capítulo dois.

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Eu tentei ficar tranquilo, alegando para mim mesmo que Park e Lee sequer tinham recebido os desenhos, junta da declaração que meu irmãozinho mais novo fez se passando por mim, e que se tivessem recebido, apenas ignoraram, rindo do besta iludido aqui, sim, com certeza eles fizeram isto.

Mas eu não consegui ficar tranquilo, batucando os dedos em minhas coxas cobertas pela o tecido fino do uniforme escolar, dentes maltratando os próprios lábios, ao ponto de sair um pouco de sangue, e aquela tremedeira nas pernas, eu sou patético, eu sei, mas não é como se eu pudesse, ou conseguisse, evitar. Sunoo parecia se divertir com meu sofrimento, e eu me arrependi de não ter o batido quando tive a chance, agora era obrigado a suportar suas piadinhas para cima de mim, e minha mãe ainda ia na onda dele, oras, eu não merecia isto, deveriam me apoiar e me ajudar a fugir do país, dramático, eu sei, mas eu estou nervoso, nada do que eu falar aqui, neste estado que estou, é para ser levado a sério, é apenas o nervosismo falando mais alto.

- Jaeyun, cacete, acorda para a vida. - Ouço sunoo dizer, leia-se gritar, enquanto me encarava com tédio. Eu saí de meus pequenos devaneios e encarei meu irmãozinho com cara de poucos amigos.

- Sunoo eu vou te bater, moleque, eu ainda sou seu hyung. - Falo, tirando o cinto, minha mãe, que só assistia tudo em silêncio, se pronuncia, tendo tanto minha atenção sobre si quanto a de sun, que antes me encarava de forma divertida.

- Vá logo, jaey. Tenho que levar seu irmão no colégio ainda, e boa sorte filho, mamãe está na torcida por você, vê se lasca um beijo logo no sunghoon e no heeseung, para de vergonha, eles já sabem que você gosta deles, só vai na fé, anjinho. - Encarei minha mãe chocado, enquanto sunoo só sabia rir feito hiena, era mesmo um complô contra mim, não é possível.

- Pelo amor de Deus, mãe. - Falei emburrado, saindo de dentro do carro com um bico enorme nos lábios, ouvindo a risada de minha mãe e de sunoo de longe, ao que eu caminhava de forma medrosa para dentro do colégio.

- Que cara de cu é essa? - Ouço a voz do meu melhor amigo, e logo o vejo andando ao meu lado, com seu sorrisinho tipico no lábios, sério, se o jongseong não fosse meu melhor amigo, eu viveria ao socos com ele, não que eu já não faça isto, mas tudo com amor, é claro.

- Hoje não, seong. - Peço, olhando envolta com certo medinho, eu evitaria, se preciso, heeseung e sunghoon o ano inteiro, até terminamos a escola. Jongseong, ou Jay, como ele gostava de ser chamado, porém eu não chamava, apenas de nojento, percebeu o modo como estava agindo e se colocou em minha frente, fazendo eu parar de andar e quase da de cara consigo.

- Garoto? O que foi? Está olhando estranho assim para mim por quê? - Questionei, o vendo levantar uma de suas sobrancelhas, tentando me ler com o olhar, jay é esperto, logo logo ele descobre sobre os desenhos e que Park e Lee sabem de minha paixão por si, leia-se penhasco, como diz sunoo, e ai sim tudo estaria perdido.

- 'Tu ta estranho, o que 'ta rolando, Sim? Pode me falando. - Cruzou os braços sobre o peito, me olhando de forma seria. As vezes ele me assustava, e olha que é bem difícil eu me assustar com algo ou alguém. Eu engoli em seco, dando meu melhor sorriso, que claro, não o convenceu nenhum pouco.

- O que? Não está acontecendo nada, por que você acha que está acontecendo algo? - Ok, eu não sabia mentir, deixava tão evidente de que estava escondendo algo, me odiei por isto.

- Até parece, jaeyun, quer mentir para mentiroso? Pode ir falando, anda, estou esperando. - Eu sabia que ele não iria desistir, não até saber de tudo, então, me dei por vencido, suspirando de forma derrotada, o que arrancou do park mais velho um sorriso vitorioso.

- Ok, ok. Irei contar, então..

- Sim Jaeyun? - Ouço uma voz grave me chamar de longe, e eu congelo, sabia de quem pertencia aquela voz, e a fala seguida de jay apenas confirmou está hipótese.

- Por que caralhos o Sunghoon, junto do Heeseung, estão vindo em nossa direção, e desde quando Heeseung sabe teu nome? - Era possível ver que o park mais velho iria surtar ali mesmo, sua cara era engraçada, mas não dei risada porque a minha deveria estar bem pior.

- Jongseong, eu estou com vontade de fazer xixi, fica aí, eu já volto. - E sai correndo, ouvindo a voz aguda do jay chamando por mim, seguida da de Heeseung e Sunghoon. Céus, eu estava ferrado, lascado, tudo de ruim neste mundo, eles viram os desenhos, leram a declaração idiota do meu irmão e agora querem tirar satisfação comigo, claro, bem para me dar um fora, não, está humilhação eu não passo, nem que eu tenha que me esconder o ano inteiro deles.

Eu entrei no banheiro, graças ao céu, vazio, de forma afobada, hiperventilando ao extremo, chegando em casa mataria o sunoo, sim, estou nesta enrascada por causa dele. Andei até pia sentindo minhas pernas moles, molhei meu rosto e o sequei, me sentindo um pouco mais calmo.

Ouvi o som da porta do banheiro se abrindo, mas não liguei muito, não até ouvir a voz de sunghoon soar atrás de mim, muito, muito mesmo, perto de mim.

- Fugindo da gente, gatinho? - Sua voz saiu rouca, e eu pensei que fosse morrer ali mesmo, céus, no que eu me meti?


𝖭𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗎 𝗆𝖾 𝗆𝖾𝗍𝗂? 𝖧𝖤𝖤𝖩𝖠𝖪𝖤𝖧𝖮𝖮𝖭.Onde histórias criam vida. Descubra agora