— Aqui, beba um pouco. - me sentei ao lado de hee, e lhe entreguei um copo de água. ele já não chorava mais, todavia, seu olhar parecia vazio, e os machucados em seu rosto me causavam um aperto enorme no coração. ve-lo daquele jeito era terrível.
— Obrigado, anjo. - agradeceu baixo, e sorriu pequeno, pegando o copo de minhas mãos, dando um gole generoso na água.
— Espere um segundo. - pedi, e me levantei da cama. Heeseung me fitou confuso, mas nada disse.
Com passos silenciosos me retirei do quarto e fui em direção ao banheiro. De lá trouxe comigo um pequeno kit de primeiros socorros. Sabia o básico de cuidar de alguns machucados, e eu não poderia deixar o rosto de lee naquele estado. Queria cuidar dele.
— Eu posso? - me sentei novamente ao lado de hee, e indaguei, fitando seus cortes. Havia um no canto da boca, outro em sua bochecha esquerda, e um pequeno roxo em um dos olhos. Como puderam machucar alguém tão precioso como Heeseung?
— Claro. - respondeu, e sua voz soou tão quebrada, que algo em mim se partiu por completo. Estava decidido a cuidar de todos suas feridas, internas ou externas. Catar os caquinhos de seu coração, conserta-los, e amo-lo. Porque algo me diz que tudo o que Heeseung precisa, é de um pouco de amor.
— Você quer me contar..o que aconteceu? - abri a caixinha em meu colo, e me aproximei de lee. peguei um cotone, seguido de um remédio para passar em seus cortes, e o ouvi suspirar pesado ao meu lado.
— Meu pai.. - começou, hesitante. não o interrompi, e deixei que se abrisse para mim quando se sentisse pronto. — Ele bebe, bebe muito. - desviou o olhar, ao mesmo tempo que afundei um pouco o cotonete no remédio, e com cuidado, o aproximei de seu corte na boca. — Aí! - gemeu de dor quando toquei em sua ferida.
— Me desculpe. - pedi, afastando o cotonete. ele negou com a cabeça, e trouxe minha mão para perto novamente; em um pedido mudo para que eu continuesse.
— Eu só me assustei. - explicou, e eu assenti, voltando a passar o remédio no corte. Heeseung fechou os olhos, e voltou a falar. — Ele tinha parado, achei que tivesse largado mão de vez. - riu fraco, se achando bobo por pensar nisso. — Mas hoje ele chegou alterado em casa, bêbado, quebrando tudo. - engoliu em seco, e eu subi o cotone para seus os outros cortes, fazendo o mesmo processo dos lábios. — Eu..tentei impedir ele de quebrar a casa, mas meu pai ficou ainda mais irritado, e..me bateu. - parei o que fazia, e subi meu olhar para os de Heeseung. ele ainda os tinha fechado, parecia não ter coragem para me fitar. — Me desculpe aparecer tão tarde, aqui, Jaey. Mas..eu não quis ligar pro Sunghoon, para não preocupa-lo, e..senti que precisava te ver. Por isso mandei mensagem.
Desviei o olhar, e terminei de limpar seus cortes; Peguei um pomada, e passei delicadamente em seu olho roxo. Por fim, segurei em seu rosto com minhas mãos, e sorrir suave em sua direção.
— Fez bem em vir até mim, Hee. Não peças desculpas. Estarei sempre aqui quando precisar de mim. - beijei a testa do mais velho, e fiz um rápido carinho de esquimó no moreno, vendo-o abrir um sorriso com meu ato. — Eu sinto muito pelo seu pai, há algo que eu possa fazer para te ajudar?
— Você já está fazendo, jaey. - Heeseung abriu os olhos, e riu fraco ao ver Sim confuso.
— Estou? - indagou, e lee assentiu, abraçando com ternura a cintura de Sim.
— Estar comigo, jaey, só o fato de estar comigo, é uma ajuda. Você trouxe cor para a minha vida, um pouco de sentido para ela. Você tem feito muito mais do pensa.
Jaeyun sentiu o peito acelerar com as palavras de Heeseung; porque para Sim, Heeseung também pintava seu mundo. Estar com ele, e Sunghoon, era sempre leve e bom.
— Você é precioso demais, hee. - sussurrou, encostando sua testa levemente na do maior. — Irei cuidar de você. - Heeseung sorriu, e assentiu, fechando os olhos para curtir melhor aquele momento.
— Obrigado, anjo. - sussurrou de volta, sentindo o peito aquecer com as palavras de jaey.
