capitulo dezessete.

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Quando eu acordei, já era por volta das seis e cinco da manhã; os meninos foram os primeiros a levantarem, e quando me dirigi para o banho, ambos já estavam devidamente vestidos com o uniforme escolar.

Não consegui ingerir nada no café, nada além de um copo de água. Estava sem fome, e o embrulho no estômago não ajudava muito minha situação.

Mamãe preparou cookies na noite passada, e colocou o suficiente em um pote para mim, e os meninos comermos mais tarde. O olhar preocupado dela era visível, mas ela se manteve calada quanto a isso, tentando me fazer distrair um pouco a cabeça.

Agradeci por isso, apesar de não conseguir manter minha mente muito tempo longe de pensamentos ruins.

Dentro do carro, a caminho da escola, mamãe e Sunoo debatiam seriamente sobre nossas férias em julho; já que, todo ano, viajavámos juntos e aproveitavámos esse tempo em família, sem aquela nossa rotina corrida por conta do trabalho e da escola.

Agora, com Sunghoon e Heeseung na família, eles pareciam ainda mais empolgados em planeja-la.

— Podemos ir a jeju. - sugere meu irmão, e nossa mãe pondera, achando uma boa ideia.

— Não é uma má ideia. - diz por fim, sem tirar os olhos da estrada. — Seu avô tem uma casa lá, onde podemos nós alojar. - para no sinal, e me olha sobre o retrovisor. — O que acha, filhote?

— Gosto de lá. - murmuro, e a vejo sorrir, concordando. — Acho que é uma boa, e os meninos vão gostar. - digo, me referindo aos meus namorados.

— Claro que vão, e a casa é grande, quatro quartos, uma sala, dois banheiros e um quintal grande. É perfeito. - a Sim mais velha volta a dirigir assim que o sinal abre, e meu irmão comemora, batendo palminhas.

— Posso chamar o Niki? - questiona com um sorrisinho.

— Claro, claro, chame o menino Nishimura. Afinal, meu futuro genro é sempre bem vindo. - pisca um dos olhos para o meu irmão, e este cora, rindo fraco.

— Não fale assim perto dele, por favor. - implorou, e a matriarca sorriu ladino, dando de ombros.

— Não prometo nada. - cantarolou, e sun gemeu frustado, arracando risos da mais velha.

No banco de trás, o clima era diferente; eu estava quieto, e fitava o rua pela janela do carro. Meus dedos estavam entrelaçados ao de Hee, e ele conversava baixo com Hoon. O tom de sua voz denunciava a preocupação, e eu julguei ser o culpado dela.

— Gatinho? - Hoon chamou, e eu direcionei meu olhar lentamente para ele, vendo-o sorrir suave para mim. — Estamos quase chegando. Tudo bem? - colocou a mão sobre a minha e a da Hee, e eu suspirei, sorrindo bobo com aquele gesto.

— Só estou um pouco nervoso. - sou sincero. — Tenho alguns pensamentos invasivos, e eles me assustam. - murmuro, não querendo que minha mãe e irmão escutem; chega de dar mais preocupações á eles, também não queria estragar a animação deles. — Eu sei que Taehyun não vai estar lá..mas, eu tenho medo mesmo assim. - solto um riso sem graça, desviando o olhar para nossas mãos juntas. — É bobo, eu sei.

— Não é. - ouço Hoon falar, tão baixo, suave, cheio de um carinho que me constrage as vezes. — Amor, seus medos e preocupações não são bobos. Não para nós. - encara rapidamente Hee, que assente com a cabeça, concordando com a frase do namorado.

— Não faço ideia do que esteja passando nessa sua cabecinha. - Hee acaricia as costas da minha mão, e sinto um beijo vindo dele em minha testa, acalmando um pouco o caos que estava dentro de mim. — Mas nada do que esteja pensando vai acontecer, porque estamos com você. - ergui meu olhar, e me deparei com os seus; eles me encaravam com brilho e compreensão; tudo junto, e eu me senti novamente amado. — Jongseong e Jungwon também estarão ao seu lado. Você não está sozinho, Jaey. Vamos passar por essa juntos, tudo bem? - sua mão se afasta da minha, e sobe para o meu rosto, tocando gentilmente uma de minhas bochechas.

𝖭𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗎 𝗆𝖾 𝗆𝖾𝗍𝗂? 𝖧𝖤𝖤𝖩𝖠𝖪𝖤𝖧𝖮𝖮𝖭.Onde histórias criam vida. Descubra agora