La Hermosa - Ashtray

Ervas com a abuela.

-Delphine-

"Apesar de odiar o meu trabalho, ervas e o dinheiro me salva."

•12:37AM•

Estava eu deitada no sofá quando ouço a porta abrir.

Oi mi hermosa nieta! - minha avó falou entrando com um saco de ervas e muito animada.

Apesar de minha avó fazer muitas coisas erradas e me tratar mal as vezes, eu a amo.

Vó!! oi!! tudo bem com a senhora? - falei me levantando pra ajudar com as sacolas, pois não a via a semanas.

Sim mi hermosa, estou bien, só estive fora pra resolver algumas coisas. - falou se sentando na poltrona e eu indo colocar as ervas no deposito.

Chegue mais mi hermosa, preciso da sua ajuda. - a mesma disse apontando pra o sofá.

Sentei-me e esperei que ela diga algo.

Então mi hermosa, você sabe que sua abuela está velha, passei umas semanas foras pra realizar minha última missão, já estou muito cansada... - Disse ela fazendo uma cara de coitadinha.

Ja sabia que não viria coisa boa.

Eu preciso que você realize uma última coisa pra mim - ela estende a mão e me da uns sacos de ervas.

Preciso que você entregue isso pra mim, ja te mandei os endereços pra você- falou com um tom autoritário.

Vó, eu já tenho trabalho demais, e você sabe que eu não entrego ervas em domicílio, só aqui. - digo eu afirmando.

Abuela logo se vira com sua arrogância e sua autoritária voz, e afirma apontando o dedo.

Você fará isso pra mim, quietinha, por que se não, vai ser pior depois. - disse a velha.

Tá, eu ainda a amo um pouco.

Afirmei com a cabeça e logo sai de casa em direção aos endereços.

Fui de casa a casa com as ervas, realizando o trabalho sujo que minha abuela jogou em minhas mãos, mas pra mim não foi difícil pois todos ja me conheciam.

La Diaba, a durona dos becos, cortadoras de dedos e testículos se não pagar, com seus capangas do lado, realiza o seu terrorismo- É o que eles dizem.

Enfim a minha última casa, bati na porta duas vezes e surpreendemente...

Diaba? - Fala o ashtray me olhando de cima a baixo.

Oi... vocês pediram ervas? - digo com a mão estendida entregando as ervas.

Sim.... Eu não sabia que você entregava em domicílio. - disse ele segurando a porta e logo pegando as ervas pondo no bolso.

E não entrego, to fazendo o último jogo sujo da minha avó. - digo com um tom de preguiça e sarcástica.

Entendi... - ele diz olhando pra mim e ambos ficamos em silêncio nos olhando.

Logo ouvimos gritarias e passos vindo.

Porra, entra logo! - ele diz me puxando pra dentro e logo trancando a porta o mais rápido possível.

Que merda que ta acontecendo? - digo perguntando pra ele.

Cala a boca e fica quieta! - diz ele olhando pela brecha da janela a espera que os homens vão embora.

Pelo nosso azar, eles batem na porta de Ashtray.

Puta merda, vem comigo. - Ele diz puxando meu braço e segurando minha mão, me guiando.

Subimos as escadas e entramos em um quarto do qual parecia ser dele, fechamos as janelas com cortina, desligamos a luz e entramos no armário.

Puta que pariu, estamos nos escondendo de quem? - disse me perguntando pra ele.

Da merda de uns caras que não pagamos. - disse olhando pela frecha da porta.

Ai porra, nos fudemos. - eu digo e ele ignora.

Senta ai, eles vão arrombar a porta e isso vai demorar. - diz ele olhando pra min.

Sentamos no armário a espera de ouvir o som de arrombamento, o armário é pequeno, mas parece ser equipado pra também ser usado como um esconderijo discreto.

Então finalmente escutamos a porta ser arrombada, passos, xingamentos e chamadas por Ashtray cada vez chegam mais perto do quarto.

Seguro minha respiração e encolho mais minhas pernas pra parecer que não tem ninguém no quarto.

Entram no quarto e começam a procurar algo, eu posso admitir que realmente estava com medo.
Ashtray percebe o meu medo e tampa mais a minha boca com intuito de ajudar.

Seguro a mão dele na minha boca pra fazer mais pressão, pois estava gemendo de medo.

Ele olhava pra mim com um olhar de preocupação do qual parecia estar falando: "não precisa ter medo, eu estou aqui".

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