Naquela noite, dormiram abraçados. Heeseung conseguiu descansar com o coração mais leve. E apesar de pensar no pai ainda, o cheiro de Jaey o acalmava. Dormiu assim que deitou na cama, agarrado ao corpo de Sim.
[...]
Assim que Heeseung abriu os olhos, tateou com as mãos em busca de Sim na cama, e ao notar que estava só, se levantou, coçando os olhos; gemendo de dor ao pressionar sem querer o que estava roxo.
— Bom dia! - Jaeyun desejou, entrando no quarto. Heeseung encarou a figura adorável de Sim, e sorriu. — Se sente melhor? - questionou, se aproximando de Lee.
— Uhum, obrigado. - agradeceu, e Jaeyun sorriu, aliviado. — Que horas são? - bocejou, e abraçou a cintura do mais baixo quando este parou a sua frente.
— 9h30, por aí. - respondeu, abraçando o pescoço de Lee.
— 9h?? - arregalou os olhos. — Dormi demais!
— Não se preocupe, você estava cansado. - Jaey se afastou, e plantou um beijo na testa de Lee. — Tome um banho, mamãe fez o café da manhã. - Heeseung travou.
— Sua mãe está aqui? - se ergueu da cama, e Jaey riu, pegando dentro do guarda roupa uma toalha para o maior.
— Ela mora aqui, Hee. - lee coçou a nuca, sem graça pela pergunta óbvia, e agradeceu assim que Sim o entregou a toalha. — Vá, estamos te esperando. - fez um rápido carinho nos fios escuros de Lee, e seguiu para fora do quarto. Deixando um moreno nervoso para trás.
Iria conhecer a senhora Sim! Céus!!
[...]
— Você é muito educado, Heeseung. - Senhora Sim, ou melhor, Yeji, disse, fazendo Lee corar com o elogio.
Estavam todos na mesa. Sunoo, Niki, Jaeyun, Heeseung e a senhora Yeji. Lee ao lado de Jaey, e os outros três sentados a frente de ambos.
Ninguém comentou sobre os machucados de Heeseung, apesar de estarem curiosos, e lee agradeceu mentalmente a gentileza.
— Obrigado, senhora Sim. - agradeceu, tímido, e Jaey sorriu, o achando completamente adorável.
— Coma bastante, sim? Aqui, pegue mais. - senhora Yeji colocou um pouco mais de comida em seu prato, e o rapaz agradeceu baixinho.
— Ei, hyung. - Sunoo chamou, e Jaey ficou em alerta. Coisa boa não vinha, ainda mais porque estamos falando de Sim Sunoo. — Sabia que meu irmão gosta de você e do seu amigo há uns dois anos? - Jaey se entalou com a comida, e tanto Niki quanto Yeji seguraram o riso.
— Cala boca, seu moleque. - Jaey ameaçou, mas Sunoo apenas de deu ombros, sorrindo diabólico.
— Ele vivia falando de vocês pela casa. Juro, Heeseung lindo pra cá, Sunghoon príncipe pra lá. - continuou, e Jaey quis, por alguns momentos, enfiar a cabeça debaixo da terra.
— É mesmo? - Heeseung perguntou, e fitou Jaeyun de soslaio, sorrindo ladino. Sunoo assentiu, e Sim colocou as mãos no rosto, totalmente envergonhado.
— Certamente estou invisível. - Jaey murmurou, e Heeseung ao seu lado riu, fazendo um carinho em sua cabeça.
— Ei, não fique assim. Não é como se eu não soubesse que gosta da gente. - tentou tranquilizar o mais novo, mas Sim se sentiu ainda mais tímido ao ouvir sua mãe bater palminhas, animada.
— Que lindos, vocês definitivamente tem minha total aprovação. - piscou para lee, que riu tímido, e Jaey se afundou ainda mais cadeira, constrangido.
— Que família estranha. - sussurrou, ouvindo os quatros na mesa rirem baixo de seu drama. apesar da vergonha, se sentiu mais leve por ver Heeseung sorrir; ele definitivamente ficava lindo assim, e nunca mais gostaria de ve-lo chorar como ontem. Se Heeseung estivesse bem, Jaeyun também ficava, ponto.

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𝖭𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗎 𝗆𝖾 𝗆𝖾𝗍𝗂? 𝖧𝖤𝖤𝖩𝖠𝖪𝖤𝖧𝖮𝖮𝖭.
Fanfiction[EM REVISÃO] Em uma bela tarde de domingo, o menino Jaeyun se encontrava em seu quarto, desfrutando de uma boa leitura quando, de repente ouve o grito agudo e fino do seu irmão mais novo, seguido do garoto de fios rosa entrando em seu quarto de form...