Demorou, mas saiu!! rs
Eu revisei o capítulo, mas pode haver algum erro que passou despercebido por mim, então desde já peço desculpas.Espero que gostem, meus docinhos. Boa leitura!!
[✰]
Encaro minha própria figura no reflexo do espelho, tentando me ver ali, desesperadamente me encontrar no que vejo, mas não vejo nada. Não me encontro, não me vejo.
Não havia marcas em meu corpo, nada que, fisicamente, me lembrasse aquele dia; todavia, as feridas estavam ali, dentro de mim, como uma lembrete daquele desgraçado, e do que ele fez comigo.
As idas no psicólogo de nada tem ajudado, e eu desisti de ir. No começo houve briga, mamãe não aceitou, ninguém, na verdade, mas eu estava decidido; não via resultado indo lá, não me sentia melhor, nem mesmo que pouco. Uma hora cansaram de insistir para que eu fosse, e eu agradeci por isso.
Não pisei na escola desde então. Nada mudou. O mundo continuou girando, as pessoas, depois de uma semana, pararam de falar sobre o incidente, e tudo fora esquecido. Mas não por mim.
Em um pulo eu acordo, gritando e chorando como em todas as noites. Sunoo logo aparece. Ele para ao meu lado, e nós encaramos em silêncio até que eu me acalme.
— Estou bem. - murmuro, cansado.
Não houve uma resposta. O rosado me puxou para os seus braços, e me abraçou de forma protetora. Ele encosta o queixo suavemente no topo da minha cabeça, e eu suspiro, sentindo seu cheiro corporal me acalmar.
Fecho meus olhos e o abraço de volta, sentindo-me seguro. Estava em casa. Era Sunoo ali, meu irmãozinho. Estou seguro. Ele não vai me pegar.
— Quer que eu durma aqui?
A voz doce do meu irmão soa, e eu, sem hesitar, assinto. Dormir sozinho se tornou ruim para mim, já que, constantemente tenho pesadelos.
Meu irmão, sem desgrudar de mim, se deita comigo na cama, e cobre quase todo nosso corpo junto.
Cansado, encosto minha cabeça em seu peito, e o sinto iniciar um cafuné, me deixando um pouco mais sonolento.
— Me desculpe. - peço, baixo.
— Pelo o que? - respondeu no mesmo tom, confuso.
— Por dar tanto trabalho.
— Não diga isso. - me censura, parecendo chateado. — Você nunca deu, ou dá trabalho, Jaeyun. - crispo os lábios em uma linha reta, e o ouço suspirar. — Eu te amo, Hyung. Só quero vê-lo bem. - sua voz treme um pouco, e sei que está segurando a vontade de chorar.
Aperto seu corpo magro dentro do abraço, e o ouço fungar, me apertando de volta.
— Eu também te amo. - me afasto um pouco, e procuro por seus olhos, sorrindo fraco ao encontra-los. — E ficarei bem, prometo. Só preciso de um pouco mais de tempo. - vejo seus olhos brilharem pelas lágrimas, e toco em seu rosto, beijando sua testa em consolo.
— Não faça isso. - pede, baixo.
— Isso o que? - solto uma risada fraca.
— Não me console. Sou eu quem deve fazer isso. - me puxa de volta para recostar a cabeça em seu peito. — Sei que deseja chorar. Não segure.
Fecho meus olhos e mordo meus lábios, me permitindo aquilo. Sunoo nada disse, e só me abraçou com mais força.
Em dado momento eu adormeci, o rosto inchado e banhado pelas lágrimas, mas desta vez, não sonhei com nada. Apenas dormi, como a muito tempo não dormia.

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𝖭𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗎 𝗆𝖾 𝗆𝖾𝗍𝗂? 𝖧𝖤𝖤𝖩𝖠𝖪𝖤𝖧𝖮𝖮𝖭.
Fanfiction[EM REVISÃO] Em uma bela tarde de domingo, o menino Jaeyun se encontrava em seu quarto, desfrutando de uma boa leitura quando, de repente ouve o grito agudo e fino do seu irmão mais novo, seguido do garoto de fios rosa entrando em seu quarto de form...