E... Eu nunca me perdoaria se deixasse essa chance passar, ainda mais quando ele a ofendeu pelas costas na minha presença... — ele faz uma pausa, enquanto eu apenas o escuto, analisando todas as suas palavras. — Sei que está com medo agora... Sei que tem medo que eu faça isso com você também caso fique enfurecido com você no futuro, mas eu lhe prometo, de todas as maneiras possíveis, que eu nunca, nunca faria nada disso com você. — diz ele, suas mãos aos lados do corpo enquanto ele soltava vários suspiros, talvez assustado com a minha resposta, ou talvez só cansado desta situação.






Lentamente, muito lentamente, me aproximo dele, tocando sua mão que agora se encontra machucada por conta dos socos desferidos, segurando-a com delicadeza enquanto seus olhos me encontram, tristes.





— Tá tudo bem, Carl. Eu não estou mais ligando para isso... Só... Vamos cuidar da sua mão, tá bom? — digo eu sorrindo docemente para ele, minha preocupação agora sendo depositada sobre si, e não em mim.

— Tá bom... — um sorriso doce se esboça em seu rosto, seu olhinho se fechando um pouco enquanto olhava para mim.






[...]




𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐂𝐀𝐑𝐋 𝐆𝐑𝐈𝐌𝐄𝐒 🤍Onde histórias criam vida. Descubra agora