Capítulo V

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Aviso: este capítulo contém descrições machucados e cicatrizes;

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Já havia se passado cerca de duas semanas desde que o incidente das máquinas assassinas ocorreu e a Organização Luneta tem tido dificuldade para contratar novo pessoal, já que seria difícil substituir tantos zeladores em tão pouco tempo, sem contar alguns funcionários ficaram incapacitados de continuar o trabalho.

Por mais que as queimaduras de Ameizim não tenham atingido órgãos vitais, ele estava apresentando muita instabilidade emocional, então o psiquiatra que fazia o acompanhamento no hospital achou melhor o colocar em observação até que ele estivesse apto para o trabalho na Organização. Ameizim não havia recuperado completamente a sanidade, mas seus problemas com obsessão estavam muito menores do que antes e ele não sentia mais vontade de ler o Livro dos enigmas.

O caos generalizado que se instaurou nas instalações virou notícia em toda a cidade e os chefes das outras empresas que lidavam com as entidades começaram a duvidar da eficiência da Organização Luneta, além dos associados começarem a buscar outras empresas para suprir suas necessidades. A morte de todos aqueles funcionários deixou uma mancha na reputação e história da Organização e os coordenadores da empresa estão a ponto de arrancar os cabelos por causa disso, mesmo que as estratégias de controle de danos dele estivesse sendo relativamente efetivas.

O maior incômodo para eles foi no campo financeiro, eles não veem seus funcionários como pessoas e sim como números, as pessoas mortas e as muitas outras que se ficaram fisicamente ou mentalmente incapacitadas de trabalhar não passam de empecilho para o moedor de gente que esse tipo de empresa representa.

Mendrake, Duda, Ameizim e os outros dois funcionários que estavam com Nait e Pierre já estavam retornando ao seu trabalho habitual, mas os eventos reduziram permanentemente a sanidade máxima de todas as pessoas envolvidas e os amigos de Ameizim foram os que ficaram mais abalados com tudo isso.

Mendrake voltou ao serviço poucos dias antes, porém, nesse meio tempo, Ricardo ficou como como chefe dos rapazes no turno do dia por e Amélia geralmente começava o trabalho dela cerca de duas horas mais cedo e para passar algumas instruções de combate e diálogo com os monstros, já que os meninos não tinham tanta experiência quanto ela na área de contato com as entidades de nível beta e alfa.

- Como é bom te ver de novo, Drake! - Amélia o abraça e parecia expressar uma emotividade maior do que de costume.

- Não na frente deles, Amélia! - Mendrake diz um tanto nervoso.

- Não posso nem dar um abraço de "feliz aniversário" a meu amigo? - disse, Amélia, em tom de deboche.

- Eu não sou seu amigo! - Mendrake fala irritado.

- Fale o que quiser, meu bem! - Amélia ri um pouco.

- Você sabe que eu não gosto dessas datas comemorativas – Mendrake fala um pouco pensativo em relação ao que Amélia disse. Ele não ligava muito para o passado, mas Mendrake ainda pensava na festa de aniversário surpresa que os seus antigos colegas de turma fizeram uma vez. Amélia e Flookey são os únicos amigos vivos de Mendrake da turma em que havia se formado.

Ameizim também é recebido por seus colegas do setor de segurança, os quais ficam bastante aliviados ao ver que a queimaduras dele estão sendo bem tratadas.

- Que bom que você veio Ameizim, já estávamos ficando com saudade! - Pedrux grita apertando o amigo com os braços.

- Calma aí, Pedrux, você vai me sufocar assim! - Ameizim fala de volta.

Torre de marfim - Organização Luneta a.u.Onde histórias criam vida. Descubra agora