capítulo quatro.

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Peço perdão pela demora, mas é natal e eu acabei atrasando um pouco. O capítulo de hoje é um pouco diferente, promete bastante emoções, e aprofunda um pouco mais na história de jaeyun. Espero que gostem, e se gostarem não esqueçam de votar. Feliz Natal a todos!!!!

[☆]

O dia tinha sido, definitivamente, fora do normal, mas eu havia amado. Ter heeseung e sunghoon tão perto, e sendo tão atenciosos, foi como um sonho se realizando. Nem mesmo os comentários de jongseong, sobre eu ser um baita boiola, afetaram meu doce humor.

Quando o horário para irmos embora por fim chegou, catei minhas coisas e me despedi animadamente do meu amigo. Já no corredor, procurei pelo lee e pelo park, todavia, sem sinal deles, caminhei meio murcho para o portão da escola.

Estranhei porque não avistei o carro da minha mãe, já que normalmente ela vinha me buscar todos os dias; achei ainda mais estranho quando recebi um mensagem curta de sunoo, dizendo que teria que ir a pé, e que viesse o mais rápido possível.

Aquela mensagem me deixou com um aperto grande no peito, e quando sunoo deixou de responder minhas mensagens, a aflição só aumentou.

Nervoso, caminhei as pressas para casa, o mais rápido que conseguia. Meu peito, a cada passo, se encolhia mais, por algum motivo, eu sentia que algo de muito ruim havia acontecido; e o sentimento só aumentou quando de longe, avistei o carro do meu avô, parado em frente de casa.

Ele raramente vinha nós visitar, normalmente em ocasiões importantes, como natal, páscoa. Ver seu carro ali, me fez imaginar o pior.

Quando adentrei nossa casa, a primeira coisa que eu vi foi minha mãe, abraçada ao meu avô, chorando aos montes. Acabei travando no lugar, e mal vi quando sunoo se aproximou, e me abraçou, chorando em meu ombro.

- Sun? O que aconteceu? - perguntei, confuso, começando a entrar em pânico. Meu irmão me apertou mais no abraço, e com a voz trêmula sussurrou.

- Ela se foi, hyung..vovó, ela se foi.. - e voltou a chorar, me apertando cada vez mais. A informação me pegou de surpresa e não esbocei reação, mas senti algo morrer dentro de mim naquele momento.

Minha avó era uma grande mulher, sempre me aceitou do jeitinho que sou. Seus doces abraços me traziam paz, e neles eu me sentia em casa. Ela tinha os melhores conselhos, e se minha infância foi boa e saudável, era tudo graças a ela.

Quando abracei sunoo de volta, sussurrei para ele palavras de conforto, e engoli minha vontade de chorar. Tinha que ser forte, por ele, e pela minha mãe. Meu avô logo veio em nossa direção, e lentamente me afastei de sunoo, que ainda chorava baixinho.

- Ei, garoto. - meu avô disse assim que tocou meu ombro. Ele tinha um sorriso pequeno em lábios, mas eu sabia que assim como eu, ele precisava ser forte, então disfarçava sua dor. - Sua avó pediu que eu lhe desse isso. - ele enfiou a mão no bolso da calça, e de lá tirou uma carta, quando foi me entregar, notei que suas mãos tremiam. A carta estava um pouco amassada, e quando a peguei de suas mãos, as segurei, e apertei de leve, lhe lançando um sorriso fraco, tentando lhe dizer que sabia de sua dor, mas que estava ali com ele. Ele pareceu me compreender, e por fim, sorriu de volta, acariciando com o dedão minha palma.

Depois disso, fui até minha mãe, e lhe abracei. Ela estava acabada, frágil, e ve-lá assim me partiu em tantos pedaços. Por fim, sunoo se aproximou e nós abraçamos, compartilhando daquela dor.

Mais tarde, quando sozinho fiquei em meu quarto, pude finalmente chorar. Me sentei na cama e abracei meu travesseiro, chorando tudo aquilo que segurei desde que cheguei. Sentia minha alma doer, o sentimento da perda é terrível, e pensar que nunca mais veria minha avó, que nunca mais teria de seus abraços, me causou um vazio muito grande no peito.

𝖭𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗎 𝗆𝖾 𝗆𝖾𝗍𝗂? 𝖧𝖤𝖤𝖩𝖠𝖪𝖤𝖧𝖮𝖮𝖭.Onde histórias criam vida. Descubra agora