capítulo vinte.

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Me remexo na cama, lentamente acordando, e xingo baixo quando uma pontada em minhas nádegas se faz presente, causando-me desconforto.

Há braços agarrando minha cintura, e é uma tarefa árdua me desvencilhar deles, já que ambos meus namorados me abraçavam como se fosse um ursinho de pelúcia; mas por fim consigo, e ainda grogue pelo sono me ergo da cama, e coloco a mão sobre minha bunda, sentindo-a doer outra vez.

Quando meus olhos por fim se abrem por completo, vejo a bagunça que o quarto se encontra. Há roupas, cuecas e camisinhas jogadas no chão, este último causando um rubor forte em minhas bochechas.

Céus, eu transei, a ficha finalmente pareceu ter caído.

A dor em meu buraquinho judiado não me deixava esquecer - não que eu quisesse - da noite passada. Forá tudo tão bom e perfeito. Eles me fizeram tão bem..me encheram tanto, e mal posso esperar para repetir a dose outra vez.

— O que você está pensando, seu depravado? - coloco as mãos sobre meu rosto quente, e fecho meus olhos, chacoalhando a cabeça. — Um banho, eu necessito de um banho, e bem gelado.

Sussurro para mim mesmo, evitando fazer barulho para não acordar meus namorados, que agora dormiam agarradinhos, e sigo para o banheiro enrolado em uma toalha bege, a mesma que usei ontem a noite, depois de voltar da praia.

O banho fora longo, lavei meu cabelo, meu corpo, e fiquei uns minutos a mais pensando com que cara olharia para o pessoal.

Eles não ouviram nada, certo?

Claro que não; não fizemos muito barulho, afinal.

Errado.

Eu não podia estar mais enganado.

Quando terminei de me lavar, e tirar o sabonete do corpo, me retirei do banheiro, e segui de volta para o quarto. Os meninos ainda dormiam como pedras, e continuaram assim até o momento que eu me retirei do quarto - desta vez vestido e limpo, indo tranquilo para a cozinha, onde a família já se reunia para tomar o café.

Quando adentrei o cômodo estava tranquilo, porém, a tranquilidade durou menos que cinco segundos.

— Veio se alimentar depois de levar surra de pica? - Jongseong levantou-se animado, e andou em minha direção, abraçando-me pelos ombros. — Tia, veja, ele 'ta acabado. Jaey, eles foram muito rude com você? Te vi mancando quando entrou aqui. - o tom falso de preocupação, assim como o sorriso zombeiro nós lábios do Park, me fizeram travar, completamente corado.

— 'Tá falando do que? - se fingiu, e riu nervoso, sentindo o amigo apertar de leve os braços em seus ombros.

— A surra foi tão forte que perdeu a memória?

Um conjunto de risada, embora baixo, preencheu a cozinha, fazendo Jaeyun desejar sumir do planeta terra.

Quando subiu o olhar para o restante da galera, sentiu vontade de sair correndo ao ver que todos - inclusive sua mãe - lhe sorriam com malícia e divertimento.

Talvez se enforcar com papel higiênico não fosse uma ideia tão ruim. Na verdade, naquele momento, se tornou bem tentadora.

— Para com isso, Seong. Ele 'tá morrendo de vergonha. - Jungwon interviu, para a alegria de Sim, e tristeza de Park, que resmungou mas acatou o pedido do mais novo, voltando a se sentar ao seu lado.

— Obrigado, Wonie. Você é o único que me ama aqui nesse recinto. - ouço o mais novo rir fraco com meu drama, e ando em direção a umas das cadeiras livres, fazendo o possível para de fato não mancar. Não aguentaria mais uma chuva de comentários sobre.

𝖭𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗎 𝗆𝖾 𝗆𝖾𝗍𝗂? 𝖧𝖤𝖤𝖩𝖠𝖪𝖤𝖧𝖮𝖮𝖭.Onde histórias criam vida. Descubra agora