Capítulo IV

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Aviso: este capítulo contém descrições sangue e machucados; descrições de morte; descrições de sofrimento psicológico; descrições de violência e atentados

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As luzes praticamente inexistentes, funcionários novos que nunca pegaram uma crise desse nível, entidades com nível de estresse alto e um dos funcionários mais fortes da instalação com a sanidade abaixo de 65%. Aquela situação ainda era reversível, mas ainda era pouco provável uma virada da maré de azar que os fizesse passar daquilo sem sequelas.

Mesmo com as luzes apagadas, os setores ainda estavam funcionando e eles poderiam acessar as informações de seus aparelhos de pulso. Ameizim estava confuso com a notícia, mas a companhia de seu "stalker" veio a calhar, se eles se encontrassem com a I.A. autônoma, seria muito mais fácil sobreviver com alguém por perto.

Ameizim ainda estava com a essência de "Sete vidas" e a ativou, enquanto Pierre estava com a essência de "Aquele que carrega a lanterna". O uniforme de Pierre se cobriu de penas negras e cresceu formando um sobretudo com faixas ao redor, seus sapatos ficaram marrons e mais grossos, uma máscara preta cobriu metade da face e um par de óculos amarelados se pôs sobre a outra metade, além de seu capacete cinza também possuir plumas escuras.

Os dois empunham suas armas, Ameizim com garras metálicas entre os dedos e Pierre com uma lamparina potente, cuja luz poderia enlouquecer alguém com seus flashes ou cegar temporariamente a vítima. Além das armas, o equipamento de Pierre, "regulamento intergaláctico" vai ser útil nessa fase, pois ela anula numa área próxima à cegueira que o sujeito da lanterna provoca.

Quando Ameizim e Pierre chegaram ao local onde a entidade estava, eles descobrem que Nait já estava enfrentando o fogo anômalo. Eram 3 seres diminutos feitos inteiramente de chamas, mas ainda podiam ser atingidos diretamente. Nait estava com algumas feridas e queimaduras do combate, mas podia sentir que estava fazendo avanço, mesmo no meio da escuridão, enquanto perfurava as labaredas com um espeto pontiagudo de lâmina de prata e haste esverdeada da mesma cor que seu equipamento de essência.

- Ameizim, por favor, não fica longe de mim! - Pierre gritava um pouco atrás do colega. Pierre odiava ficar sozinho no escuro e protocolou logo no primeiro dia de serviço para usar algum equipamento de essência com qualquer coisa que emitisse luz.

- Quem é esse do seu lado, Ameizim? - Nait diz, enquanto tenta espetar com força uma das chamas vivas.

- Prazer, me chame de Pierre, mas podemos só resolver esse problema o quanto antes? - Pierre fala um pouco assustado.

- Não temos tempo para conversar, só diz logo o que temos de fazer – Ameizim fala nervoso.

- Eu quero que vocês exterminem essas coisas! - Nait grita, enquanto é atingido nos braços por labaredas de fogo que queima uma parte de ambos.

Pierre se prontifica a usar sua lanterna para iluminar a cena do combate e manter a visibilidade de Nait e Ameizim adequadas. O acompanhante de Pierre aproveita para analisar melhor aos seus arredores e avançar com as garras para cima de um fogo anômalo que iria atacar Nait, ele perfura a criatura plasmática e a faz desaparecer um pouco, mas abre brecha para que ela consiga contra-atacar o garoto pelas costas, aquela provavelmente foi uma das maiores dores que ele já sentiu na vida inteira.

O segundo fogo anômalo avança em direção a Pierre e erra golpe, abrindo uma brecha para o rapaz desnortear a criatura e lhe infringir dano psicológico. A terceira já estava aos poucos sendo apagadas após os ataques que Nait fez contra a entidade. A situação estava ainda mal para o trio, mas a vitória era possível.

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